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11 janeiro 2014

6ª Etapa da Rota Franciscana – Rota Conhecimento

Começamos de madrugada nossos preparativos para iniciar a segunda rota do Programa Caminha São Paulo – Rota Franciscana. Escolhemos a Rota do Conhecimento, mas essa rota deveria se chamar do descobrimento.

O trajeto liga as cidades do Bananal, Arapeí, São José do Barreiro, Silveiras, Cachoeira Paulista, Canas, Lorena e Guaratinguetá. Ao todo serão 155 km de caminhada ou pedalada.

Saímos de São Paulo às 3:00 da manhã para a cidade do Bananal localizada no extremo leste do Estado de São Paulo, divisa com o Estado do Rio de Janeiro.

Depois de uma longa viagem até a cidade, preparamos nossas bikes e lá fomos nós registrar a passagem no primeiro pórtico do dia. Infelizmente não estava funcionando e não registrou nossa passagem. Esse foi o primeiro descontentamento do dia.

Fundada em 1783 o povoado de Bananal cresceu ao redor de uma capelinha de pau-a-pique e foi elevada à vila em 1832, mas só em 1849 se tornou um município. A cidade cresceu com as fazendas de café e teve até moeda própria.

Os casarões antigos dos barões do café da cidade são encantadores, vale destacar a Pharmácia Popular que existe desde 1830 e é considerada a mais antiga do Brasil em funcionamento. Sem falar no Chafariz de ferro ordenado com elementos barrocos que serviu como fonte de abastecimento de água para a população que não tinha água encanada.


Próximo ao pórtico está a Estação Ferroviária de Bananal que foi muito importante para suprir as necessidades de grande saída das produções de café para o Estado do Rio de Janeiro. Ao lado da estação está a Locomotiva 302 Teresa Cristina de 1889.

Passamos ainda pelas Igrejas Nossa Senhora da Boa Morte e Glória e da Igreja Nossa Senhora do Rosário. Infelizmente não visitamos nenhuma delas.

Depois de conhecermos um pouco da cidade, seguimos nossa rota. O segundo descontentamento foi não ter encontrado nenhuma placa da Rota Franciscana em parte alguma na cidade, nada indicava o caminho a ser percorrido. Se não fosse o GPS do Tsuda estaríamos perdidos logo no começo da rota.

Durante o percurso da rota passamos por dentro de algumas fazendas, o que acabou gerando uma grande dúvida, já que não havia placas indicando o caminho por dentro delas, mas o trajeto disponibilizado no site do programa indicava a passagem. A coordenação precisa rever as formas de indicações de todas as rotas, não foi a primeira vez que isso aconteceu!

Para piorar a situação um morador da região nos informou que as placas não estavam ali, mas sim na rodovia. Então, fomos para rodovia e lá encontramos uma das placas, mas estava totalmente fora da rota informada no GPS. Será que o percurso mudou e ninguém atualizou a rota no site?

Tentamos seguir pelas poucas placas “achadas” fora do percurso e fomos para Arapeí.

Arapeí em tupi guarani – Rio dos Lambaris. Antes da emancipação em 1991 ela também foi chamada de Alambari que significa – Peixinhos na cor de prata, segundo a língua tupi guarani.


A cidade originou-se na época das Capitanias Hereditárias, quando o povoado cresceu durante o clico cafeeiro.  Preservando as grandes fazendas, hoje Arapeí é um ponto turístico rural, de artesanato, comércio e agropecuária.

Na cidade passamos pela Igreja Matriz Santo Antônio, mas estava fechada. Seguimos para a Praça Alambary nome dado em homenagem ao antigo nome da cidade, mas infelizmente deixamos de visitar outros atrativos como a Cachoeira da Gruta, a Caverna do Alambary, a Serra da Glória e a Fazenda Caxambú. Isso só nos deixou com vontade de voltar para aproveitar o que ficou para trás.

Passamos nossos cartões no pórtico na Praça Alambary, mas como aconteceu no pórtico do Bananal, ele também não registrou nossa passagem.

Seguindo em frente, passamos pelo Bairro do Formoso. Uma vila simpática entre as cidades de Arapeí e São José do Barreiro, com uma pracinha, igreja e casarões antigos, um lugar gostoso para uma parada durante a rota.

A falta das placas fez com que seguíssemos pela rodovia deixando de lado boa parte da rota, já que não tínhamos a certeza de que o mapa do programa indicaria o caminho certo ou se ficaríamos perdidos dentro de alguma fazenda no final do dia.

Um dos pontos altos do dia foi entrar no Cachoeirão, só assim para refrescar um pouco, o sol castigava muito. Não estava fácil pedalar com 38º batendo forte na cuca.

Depois de um momento refrescante, voltamos para a estrada rumo a São José do Barreiro.

O nome da cidade se deu por causa da grande quantidade de atoleiros de barro formados após as chuvas, complicando sempre o caminho dos Tropeiros.


Cheia de trilhas e cachoeiras, São José do Barreiro é recheada de história como a do Cemitério dos Escravos que foi bombardeado em 1932 e ainda tem as marcadas do bombardeio até os dias de hoje. A Igreja Matriz de 1881 onde estão enterrados os restos mortais dos fundadores da cidade, infelizmente estava fechada quando passamos por ela. O Casario Colonial construído nos tempos dos barões do café e vários pontos turísticos como: o Escadão, a Fazenda do Pau D’Alho, As Ruínas da Casa de Pedra que não vimos por não encontrar as placas da rota, a Represa do Funil, concorrida pela prática de esportes náuticos e pesca, mas estava com o nível de água tão baixo que mais parecia um rio, entre outros pontos que valem serem visitados.

Paramos no pórtico na Praça da Igreja Matriz, registramos nossa passagem, mas infelizmente esse pórtico também não registrou.

Já saindo de São José do Barreiro passamos pelo Portal da cidade e encontramos outro pórtico. Mais uma informação desencontrada. No programa só existe um pórtico em São José do Barreiro e no caminho passamos por dois na mesma cidade, um no local indicado no site e o outro totalmente fora da rota.

Para não ter dúvidas passamos nossos cartões nesse pórtico também e para variar ele também não registrou nossa passagem.

Já no final do dia, seguimos nosso caminho de volta, passando rapidamente por Areias, próxima cidade da Rota do Conhecimento. Esperamos encontrar as placas no caminho para tirar essa má impressão do começo desta rota.

Apesar de tantos desencontros de informações e da falta de placas na rota, não faltou bom humor o caminho todo. A diversão está sempre garantida com esse pessoal. Faça chuva ou sol escaldante, os risos, piadas e brincadeiras, fazem parte dessa turma e isso não tem preço!

Valeu pessoal até a próxima!

Caminhantes: Argeu, Cris, Marco Lansiskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda e Sydão que estava sumido e continua insistindo em não sair nas fotos!

2 comentários:

  1. Com certeza vale o cansaço e o calor...sempre muito bom estar com essa galerinha. Já falei para o Sydão parar com essa timidez toda em não sair nas fotos, mas ele é teimoso...unffff...

    Amo muito tudo isso ;)

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  2. Sydão Gente boa!!!!!!! Estava com saudades dele! Aparece na próxima aventura Sydão! Abração!!!!!

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