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17 dezembro 2016

Rafting em Juquitiba

Rafting de final de ano.
  
Enfim, chegamos ao final de 2016.

Nesse ano tivemos o prazer de fazer muitas trilhas e aventuras inéditas e algumas que sempre valem a pena repetir.

Foram aventuras para todos os gostos: trilhas, cachoeiras, montanhas, acampamentos, cavernas, explorações, travessias e caminhadas.


Conhecemos belas cidades, lugares e pessoas por onde passamos.

Rimos muito e com certeza nos divertimos bastante também, não é verdade?

Para comemorar em ritmo de final de ano, marcamos um rafting em Juquitiba para encerrar nossas aventuras em 2016.

Combinamos com o Marcos do Rio Abaixo e partimos para a aventura.

Logo pela manhã descemos o rio com os botes, remando e descendo as corredeiras, pulando da pedra para dentro do rio aumentando a adrenalina e a diversão.


Depois de horas brincando no rio voltamos para a base do Rio Abaixo para aquele almoço caprichado. Só isso já seria suficiente para fechar o ano com chave de ouro, mas ainda brincamos na Mega Rampa e rimos muito a cada tombo, a cada pancada que dávamos no lago depois de descer a rampa escorregando com muita velocidade.

Depois da Mega Rampa ainda arranjamos forças nas pernas para fazer a Trilha do Pântano.


No começo a trilha é comum como todas as outras que já fizemos até hoje, mas quando descemos o barranco e damos de cara com o brejo a coisa fica mais divertida.

O começo é só água na altura do peito, depois vem a lama e com a lama os atoleiros, com os atoleiros as risadas, gritos e mais risadas. Parecia que nossas pernas ficariam presas para sempre naquela lama. Foi necessário fazer muita força para desatolar e quem conseguia tentava ajudar quem estava atrás, mas acabava encalhando outra vez. Era como se um grande imã puxasse a gente de volta para baixo. Rimos muito a cada tentativa de dar um passo lá dentro.

Depois do grande desafio superado, a turma toda voltou para o lago para tirar o excesso de lama e barro que estava grudado em tudo.


Tomamos uma boa ducha para tirar o restante da sujeita e nos despedimos de Juquitiba cheios de histórias para contar para quem perdeu a última do ano.

É isso ai pessoal! Mais um ano se foi e quando me lembro de tudo que fizemos, nos momentos que estivemos juntos tenho a certeza de que nos divertimos muito em 2016!

Obrigado galera pela companhia, pela parceria, cumplicidade e principalmente pela amizade de todos vocês durante esse ano que termina. Tenho certeza que o próximo será ainda melhor!

Que venha 2017 com seus feriadões prolongados, com seus finais de semana convidativos e que novas aventuras nos aguardem!

Boas Festas e até 2017!

03 dezembro 2016

11ª Etapa do Caminho da Fé – Santo Antônio do Pinhal a Pindamonhangaba

Dia 3, retornamos à mesma ponte onde paramos na etapa anterior. Subimos até os trilhos da estrada de ferro e seguimos em frente.

Pouco mais de um quilômetro de caminhada e chegamos à Estação Eugênio Lefevre em Santo Antônio do Pinhal com direito a parada obrigatória para comermos o famoso e tradicional bolinho de bacalhau da região.


Voltamos para os trilhos depois de outra parada estratégica no mirante ao lado da estação onde contemplamos a vista privilegiada das montanhas que circundam a serra tendo o Vale do Paraíba logo abaixo.

Em seguida cruzamos a rodovia pela ponte da estrada de ferro orientados pelas tradicionais setas amarelas, poucos metros depois da ponte saímos dos trilhos para uma trilha paralela à linha férrea. Agora pensa numa trilha inclinada e acidentada, soma isso por mais ou menos três quilômetros e depois a mesma distância em estrada de terra até chegarmos à Pousada. Foi uma descida puxada, mas muito gostosa de percorrer, sem contar o visual com direito à contemplação de um rio seguindo paralelo à linha do trem que por sua vez seguia lado a lado com a estrada de terra. Simplesmente encantador.


Vale citar um momento de mimo no final da trilha. Um garotinho morador da primeira casa depois da trilha (pena que não lembro o nome dele para postar aqui) ficou chamando nossa atenção oferecendo água. Não tinha como recusar tamanha bondade, né!  

