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Aqui você saberá, quando, onde e quem, participou de nossas aventuras e trilhas. Sempre a procura de novos amigos e companheiros com disposição para aventuras e curtir a natureza. Participem do nosso Blog. SEJAM BEM VINDOS!

28 fevereiro 2016

Trilha da Cachoeira da Escadaria – Votorantim


Mais uma aventura realizada com sucesso.

Juntamos a turma para mais uma trilha, dessa vez guiada por nossa amiga Elaine Figueiredo que conhecia bem o caminho e não hesitou quando surgiu a ideia de ir para lá.

Agrupamos o povo nos pontos de encontros e seguimos em direção à cachoeira. Saímos da área urbana de Votorantim no sentido da Represa de Itupararanga, mas antes dela pegamos uma estradinha de terra por longos quatro quilômetros com muito sobe e desce, desviando de buracos e das poças de lamas no caminho. Parecia que não chegaria nunca e para ajudar o tempo fechou e a névoa baixou tanto que não dava para ver a copa de algumas árvores. Ficou meio tenso o caminho, mas por fim chegamos à ponta da represa para iniciar a trilha.

A névoa sumiu, o tempo firmou e ficou aberto, afastando a possibilidade de chuva para nossa felicidade.

Cruzamos o rio para continuar na trilha e depois de alguns minutos de caminhada paramos em uma grande pedra onde tivemos uma visão privilegiada e panorâmica da cidade ao fundo após o cinturão verde da mata.

Descemos a trilha e passamos por algumas quedas d’água, mas tínhamos em mente a tal cachoeira da escadaria. Seguimos mais um pouco pela trilha e paramos na cachoeira anterior a escadaria e ficamos por lá bons momentos curtindo a cachoeira, refrescando o corpo e renovando a alma.

Após essa breve parada percorremos por mais um trecho de trilha um pouco mais acidentado, mas sem muita dificuldade e enfim, chegamos a tal escadaria que antecede a cachoeira. Descemos degrau por degrau e nos deparamos com mais uma bela cachoeira, e claro, mais um bom banho regado a muita risada por causa dos “doidos” que tentavam ficar em pé debaixo da cachoeira e acabavam indo ao chão com a força da água. Foi muito divertido ver a teimosia do povo. Eram todos “crianças crescidas” se divertindo muito.

Vale resaltar a atitude do grupo que recolheu uma grande quantidade de lixo deixado por outros “aventureiros” sem educação ou respeito pela natureza. Esse povo que diz “gostar de uma boa cachoeira e que ama a natureza” deveria ter no mínimo higiene e a consciência de preservação. Foi triste ver lixo até embaixo da cachoeira.

Tenha dó, se você não tem capacidade de levar seu próprio lixo de volta, não faça trilhas e vá frequentar um lixão ou um aterro sanitário urbano, lá é o seu lugar. Por isso me pergunto por que esse povo ainda respira o meu ar?

Retornamos ao local onde deixamos nossos carros e lá encontramos com o Grupo Suçuarana fazendo uma grande faxina na região. Juntamos o lixo que retiramos na base da cachoeira com os grandes sacos de lixo que eles recolheram. Conversamos e ouvimos uma palestra sobre o projeto Suçuarana. Foi muito bom conhecê-los!

*O grupo Suçuarana foi fundado em 1994 com objetivos de preservar a vida e o meio ambiente. A finalidade do grupo é: treinar e aprimorar técnicas e equipamentos para buscas e salvamentos em qualquer tipo de ambiente; a defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável. Tudo isso sem fins lucrativos.* (detalhes e informações do grupo no facebook: https://www.facebook.com/GrupoSucuarana/timeline).

Depois de tudo pegamos nosso caminho de volta, mas antes de encerrar o dia ainda demos uma parada rápida na barragem da represa para fazer algumas fotos e encerrar a aventura do dia.

Obrigado a todos que participaram desta aventura e um agradecimento especial à Elaine que nos conduziu em belas paisagens e cachoeiras que literalmente tiraram o fôlego de alguns.

Até próxima aventura!

27 fevereiro 2016

4ª Etapa – Caminho da Fé – De Inconfidentes a Tocos do Moji

Dia 27, retornamos a Inconfidentes – MG para seguir por mais um trecho da caminhada.

Começamos pelo Bar do Maurão onde o Gilson, novo integrante do grupo, adquiriu o seu passaporte para nos acompanhar nas próximas etapas.

Percorremos a avenida principal da cidade até o final e seguimos pela rodovia até uma estrada de terra, sempre seguindo as setas amarelas.

