Começamos de madrugada nossos
preparativos para iniciar a segunda rota do Programa Caminha São Paulo – Rota
Franciscana. Escolhemos a Rota do Conhecimento, mas essa rota deveria se chamar
do descobrimento.
O trajeto liga as cidades do
Bananal, Arapeí, São José do Barreiro, Silveiras, Cachoeira Paulista, Canas,
Lorena e Guaratinguetá. Ao todo serão 155 km de caminhada ou pedalada.
Saímos de São Paulo às 3:00 da
manhã para a cidade do Bananal localizada no extremo leste do Estado de São
Paulo, divisa com o Estado do Rio de Janeiro.
Depois de uma longa viagem até a
cidade, preparamos nossas bikes e lá fomos nós registrar a passagem no primeiro
pórtico do dia. Infelizmente não estava funcionando e não registrou nossa
passagem. Esse foi o primeiro descontentamento do dia.
Fundada em 1783 o povoado de
Bananal cresceu ao redor de uma capelinha de pau-a-pique e foi elevada à vila
em 1832, mas só em 1849 se tornou um município. A cidade cresceu com as fazendas
de café e teve até moeda própria.
Os casarões antigos dos barões do
café da cidade são encantadores, vale destacar a Pharmácia Popular que existe
desde 1830 e é considerada a mais antiga do Brasil em funcionamento. Sem falar
no Chafariz de ferro ordenado com elementos barrocos que serviu como fonte de
abastecimento de água para a população que não tinha água encanada.
Próximo ao pórtico está a Estação
Ferroviária de Bananal que foi muito importante para suprir as necessidades de
grande saída das produções de café para o Estado do Rio de Janeiro. Ao lado da
estação está a Locomotiva 302 Teresa Cristina de 1889.
Passamos ainda pelas Igrejas
Nossa Senhora da Boa Morte e Glória e da Igreja Nossa Senhora do Rosário.
Infelizmente não visitamos nenhuma delas.
Depois de conhecermos um pouco da
cidade, seguimos nossa rota. O segundo descontentamento foi não ter encontrado
nenhuma placa da Rota Franciscana em parte alguma na cidade, nada indicava o
caminho a ser percorrido. Se não fosse o GPS do Tsuda estaríamos perdidos logo
no começo da rota.
Durante o percurso da rota
passamos por dentro de algumas fazendas, o que acabou gerando uma grande
dúvida, já que não havia placas indicando o caminho por dentro delas, mas o
trajeto disponibilizado no site do programa indicava a passagem. A coordenação precisa
rever as formas de indicações de todas as rotas, não foi a primeira vez que
isso aconteceu!
Para piorar a situação um morador
da região nos informou que as placas não estavam ali, mas sim na rodovia. Então,
fomos para rodovia e lá encontramos uma das placas, mas estava totalmente fora
da rota informada no GPS. Será que o percurso mudou e ninguém atualizou a rota
no site?
Tentamos seguir pelas poucas
placas “achadas” fora do percurso e fomos para Arapeí.
Arapeí em tupi guarani – Rio dos Lambaris. Antes da emancipação
em 1991 ela também foi chamada de Alambari que significa – Peixinhos na cor de prata, segundo a língua tupi guarani.
A cidade originou-se na época das
Capitanias Hereditárias, quando o povoado cresceu durante o clico
cafeeiro. Preservando as grandes
fazendas, hoje Arapeí é um ponto turístico rural, de artesanato, comércio e
agropecuária.
Na cidade passamos pela Igreja
Matriz Santo Antônio, mas estava fechada. Seguimos para a Praça Alambary nome
dado em homenagem ao antigo nome da cidade, mas infelizmente deixamos de
visitar outros atrativos como a Cachoeira da Gruta, a Caverna do Alambary, a
Serra da Glória e a Fazenda Caxambú. Isso só nos deixou com vontade de voltar
para aproveitar o que ficou para trás.
Passamos nossos cartões no
pórtico na Praça Alambary, mas como aconteceu no pórtico do Bananal, ele também
não registrou nossa passagem.
Seguindo em frente, passamos pelo
Bairro do Formoso. Uma vila simpática entre as cidades de Arapeí e São José do
Barreiro, com uma pracinha, igreja e casarões antigos, um lugar gostoso para
uma parada durante a rota.
A falta das placas fez com que
seguíssemos pela rodovia deixando de lado boa parte da rota, já que não tínhamos
a certeza de que o mapa do programa indicaria o caminho certo ou se ficaríamos
perdidos dentro de alguma fazenda no final do dia.
Um dos pontos altos do dia foi
entrar no Cachoeirão, só assim para refrescar um pouco, o sol castigava muito.
Não estava fácil pedalar com 38º batendo forte na cuca.
Depois de um momento refrescante,
voltamos para a estrada rumo a São José do Barreiro.
O nome da cidade se deu por causa
da grande quantidade de atoleiros de barro formados após as chuvas, complicando
sempre o caminho dos Tropeiros.
Cheia de trilhas e cachoeiras,
São José do Barreiro é recheada de história como a do Cemitério dos Escravos
que foi bombardeado em 1932 e ainda tem as marcadas do bombardeio até os dias
de hoje. A Igreja Matriz de 1881 onde estão enterrados os restos mortais dos
fundadores da cidade, infelizmente estava fechada quando passamos por ela. O
Casario Colonial construído nos tempos dos barões do café e vários pontos
turísticos como: o Escadão, a Fazenda do Pau D’Alho, As Ruínas da Casa de Pedra
que não vimos por não encontrar as placas da rota, a Represa do Funil,
concorrida pela prática de esportes náuticos e pesca, mas estava com o nível de
água tão baixo que mais parecia um rio, entre outros pontos que valem serem
visitados.
Paramos no pórtico na Praça da
Igreja Matriz, registramos nossa passagem, mas infelizmente esse pórtico também
não registrou.
Já saindo de São José do Barreiro
passamos pelo Portal da cidade e encontramos outro pórtico. Mais uma informação
desencontrada. No programa só existe um pórtico em São José do Barreiro e no
caminho passamos por dois na mesma cidade, um no local indicado no site e o
outro totalmente fora da rota.
Para não ter dúvidas passamos
nossos cartões nesse pórtico também e para variar ele também não registrou
nossa passagem.
Já no final do dia, seguimos
nosso caminho de volta, passando rapidamente por Areias, próxima cidade da Rota
do Conhecimento. Esperamos encontrar as placas no caminho para tirar essa má
impressão do começo desta rota.
Apesar de tantos desencontros de
informações e da falta de placas na rota, não faltou bom humor o caminho todo.
A diversão está sempre garantida com esse pessoal. Faça chuva ou sol
escaldante, os risos, piadas e brincadeiras, fazem parte dessa turma e isso não
tem preço!
Valeu pessoal até a próxima!
Caminhantes: Argeu, Cris, Marco
Lansiskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda e Sydão que estava sumido e continua insistindo
em não sair nas fotos!
Com certeza vale o cansaço e o calor...sempre muito bom estar com essa galerinha. Já falei para o Sydão parar com essa timidez toda em não sair nas fotos, mas ele é teimoso...unffff...
ResponderExcluirAmo muito tudo isso ;)
Sydão Gente boa!!!!!!! Estava com saudades dele! Aparece na próxima aventura Sydão! Abração!!!!!
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