Depois desse agrado, seguimos até a Pousada da Serra da Mantiqueira e carimbamos nossos passaportes. Logo em seguida paramos na Estação Ferroviária de Piracuama para algumas fotos. O nome da estação também é o mesmo da região pertencente ao subdistrito de Pindamonhangaba. O lugar é bem pequeno e ao mesmo tempo charmoso, com algumas pousadas e casarões centenários, uma verdadeira vilazinha perdida embaixo da Serra da Mantiqueira entre as cidades de Pindamonhangaba, Santo Antônio do Pinhal e Campos do Jordão.


Nossa folga, ou melhor dizendo, tranquilidade acabou. Depois de tantos quilômetros caminhados em estradas rurais cercados por sítios, fazendas, vales e montanhas, voltamos à periferia dos grandes centros urbanos e consequentemente a caminhar no asfalto. Acho que nos desacostumados com o asfalto. Não sei se foi por causa do sol forte demais com a ajuda do asfalto quente queimando por baixo, mas esse trecho foi mais cansativo e exaustivo do que algumas subidas das etapas anteriores.

Passamos por alguns bairros e pequenas estações ferroviárias. Seguimos as setas indicativas à esquerda em uma rotatória e com isso contornamos a cidade de Pindamonhangaba evitando passar por alguns bairros próximos ao centro da cidade.


Depois de aproximadamente trinta quilômetros percorridos a chuva resolveu aparecer com força para por fim em nosso dia de caminhada.

Corremos até o Restaurante Colmeia, carimbamos mais uma vez nosso passaporte e resolvemos encerrar o dia de caminhada.

Aproveitamos os carros de apoio e seguimos para a cidade atrás de algum lugar para finalizar a atividade com o estilo que sempre foi peculiar ao nosso grupo.


Valeu galera! Mais uma etapa e terminaremos mais uma rota.

Caminhantes: Cláudio Siqueira, Cris Senkiw, Gilson e Noemi Lopes, Jane Ribeiro, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Marilice Ruy Carral, Wilma Custódio e Fernando Tsuda.


14 novembro 2016

Exploração e Travessia Estrada Petrobrás

1ª parte.

Dia 22 de outubro de 2016

Não há nada melhor do que explorar uma região, descobrir caminhos e perceber que tudo isso supera nossa expectativa e nos possibilita aprendizados, conhecimentos e claro, muita diversão.

Depois de juntar as poucas informações (poucas mesmo) sobre um trajeto quase inexplorado por trilheiros, ou pelo menos sem quase nenhuma divulgação sobre esse roteiro, reunimos um pequeno grupo de (malucos) exploradores para conhecer as curvas, subidas, descidas, montanhas, serras, rios, riachos, corredeiras e algumas cachoeiras escondidas na paisagem dessa estrada.


A Estrada Petrobrás começa bem em frente ao Restaurante Nha Luz no município de Salesópolis. Esse município deveria estar no roteiro de qualquer programa turístico para ser mais explorado por sua diversidade em atrações, entre elas: o Museu da Energia, Parque da Nascente do Rio Tietê, Barragem, inúmeras cachoeiras, alambiques, Casarão Senzala, trilhas, Centro com casarões históricos, enfim, tem muita coisa mesmo por lá.

Mas voltando para nossa exploração.

Escolhemos um dia em que o tempo infelizmente não estava limpo, mas isso não nos impediu de encarar aquela aventura. No começo a estrada é asfaltada, mas não se engane. Basta andar pouco mais de um ou dois quilômetros e o asfalto vira uma vaga lembrança do caminho.

Passamos por algumas vilazinhas no caminho encarando boas subidas. Como tinha lido em um site que ali só passavam carros 4x4 logo imaginamos o que a estrada nos reservava e não demorou muito para descobrirmos. Suas subidas são bem acentuadas e esburacadas, infelizmente nos primeiros 30 km não vimos nenhuma cachoeira, só sítios, fazendas e alguns fornos de carvão, mas após esse trecho a estrada muda muito. As casas são verdadeiras raridades e a serra toma conta do visual. Passamos pela Pedra do Maracajá (homenagem a um gato raro e solitário que foi avistado no local), vários mirantes e as cachoeiras começaram a aparecer em nosso caminho. Claro que aproveitamos a oportunidade para tomar um bom banho gelado no meio da serra do mar.


Logo após a primeira cachoeira, o som característico das corredeiras nos acompanhou por todo o caminho até a descida da serra. Uma parada aqui outra ali e mais cachoeiras foram registradas no caminho.