Esse trecho da caminhada foi um pouco mais desafiador para os carros de apoio por causa das chuvas constantes na região, já que a caminhada é feita em grande parte por estradas de terra e elas sofreram um bocado com deslizamentos e erosões, mas esse foi só mais um obstáculo a ser superado.


De Inconfidentes à Borda da Mata foram 21 quilômetros de caminhada. Passamos por várias fazendas e sítios (já é corriqueiro dizer isso), mas dessa vez estávamos cercados por muitas nascentes e córregos. O barulho das pequenas corredeiras era agradável e ao mesmo tempo “irritante”, já que não dava para entrar em nenhuma delas por estarem dentro de propriedades particulares. A única que daria para aproveitar e tomar um bom banho estava com um volume de água muito grande decorrente das fortes chuvas e acabamos ficando só na vontade mesmo.

Um pouco mais a frente paramos em um galpão onde o caminhante pode usar o sanitário e até tomar banho se quiser. Gentilezas de pessoas como o Sr. Joaquim que se preocupa e apoia os caminhantes durante a jornada. É raridade, mas ainda existe bondade na terra!


Por fim, chegamos à divisa entre Inconfidentes e Borda da Mata.

Borda da Mata é uma típica cidade do Sul de Minas com aproximadamente 17 mil habitantes. É uma das cidades que integram o Circuito Turístico das Malhas do Sul de Minas. Possui um grande potencial para indústria têxtil e se destaca pela produção de pijamas, por isso ganhou a fama de “Capital Nacional do Pijama”.

"O povoado de Borda do Campo (atual Borda da Mata) nasceu nos caminhos que ligavam a Vila de São Francisco de Paula de Ouro Fino (hoje Ouro Fino) ao Registro do Mandu (hoje Pouso Alegre). A emancipação política do município aconteceu em 1924. Existe uma grande quantidade de documentos sobre a fundação de Borda da Mata que se funde com a fundação da Igreja Nossa Senhora do Carmo".


Nosso cartão de boas-vindas foi uma rua alagada devido às chuvas. Nosso carro de apoio ficou impedido de prosseguir e teve que dar uma volta considerável para retornar ao caminho original. Já os caminhantes, tiraram os tênis e botaram os pés na água para cruzar o pequeno trecho alagado. Foi hilário e divertido para dizer o mínimo.

Depois seguimos para a Igreja Matriz da cidade.

A Igreja Nossa Senhora do Carmo é de 1858, em 2005 foi elevada à Basílica pelo Papa Bento XVI.

Conhecemos pouco de Borda da Mata, infelizmente nossa passagem por lá foi mais rápida do que nas outras cidades.


Carimbamos nosso passaporte no Hotel Village e em seguida na própria Basílica onde fizemos uma breve pausa cercados por lindos vitrais e um silêncio gostoso. Saímos da igreja e tomamos um lanche ali mesmo na Praça da Matriz para repor um pouco de energia e seguimos rumo a Tocos do Moji.

Depois de mais algumas subidas e decidas encerramos nossa caminhada ainda faltando alguns quilômetros para chegar a Tocos do Moji. Pelos relatos que ouvimos dos moradores locais a partir daquele ponto era só subida, e segundo eles, os próximos quilômetros seriam os mais difíceis da caminhada e como já faltava força nas pernas resolvemos deixar esse desafio para a próxima etapa.


Particularmente falando, cada vez mais me encanto com esse caminho. Muita tranquilidade e o verde sempre saltam aos olhos. O povo mineiro é outro detalhe a parte, ele está sempre disposto a puxar assunto quando encontra um caminhante/peregrino. Como um senhor bem velhinho provavelmente com seus 80 e tantos anos, cheio de graça contando piadas que não dariam para divulgar no blog sem uma pequena censura.

Rimos muito e como sempre aproveitamos bem o dia.

Agora vamos aguardar o que os próximos quilômetros nos reservam na próxima etapa.

Caminhantes: Adriana e Argeu Alamino, Cris Senkiw, Gilson Lopes, Jane Ribeiro, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Val Martini, Wilma Custódio e Seu Carlos Tsuda.

13 fevereiro 2016

Pico das Agulhas Negras – Parque Nacional do Itatiaia


A ideia surgiu em 2014: subir o 5º maior pico do Brasil, com 2791 m de altitude. Após mais de um ano pesquisando, em novembro de 2015 o planejamento toma forma e os detalhes se fundem.

Marcado para 13 de fevereiro de 2016, Tamara, Aline, Moisés e eu, finalmente, íamos subir o famoso pico do Parque Nacional do Itatiaia.

