Depois
de uma longa pausa, dia 27 juntamos a turma para mais uma etapa da caminhada.
Seguimos para a Praça da Igreja Matriz em Paraisópolis e de lá recomeçamos o
trajeto.
Paraisópolis é a
penúltima cidade mineira da rota. Ela é considerada a sexta maior cidade do
extremo sul de Minas. A sua origem também está ligada a passagens dos tropeiros
Paulistas assim como as cidades anteriores por onde passamos. Seu primeiro
povoado foi formado na região em 1813. Em meados da década de 1820 surgiu a
ideia da construção de uma capela em homenagem a São José, mas foi só em 1827 que
o Imperador D. Pedro I autorizou a instalação da capela erguida com a
denominação de São José das Formigas. A criação do distrito foi em 1850. Em
1872 foi desmembrado do Município de Pouso Alegre e em 1873 instalou-se a
Câmara Municipal de São José do Paraisópolis. Só em 1914 a cidade recebeu o
nome definitivo que mantém até hoje.
Passamos
por suas ruas e avenidas até reencontrarmos as estradas rurais,
consequentemente, subindo e descendo ladeiras. Paraisópolis é conhecida por suas
montanhas propícias para prática de esportes de aventura, como voos de
paraglider, asa delta, escalada, rapel... Além é claro, de inúmeras cachoeiras.
Para nossa sorte passamos por duas com águas geladíssimas, mas muito bem-vindas
para uma pequena pausa refrescante durante uma subida.
No
meio do caminho passamos pelo Bairro do Cantagalo, mas não paramos para
descansar, seguimos em frente rumo à Luminosa. A partir desse trecho vimos
várias placas de trilhas e rotas no caminho indicando lugares para uma nova
exploração mais detalhada. Precisamos voltar lá.
Durante
esse pequeno trecho da rota, entramos e saímos do Estado de São Paulo cruzando
as linhas imaginárias que dividem nosso Estado com o de Minas Gerais por
algumas vezes, parecendo um verdadeiro zigue-zague no meio das montanhas.
Do
alto da estrada conseguimos avistar Luminosa bem embaixo das montanhas.
Lembrando algumas cidades europeias cercadas por montanhas em um folheto
turístico, claro que respeitando suas devidas proporções e belezas.
No
alto de uma das montanhas, mais precisamente no Pico dos Dias, está o
Observatório do Laboratório Nacional de Astrofísica a 1864 m de altitude. Ele
está entre os municípios de Brazópolis e Piranguçu. Mesmo à distância já
demonstra sua imponência atraindo nossos olhares e imaginação. Claro que ele
também entrou para lista de lugares para visitar.
Por
fim chegamos à Luminosa.
Luminosa é um Distrito de Brazópolis e lembra
bem uma típica cidadezinha pacata no meio do nada cercada por muito verde e
transpirando vida na sua essência. Vê-se que não mudou quase nada desde a sua
criação na década de 1930 com o nome de Candelária. Em 1943 passou a ser
chamada de Luminosa em homenagem a Nossa Senhora das Candeias.
Seguimos
até a Igreja de Nossa Senhora das Candeias, fizemos algumas fotos da Praça
central com a igreja ao fundo, carimbamos nossos passaportes algumas vezes no
caminho entre Paraisópolis e Luminosa e para finalizar o dia paramos em um dos
bares do Distrito para recarregar as energias gastas no decorrer da caminhada.
Rimos
muito, subimos e descemos várias vezes pelas estradas que ligam essas cidades,
tomamos banhos em cachoeiras com águas geladíssimas com direito a gritos de
algumas pessoas que se divertiam testando a resistência do próprio corpo em um
dia de inverno.
Agora
é só aguardar a próxima etapa. Que venham as montanhas de Campista!
Até
a próxima etapa pessoal!
Caminhantes: Adriana e
Argeu Alamino, Cláudia Melo, Cláudio Siqueira, Cris Senkiw, Gilson, Noemi e
Giovana Lopes, Jane Ribeiro, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Marilice
Ruy Carral, Omar, Rosângela Sotelo e Seu Carlos Tsuda.
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