Por fim, a nossa exploração terminou com nossa chegada em Caraguatatuba litoral norte de São Paulo.

Mas se você está pensando que tudo acabou assim, engano seu!

Marcamos de retornar outro dia para encarar tudo isso a pé para nos deliciar com a aventura dessa travessia.

2ª parte.

Dias 12 e 13 de novembro de 2016

Reunimos alguns corajosos e preparamos nossas mochilas, barracas, enfim a tralha toda para acampar no meio do caminho.


Refizemos todo o trajeto passo a passo, rindo e sofrendo com as subidas quase intermináveis (de carro estava bem mais fácil), alguns bikers passavam por nós e achavam que éramos loucos (já nos acostumamos com esse título), mas bola pra frente. Nossa alegria era saber que no segundo dia teríamos algumas cachoeiras no caminho e isso era o que nos motivava o tempo todo.

Ao final do primeiro dia a garoa não deu trégua e nosso acampamento foi montado debaixo de chuva mesmo. Corta mato aqui, arma uma barraca aqui, outra ali e nosso camping estava pronto.


Para nossa sorte na última hora a Sara resolveu participar dessa aventura e salvou a pátria com o seu fogareiro, se bem que estávamos preparados para fazer uma fogueira no estilo rústico se fosse necessário, mas com a chuva que caia não sei não como teríamos nos virado. O importante é que tudo deu certo e de quebra ganhamos uma senhora cozinheira na trilha. Valeu Sara! Foi tudo bom demais! Você está escalada para os próximos acampamentos!

Logo que amanheceu bora desmontar acampamento e pegar a estrada de novo rumo ao litoral. Não sei se o caminho ficou mais longo por causa da chuva, mas parecia que o final da caminhada não chegaria nunca.


Confesso que vi tanta subida que não me lembrava que existiam. Que desespero!

Passamos pelo grande Polo da Petrobrás, não é à toa que a estrada tem esse nome. Depois do Polo, adivinha? Mais subidas, algumas descidas e mais subidas de novo, até que enfim chegamos ao ponto onde inicia a descida da serra e ai não tem outro jeito é só descer, descer e descer. Haja joelhos para aguentar tudo aquilo.

Já no final da estrada um pouco antes de reencontrarmos com o asfalto paramos em um barzinho que tinha acabado de fechar, mas depois de perguntar se tinham algo para bebermos, o dono abriu as portas para nos atender.

Comemoramos mais uma aventura refrescando a garganta com o famoso líquido dos deuses (segundo os faraós), para nós é cerveja mesmo.


Além de tudo, tivemos uma grande sorte. Negociamos com o dono do bar e ele nos levou até a Rodoviária de Caraguatatuba para finalmente darmos por encerrada toda a aventura que se iniciou dias antes com uma exploração despretensiosa.

E assim fechamos mais uma aventura! Essa foi para ficar na memória por vários motivos: chuva, subidas, dores nas pernas e costas, risadas, subidas, frio, lindas cachoeiras, subidas, morros, mirantes, serra, silêncio, paz, paisagem, amizade, companheirismo, parceria, enfim, só coisa boa!

Valeu galera! Obrigado pela companhia e persistência de todos para concluir essa travessia com tantas histórias.

Até a próxima!

02 novembro 2016

10ª Etapa Caminho da Fé – Campista a Campos do Jordão

Dia 2, em pleno feriado de finados, reunimos a turma mais uma vez para realizar mais uma etapa da caminhada. Chegamos bem cedo em Campista no mesmo local onde havíamos encerrado a etapa anterior. Tudo indicava que seria mais uma etapa com longas subidas por causa da serra que separa Campista de Campos do Jordão, mas ainda bem que não foi. Nada se compara às subidas exaustivas entre Luminosa e Campista.


Seguimos por estradas rurais, o que não é nenhuma novidade nessa rota, porém, muito mais tranquilas do que imaginávamos. A caminhada foi feita sem muito esforço e foi bem agradável. Como sempre, estávamos cercados por montanhas altas e belas. Passamos por pequenas corredeiras e nascentes, até paramos em uma pequena cachoeira no caminho para dar aquela tradicional refrescada durante a caminhada.

Por fim, chegamos a Campos do Jordão.