A cada dia a ansiedade aumentava e os assuntos sobre o que precisávamos levar, como nos preparar, iam ficando cada vez mais intensos e frequentes. Chegou o dia 12 de fevereiro, a data marcada para partida, estávamos lá no Terminal Rodoviário do Tietê, às 23:00, junto com o restante do grupo (nós iríamos de carro e eles de van). Saímos as 23:50. 

O objetivo era ir acompanhando a van, mas o motorista “vazou” sem esperar. Paciência, isso não nos abalou, até porque “quem tem boca vai a Agulhas”. Seguimos pela Ayrton Senna e Carvalho Pinto até Taubaté, onde acessamos a Dutra. Escolhemos o trajeto por ter quase a mesma distância e pedágios mais baratos, além do limite de velocidade ser maior (120 contra 110 da Dutra).

Fomos até o AMAN (Academia Militar do Agulhas Negras), em Resende/RJ, pois não sabíamos qual portaria (1 ou 2) era utilizada para acesso ao Pico. Lá, nos informaram que teríamos de ir até a Portaria 1 (Parte Baixa), pegando a Dutra sentido SP e acessar a saída 317, conforme indicaram as placas Itatiaia / Parque Nacional. Feito, andamos 12 km na BR-116 e mais 6,5 km até chegar à Portaria da Parte Baixa.

Destino alcançado, mais uma surpresa... O acesso ao Pico se dá pela Portaria 2, conhecida como Posto Marcão, que fica na cidade de Itamonte/MG, a 56 km dali...

Voltamos para a Dutra, sentido SP, e pegamos a saída 330, no bairro de Engenheiro Passos, com destino a Itamonte, pela BR-354. Subindo a serra, muitas curvas, estrada simples de mão dupla e sem acostamento (quem sofre com curvas, tome remédio!). Quando demos conta, já estávamos descendo a serra, chegamos à cidade de Itamonte e pedimos informações. É, havíamos passado a estrada que dá acesso ao Posto. Subindo a serra, vimos o Hostel que nos hospedaria, logo não foi de tudo ruim ter errado (rs).


Subimos 20 km até localizarmos a Garganta do Registro, local onde fica a estrada. Faltava pouco, 14 km de estrada de terra (carro baixo sofre!). Poucas paradas para fotos acima das nuvens, apreciando o maravilhoso visual.

E a via sacra teve fim às 6:27 da manhã, quase 6:40 após a saída do Tietê. Para efeito de comparação, levamos 3:30 para voltar...

Sem descansar, nos arrumamos para iniciar a trilha, pois estava marcada para as 7:00. Assinamos a ficha de responsabilidade e, quando pensamos que era a hora de seguir, o guia nos diz que o fiscal pedia uma segunda corda de 30 m (já tínhamos uma), pois o Parque exige uma corda a cada 13 pessoas e nosso grupo contavam com 25 integrantes. Caso contrário, o grupo seria dividido em dois. Um iria para o Pico e o outro curtiria trilhas e cachoeiras, e no domingo inverteria. O guia disse que no hostel em que hospedaríamos teria a corda que precisávamos. Me disponibilizei para levá-lo. Deu certo. Em uma hora fomos e voltamos. O fiscal olhou e autorizou o grupo a seguir. Ufa!


As 8:40 estávamos iniciando a trilha de 3 km até o Abrigo Rebouças, onde comeríamos algo e abasteceríamos as garrafas com água, além de usar o banheiro. Ficamos 10 minutos e continuamos a seguir até a base do Pico, que está a 2,5 km do Abrigo.

O sol estava bem forte, mas o vento leve e gelado da altitude (2430 m) aliviava.

Pouco antes da base, um riacho com água gelada e limpa, que aproveitamos para reabastecer garrafas, pois a partir dali não teríamos mais pontos de água.

A partir de agora é só pedra. Calçado faz toda a diferença. Subida íngreme e, em alguns pontos, sendo preciso ajoelhar ou mesmo encostar o peito na pedra, no melhor estilo Homem Aranha. As escalaminhadas são de nível médio a difícil e desgastante. São 02 pontos de corda, o primeiro na metade da subida e o segundo na última parte, já para alcançar o falso cume.

Terminamos a subida as 14:00, tarde para podermos ir até onde fica o livro, infelizmente, mas valeu muito, sensação inigualável e indescritível!

As meninas (Tamara e Aline) não foram o falso cume, ficaram no ponto da última corda, por questões de dores no joelho.

As 14:40 iniciamos a descida, com os mesmos perrengues da subida, mas judiando ainda mais dos joelhos. Usar joelheiras e tornozeleiras pode ser muito válido, principalmente para quem já tem algum histórico. A volta foi mais rápida, óbvio, e às 18:00 já estávamos no Posto para seguirmos até o Hostel.