Os primeiros habitantes da região eram índios, mas com a corrida por novos caminhos, alguns desbravadores compraram algumas terras para fixarem residências na região. Por fim, a família do desbravador Inácio Caetano Vieira de Carvalho vendeu suas terras a Manuel Rodrigues do Jordão, sobrenome que deu origem ao nome da cidade posteriormente. Na metade do século XIX as terras de Jordão foram loteadas e vendidas.  No final do século XIX a região ganhou fama de ser um local indicado para tratamento de doenças pulmonares devido a seu excelente clima. Nas décadas de 1920 e 1930 os primeiros sanatórios foram construídos para tratarem doenças do pulmão. Em 1934 Campos do Jordão emancipou-se de São Bento do Sapucaí.


Paramos na Pousada Refúgio dos Peregrinos para carimbar nossos passaportes e depois de alguns minutos de conversa seguimos em frente.

Percorremos as ruas e avenidas da cidade acompanhando a linha férrea. Seguindo as setas amarelas saímos da avenida e subimos no sentido do Alto do Lajeado. Passamos por alguns mirantes com belas paisagens e voltamos a percorrer nosso caminho ao lado da linha férrea até que em um determinado ponto tivemos que literalmente caminhar por cima dos trilhos.


Durante esse percurso passamos por algumas Estações, elas até que estavam preservadas, mas completamente abandonadas. É triste ver uma parte da nossa história e cultura tão largada por falta de interesse público e político. Certamente um bom planejamento com custos atrativos devolveria o charme do trem turístico à região durante o ano todo, não somente em datas comemorativas, mas o que podemos esperar de governos que não investem em cultura da forma adequada para manter a história viva?


As horas correram e o dia foi se acabando, mas a ameaça de chuva forte pôs fim ao nosso dia de caminhada.

Agora falta bem pouco para o encerramento dessa jornada.


Caminhantes: Adriana e Argeu Alamino, Cláudio Siqueira, Cris Senkiw, Jane Ribeiro, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Marilice Ruy Carral, Wilma Custódio e Seu Carlos.

15 outubro 2016

Subida Pedra do Baú

Dia 15 de outubro, juntamos a turma, bom pelo menos os mais corajosos, para encarar a subida na Pedra do Baú em São Bento do Sapucaí. Saímos bem cedo de São Paulo e seguimos para nossa aventura, mas infelizmente chegamos lá mais tarde do que o desejado por causa de algumas confusões nas placas indicativas para o Complexo do Baú. Ainda bem que no final deu tudo certo. Ufa!


Colocamos os equipamentos de segurança e começamos a trilha até a base da pedra.

A trilha é um tanto puxada, tem uma inclinação bem acentuada e acidentada com aproximadamente 1,8 km.

Depois de chegarmos à base da via por onde escalaríamos, tomamos um pouco de ar e descansamos alguns minutos para recuperar um pouco das forças para enfim encararmos a escalada.


Degrau a degrau fomos subindo, passando por curvas e parapeitos estreitos tendo por companhia um abismo se formando a cada metro escalado.

Depois de mais ou menos uma hora alcançamos o cume da Pedra do Baú. No alto dos seus 1950 metros tivemos uma visão panorâmica muito privilegiada de toda região, abrangendo algumas cidades do Sul de Minas, Campos do Jordão e o Vale do Paraíba.


Apesar de toda beleza e das lindas montanhas a nossa volta, tivemos que acelerar nossa aventura por causa da possibilidade de chuva. Pegar uma pancada de chuva lá em cima não seria muito agradável já que a escalada é feita em escadas de ferro e a possibilidade de uma descarga elétrica causada por raios não estava em nossos planos.

Descemos a via, refizemos a trilha até o estacionamento e nos despedimos do pessoal da Vertical EcoFun que nos auxiliou com os equipamentos de segurança proporcionando a todos uma aventura segura.


Mas o dia ainda não tinha terminado.

No caminho de volta paramos na Cachoeira dos Amores para tomarmos um belo banho em águas geladas da serra. Curtimos alguns minutos por lá até a hora que a fome falou mais alto. Retornamos aos carros e paramos no restaurante para atacarmos “literalmente” um belo prato de comida servido em tigelas de barro.  Tava bom!!!!

E isso é tudo pessoal! Mais uma aventura realizada com sucesso!

Parabéns a todos os participantes!

Valeu galera pela companhia e até a próxima aventura!

01 outubro 2016

Trilha das Sete Praias e Cachoeira Véu da Noiva

Dia 01, juntamos a turma para mais uma vez encararmos a Trilha das Sete Praias em Ubatuba no litoral norte de São Paulo.

Chegamos cedo à Praia Lagoinha onde começou a nossa aventura, mas antes de partimos para a trilha propriamente dita, seguimos até as Ruínas da região para uma seção de fotos e para ouvirmos um pouco da história local.

Conta-se que aquela área pertencia ao Capitão Romualdo da Guarda Real na época do Brasil Império. Segundo a história, ele tratava bem seus escravos e com a chegada da Lei Áurea os escravos libertados não quiseram ir embora das suas terras e ficaram ajudando o Capitão na fazenda de cana de açúcar. Após a sua morte o Governo se apossou das terras pelo fato dele não ter herdeiros legais e com o passar dos anos tudo ficou abandonado e virou ruínas.


Depois das fotos e de apreciar o local, seguimos por uma trilha ao lado das Ruínas rumo a Cachoeira conhecida como Véu da Noiva.

Seguimos a trilha subindo constantemente até que o rio que margeia a trilha sumisse e a trilha fizesse uma bifurcação. Seguimos a trilha da direita e foi só descer um pouquinho para dar de cara com a cachoeira.


Permanecemos um pouco mais que uma hora por lá refrescando o corpo e aproveitando a cachoeira e seus encantos.

Voltamos para Praia Lagoinha para enfim começarmos a trilha que percorre as praias.

Passamos pelas praias: Lagoinha, Peres, Bonete, Grande Bonete, Praia Deserta, do Cedro e finalizamos na Praia Fortaleza.

Vale dizer que cada praia tem sua particularidade e beleza.


Subimos e descemos barrancos, morros e montanhas que divisam as praias, andamos por praias com areia dura e também por aquelas com areias tão macias que nossos pés afundavam tornando a caminhada cada vez mais pesada, mas ao mesmo tempo deliciosa e encantadora.

Esse trajeto é recheado de belas paisagens e mirantes naturais que nos fizeram parar por alguns instantes para fotografar e registrar aqueles momentos mágicos na memória com muito gosto.

Depois da caminhada nos despedimos de alguns amigos que ainda ficariam por lá para aproveitar o fim de semana.


Pegamos a estrada de volta para Sampa com a sensação de dever cumprido e renovados para mais uma semana de trabalho.

Até a próxima aventura pessoal!


24 setembro 2016

9ª Etapa Caminho da Fé – Luminosa à Campista

Dia 24, juntamos a turma novamente e seguimos para Luminosa, último trecho da caminhada em territórios mineiros.

Paramos na Igreja de Nossa Senhora das Candeias onde prontamente um dos zeladores a abriu para nos apresentar suas dependências internas e contar um pouco da sua formação. Segundo ele, o terreno foi cedido por um fazendeiro e toda a comunidade ajudou na construção do templo. Blocos enormes de pedra foram trazidos de fora em carros de boi para fazer o alicerce e toda estrutura e amarração da igreja foram feitas com bambus cortados milimetricamente e revestidos com argamassa. Nela não existem colunas de sustentação e de tempos em tempos são necessários alguns reparos para mantê-la em pé. No interior da igreja percebe-se uma acústica bem diferenciada das demais igrejas que já entramos, até uma simples conversa em seu interior dá a impressão que toma forma de sons musicais criando um ambiente acústico surpreendente e às vezes até incômodo para quem não está acostumado.


Saímos da igreja e seguimos as setas amarelas para enfim chegarmos às famosas subidas que tanto foram faladas por caminhantes e moradores nas etapas anteriores. Posso dizer que não foram exagerados. Bota subida nisso!

Luminosa está a mais ou menos 800 m de altitude e no ponto mais alto desse trecho atingimos 1813 m de altitude. Sem dúvidas é uma elevação bem considerável e exigiu um esforço inigualável para transpor essa singela subidinha. Durante a subida paramos na Pousada da Dona Inez no meio da serra para carimbar nosso passaporte e tomar um cafezinho enquanto descansávamos um pouco. A vista em frente à pousada era de tirar o fôlego de qualquer um. Lá do alto dava para ver como Luminosa ficou pequena e quase coberta pelas montanhas que a cercam, mais alguns metros e ela sumiria totalmente da nossa vista.