O Hostel Picus é muito bem estruturado e o indico tranquilamente.

Jantamos e fomos dormir umas 22:00, não dava para enrolar tamanho o cansaço.

No domingo acordamos as 6:30, tomamos café e organizamos as coisas no carro, assim não seria necessário voltar ao hostel após sairmos do parque.

Chegamos ao parque, nos apresentamos e... Adivinhem! Sem o comprovante de pagamento não poderíamos entrar... Um sufoco para achar um local com o mínimo de sinal para contatar o responsável pelo grupo. Uns 100 m após, consegui o contato e a imagem do comprovante.

Uma vez dentro do parque, fomos até a Cachoeira das Flores, 500 m a frente do Abrigo Rebouças, em direção ao Pico das Prateleiras. Cachoeira com água extremamente gelada, arrisco dizer que é a mais gelada que já entrei. Fizemos um cercado com pedras e alocamos nossas garrafas, para mantê-las geladas. Ficamos lá por volta de 1:30.

Seguimos até a base do Pico das Prateleiras, mas não podíamos subir, pois além da falta de equipamento, não tínhamos guia.

Voltamos os 6 km (base até Posto) e, as 17:00 já estávamos saindo do parque. Leves e felizes com nossos desempenhos.

Paramos em uns quiosques de beira de estrada, na Garganta do Registro, onde compramos algumas coisas. 17:30 encaramos a estrada até SP, chegando na Salim Farah Maluf as 20:45.

Fim do rolê e várias aventuras. Muito bom e merecedor de replay.

Resumo da viagem:
SP até Posto Marcão: 294 km
Posto Marcão até SP: 300 km
Ida e volta: Ayrton Senna, Carvalho Pinto, Dutra e BR-354
Combustível: R$ 265,00 (gasolina, Uno Evo, 1.0, às vezes usando o ar condicionado)
Pedágio: R$ 48,40
Alimentação (água, isotônico, lanches, barras, energéticos e macarrão instantâneo): R$ 185,00
Locação do carro: R$ 360,00
Total Coletivo: R$ 858,40
Partilha: R$ 214,60 (04 pessoas)
Hostel: R$ 45,50 (1 pernoite)
Entrada no Parque: R$ 22,50 (R$ 15,00 sábado e R$ 7,50 domingo, valores para brasileiros)
Total Individual: R$ 68,00
Total Investido/cada: R$ 282,60

Por Everthon Moraes

07 fevereiro 2016

Torre de Pedra

“Nada como ir atrás de um caminho que você não conhece e descobrir que valeu a pena seu esforço!”

Juntamos um pequeno grupo disposto a encarar alguns bons quilômetros de estrada para ir até a cidade de Torre de Pedra. A cidade ganhou esse nome por causa do monumento natural montanhoso conhecido como “Capricho da Natureza” ou “Troféu de Deus”. Com cerca de três mil habitantes a pequena cidade ainda dispõe de outros pontos turísticos interessantes como: a Cachoeira e Morro do Agudo.

Chegando à cidade partimos atrás do caminho para a Torre e ai começou o “sobe um morro aqui” e “desce outro morro ali” até que de repente a Torre sumiu de vista! Paramos para perguntar o caminho certo para a Torre e lá fomos nós para o local indicado.


Deixamos nossos carros na base e subimos a pequena trilha até a Torre.

Seguindo a trilha demos uma volta completa na base da Torre com a esperança de achar alguma entrada para subir, mas a trilha só dava a volta e mais nada. Existe até um trecho que permite ao aventureiro com experiência em escalada subir rumo ao cume da montanha, mas estava fora da nossa alçada, infelizmente.

Encontramos com outras pessoas que se aventuravam na Torre e conversa vai, conversa vem, descobrimos que havia uma cachoeirinha por ali perto. Não deu outra! Partimos em busca da tal cachoeirinha para refrescar o corpo.

Mais uma vez, sobe morro, desce morro. Pergunta aqui, pergunta ali. Até que enfim achamos a cachoeira.


De fato não era grande coisa. Tinha aproximadamente uns dez metros de altura e pouca água, mas posso dizer que foi muito bem-vinda e refrescante.

Ficamos por ali algumas horas, batendo papo e curtindo a água gelada da cachoeira.

Toda alegria dura pouco. Depois disso era voltar para a estrada e encarar aqueles quilômetros de volta para casa.

Valeu galera, mais uma conquista desse grupo fora de série!

Foi uma aventura diferente e bem interessante.

Nos vemos na próxima!