Depois dessa breve parada, andamos mais alguns metros e para nossa surpresa encontramos uma pequena cachoeira e a chamamos de “Cachoeira da Pousada Dona Inez”. Voltamos para a caminhada e aí a coisa começou a ficar séria para os carros de apoio. Em uma curva acentuada e íngreme um dos carros teve muita dificuldade para transpor o pequeno trecho. Subimos mais algumas ladeiras intermináveis e novamente outro trecho complicado para o carro de apoio, resultando na troca da logística adotada. O carro retornou e seguiu direto para Campista por outro caminho bem mais tranquilo, enquanto seguíamos em frente firmes e confiantes, bem devagar, passo a passo por aquelas terras altas da Serra da Mantiqueira. Apesar do desgaste, fomos agraciados por belas paisagens e vales encantadores, pelo menos isso compensava todo esforço durante a caminhada.


A cada trecho superado o visual era incrivelmente belo. Depois de chegarmos ao ponto mais alto da caminhada voltamos a ter contato com estradas asfaltadas deixando temporariamente para trás as estradas empoeiradas da Serra.

O caminho parecia ser mais fácil no asfalto, mas o sol batendo forte na cuca e o mormaço quente subindo do asfalto judiaram bastante. Então, tudo aquilo que subimos pelas estradas de terra tivemos que descer pelo asfalto até chegarmos a Campista, divisa com Campos do Jordão.



Campista é um Distrito de Campos do Jordão, mas parte de suas terras também está ligada ao município mineiro de Brazópolis. Esse distrito se parece com uma vilazinha do interior com poucas casas e um comércio simples e localizado. Acredito que o forte dessa região seja a extração de madeira pelo tamanho da madeireira que passamos logo na entrada do distrito.

Paramos no único bar aberto no caminho para reabastecer nossas forças em homenagem ao nosso dia mais penoso com tantas subidas e descidas.

Agora restam menos de 90 km para chegarmos ao nosso destino final.

Depois de alguns perrengues e de testarmos nossos limites e vencê-los com louvor encerramos mais uma etapa da caminhada.


Até a próxima pessoal!

Caminhantes: Argeu Alamino, Cláudio Siqueira, Cris Senkiw, Gilson, Noemi e GIovana Lopes, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda e Seu Carlos.

04 setembro 2016

Pedra da Quatinga


Sábado, juntamos o pessoal para mais uma trilha. Alguns até já a chamaram de mini travessia pelo fato dela ser longa (22 km) e de passar por dois distritos, o de Paranapiacaba e o da Quatinga que pertencem respectivamente aos municípios de Santo André e Mogi das Cruzes.


Partimos do estacionamento de Paranapiacaba passando por suas ruas até chegarmos à estrada de terra do outro lado da vila. Essa estrada é muito conhecida por fazer parte do Caminho do Sal que vem de São Bernardo Campo e segue até Mogi das Cruzes.


Durante o percurso passamos pela Vila Taquarussu pertencente ao Distrito de Quatinga. Ela é uma vila charmosa e tão histórica quanto à vizinha Paranapiacaba, mas infelizmente seus portões agora estão fechados impedindo a passagem de todos por consequência de atos de alguns irresponsáveis que desrespeitam a propriedade alheia deixando marcas de sujeita e depredação por onde passam. Uma verdadeira pena para quem curte um pouco de história. Ver aquele local fechado por esses motivos é sem dúvida revoltante. Ai eu pergunto: será que algum dia existirá consciência nessa juventude mimada cheia de mimimi?



Seguindo em frente passamos por um pequeno rio (ideal para um banho em dias quentes) e continuamos nosso trajeto rumo ao nosso destino.

A cada quilômetro percorrido a pedra aumentava anunciando que seria um pequeno desafio subir a trilha íngreme do pé da montanha até o cume.

Vale citar que desde o estacionamento fomos adotados por uma cadela guia que nos acompanhou durante todo o caminho até o cume da pedra, trazendo uma alegria a mais para o grupo. Carinhosamente nós a apelidamos de Lady.



Quando chegamos ao início da trilha fizemos uma parada básica para reabastecer um pouco e encarar a subida até o topo.

O começo foi light e tranquilo, mas de repente a trilha faz uma curva de 90° a esquerda e dai para frente à coisa desanda, ou melhor, quase não anda.

Passo a passo, metro a metro fomos subindo aquela inclinação toda acidentada, mas nada conseguia tirar o ânimo do grupo. Ralamos, mas vencemos a subida.

Do alto da pedra podemos ver que todo o esforço foi devidamente recompensado. Avistamos a represa de Mogi, parte do cinturão verde da região, sem falar da leveza do ar puro lá do alto.


Em nossos momentos de contemplação pudemos ver a névoa, característica da região, subindo a serra e encobrindo tudo aos poucos.

Depois do descanso merecido fizemos o caminho inverso até o ponto inicial da caminhada.

Não fugindo a regra de sempre, rimos muito e fizemos novos amigos na trilha.

Ah! No final do dia tivemos que nos despedir da Lady, porque ela tem outros grupos para guiar por aquelas bandas, né!

Valeu galera até a próxima!

27 agosto 2016

8ª Etapa Caminho da Fé – Paraisópolis à Luminosa


Depois de uma longa pausa, dia 27 juntamos a turma para mais uma etapa da caminhada. Seguimos para a Praça da Igreja Matriz em Paraisópolis e de lá recomeçamos o trajeto.


Paraisópolis é a penúltima cidade mineira da rota. Ela é considerada a sexta maior cidade do extremo sul de Minas. A sua origem também está ligada a passagens dos tropeiros Paulistas assim como as cidades anteriores por onde passamos. Seu primeiro povoado foi formado na região em 1813. Em meados da década de 1820 surgiu a ideia da construção de uma capela em homenagem a São José, mas foi só em 1827 que o Imperador D. Pedro I autorizou a instalação da capela erguida com a denominação de São José das Formigas. A criação do distrito foi em 1850. Em 1872 foi desmembrado do Município de Pouso Alegre e em 1873 instalou-se a Câmara Municipal de São José do Paraisópolis. Só em 1914 a cidade recebeu o nome definitivo que mantém até hoje.


Passamos por suas ruas e avenidas até reencontrarmos as estradas rurais, consequentemente, subindo e descendo ladeiras. Paraisópolis é conhecida por suas montanhas propícias para prática de esportes de aventura, como voos de paraglider, asa delta, escalada, rapel... Além é claro, de inúmeras cachoeiras. Para nossa sorte passamos por duas com águas geladíssimas, mas muito bem-vindas para uma pequena pausa refrescante durante uma subida.


No meio do caminho passamos pelo Bairro do Cantagalo, mas não paramos para descansar, seguimos em frente rumo à Luminosa. A partir desse trecho vimos várias placas de trilhas e rotas no caminho indicando lugares para uma nova exploração mais detalhada. Precisamos voltar lá.

Durante esse pequeno trecho da rota, entramos e saímos do Estado de São Paulo cruzando as linhas imaginárias que dividem nosso Estado com o de Minas Gerais por algumas vezes, parecendo um verdadeiro zigue-zague no meio das montanhas.


Do alto da estrada conseguimos avistar Luminosa bem embaixo das montanhas. Lembrando algumas cidades europeias cercadas por montanhas em um folheto turístico, claro que respeitando suas devidas proporções e belezas.

No alto de uma das montanhas, mais precisamente no Pico dos Dias, está o Observatório do Laboratório Nacional de Astrofísica a 1864 m de altitude. Ele está entre os municípios de Brazópolis e Piranguçu. Mesmo à distância já demonstra sua imponência atraindo nossos olhares e imaginação. Claro que ele também entrou para lista de lugares para visitar.


Por fim chegamos à Luminosa.

Luminosa é um Distrito de Brazópolis e lembra bem uma típica cidadezinha pacata no meio do nada cercada por muito verde e transpirando vida na sua essência. Vê-se que não mudou quase nada desde a sua criação na década de 1930 com o nome de Candelária. Em 1943 passou a ser chamada de Luminosa em homenagem a Nossa Senhora das Candeias.

Seguimos até a Igreja de Nossa Senhora das Candeias, fizemos algumas fotos da Praça central com a igreja ao fundo, carimbamos nossos passaportes algumas vezes no caminho entre Paraisópolis e Luminosa e para finalizar o dia paramos em um dos bares do Distrito para recarregar as energias gastas no decorrer da caminhada.


Rimos muito, subimos e descemos várias vezes pelas estradas que ligam essas cidades, tomamos banhos em cachoeiras com águas geladíssimas com direito a gritos de algumas pessoas que se divertiam testando a resistência do próprio corpo em um dia de inverno.

Agora é só aguardar a próxima etapa. Que venham as montanhas de Campista!

Até a próxima etapa pessoal!

Caminhantes: Adriana e Argeu Alamino, Cláudia Melo, Cláudio Siqueira, Cris Senkiw, Gilson, Noemi e Giovana Lopes, Jane Ribeiro, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Marilice Ruy Carral, Omar, Rosângela Sotelo e Seu Carlos Tsuda.

05 agosto 2016

Convite para 1ª Passarinhada em Apoio ao Museu da Energia de Salesópolis

Museu da Energia de Salesópolis recebe evento inédito 
voltado à prática de observação de aves.

Ação, realizada pelo grupo “Amigos da Usina”, tem como objetivo chamar a atenção de patrocinadores sobre as potencialidades do Museu, que corre o risco de fechar as portas, para a prática do birdwatching.

No segundo sábado de agosto, dia 13, acontece a primeira edição do evento “Passarinhada em apoio ao Museu da Energia de Salesópolis”. Organizada pelo grupo “Amigos da Usina”, a ação acontece das 7 às 16h30 e oferecerá, além de palestra e orientações aos iniciantes da prática de birdwatching, sorteio de brindes e saídas guiadas para a fotografia e observação de aves nas trilhas do Museu da Energia. As atividades são gratuitas e voltadas a todos os públicos, com exceção do rapel na Cachoeira dos Freires, que será ofertado a preço promocional (30 reais). 

Composto por um parque de 150 hectares de Mata Atlântica onde está instalada a centenária Usina de Salesópolis, o Museu da Energia tem se consolidado como um importante ponto de encontro dos amantes de birdwatching. Desde 2012, mais de 280 espécies de aves já foram observadas, fotografadas e catalogadas no local, incluindo o recém-descoberto e já ameaçado de extinção bicudinho-do-brejo-paulista, pássaro endêmico do Estado de São Paulo. 


RISCO DE FECHAMENTO

A “1ª Passarinha” objetiva chamar a atenção da sociedade civil, e de possíveis entidades e empresas patrocinadoras, para o risco de fechamento do Museu da Energia de Salesópolis. Importante polo ambiental e socioeducativo da região do Alto Tietê, localizado próximo da nascente do rio, o espaço é gerenciado pela Fundação Energia e Saneamento, que passa por sérias dificuldades financeiras. No momento, a instituição, que busca articular e mobilizar novas parcerias e patrocínios, cogita um plano de reestruturação que inclui a suspensão das atividades do Museu da Energia de Salesópolis e das demais unidades de sua Rede, sem prazo definido. 

“Além de receber milhares de estudantes anualmente, que aprendem sobre como é gerada a energia hidrelétrica que chega às nossas casas, cumprindo um importante papel na formação de consciência ambiental das crianças, o Museu da Energia tem apresentado esse novo potencial. O possível fechamento do museu será uma grande perda não só para o turismo tradicional da região, mas para um novo público que busca áreas protegidas para a prática do birdwatching”, explica Elvis Japão, fotógrafo membro do grupo de observadores Amigos da Usina. 

Gerenciado por uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), o Museu da Energia depende, para a manutenção de suas atividades, da doação e patrocínio tanto de empresas e entidades mantenedoras e patrocinadoras - por meio de contribuição incentivada a projetos aprovados em leis de incentivo fiscal (Rouanet e ProAC) -, como de pessoas físicas, que podem participar do programa de benefícios “Amigos do Museu”, com a possibilidade de abatimento do imposto de renda. 


ORIENTAÇÕES 

A recepção aos participantes da “1ª Passarinhada em apoio ao Museu da Energia de Salesópolis” será realizada no estacionamento do Museu da Energia de Salesópolis. O visitante receberá, na chegada, uma senha que valerá para o sorteio de brindes. O café da manhã será comunitário, sendo cada visitante responsável por trazer seu alimento. No almoço, serão disponibilizados para venda, no local, refeições e lanches. 

TRILHAS: As saídas para as trilhas só poderão ser realizadas com o acompanhamento dos guias.


PROGRAMAÇÃO – SÁBADO, 13 DE AGOSTO DE 2016 

7 horas Início / Abertura / Recepção 
7h30 Café da Manhã 8 horas Comunicado, orientações e saída para Observação de Aves 
9 horas Atividade de Rapel na Cachoeira dos Freires (opcional) 
11 horas Pausa para Almoço 13 horas Palestra sobre Observação de Aves 
16 horas Sorteio de brindes e agradecimentos 
16h30 Encerramento das atividades 

SERVIÇO 

Evento “1ª Passarinhada em apoio ao Museu da Energia de Salesópolis” 
Sábado, dia 13 de agosto, das 7 às 16h30 

GRATUITO 

Endereço: Estrada dos Freires, Km 06 - Freires, Salesópolis – SP Informações: (11) 97091-1665 / 97548-4759 / amigosusinasalesopolis@gmail.com

Por Elvis Japão e Fernanda Souza de Jesus