Retomamos nossa caminhada da Rota
Franciscana iniciando a Rota do Equilíbrio que vai de Lavrinhas à Guaratinguetá
somando 82 km.
Tudo preparado para a nova rota e
lá fomos nós para Lavrinhas.
Lavrinhas está situada na divisa
dos estados de São Paulo, Rio e Minas, aos pés da Serra da Mantiqueira e às
margens do Rio Paraíba. Teve sua origem no povoado fundado em 1828 em torno da
Igreja de São Francisco de Paula. Em 1874 foi inaugurada a Estação Ferroviária.
O povoado se desenvolveu com a exploração da bauxita, pecuária leiteira, carvão
vegetal para uso das caldeiras e locomotivas, tendo a principal economia em
torno do café. Vestígios desses tempos podem ser vistos nos casarões antigos ao
longo de toda a cidade. No local foram encontradas pequenas lavras de ouro dando
origem ao nome da cidade.
Logo que chegamos à estação de
Lavrinhas registramos nossa passagem no primeiro pórtico dessa rota.
Visitamos a estação aparentemente
abandonada como a maioria das estações ferroviárias do Estado de São Paulo. Infelizmente
nosso país não investe em malha ferroviária deixando parte de nossa história
morrer com o abandono de muitos prédios históricos. Também caminhamos pela
ponte férrea que passa sobre o Rio Paraíba. Lavrinhas possui muitas belezas
naturais e tem a Serra da Mantiqueira como cartão de visita.
Seguindo em frente, caminhamos ao
lado da estrada de ferro até o limite da cidade de Cruzeiro.
Cruzeiro também nasceu da
ferrovia ligando três estados brasileiros: São Paulo, Minas e Rio. O município
se desenvolveu às margens da estrada de ferro e cresceu com a chegada dos
migrantes mineiros e paulistas. O mais importante marco histórico de Cruzeiro
foi ser o último município a se render na Revolução Constitucionalista de 1932.
Nele foi assinado o seu armistício no dia 2 de outubro de 1932 na atual escola
Arnolfo Azevedo que na época foi transformada em quartel general das tropas
paulistas. Em 2008 recebeu o honroso título de “Capital da Revolução
Constitucionalista de 1932” em virtude dos marcantes episódios dos conflitos
ocorridos no município.
Percorremos por ruas e avenidas
da cidade e passamos em frente ao Museu Major Novaes que estava fechado para
reformas. O Casarão construído em 1815 em estilo colonial possui dois andares feitos
de taipa e alvenaria e sua arquitetura reflete a opulência dos casarões antigos
dos barões do café.
Seguimos para o segundo pórtico
que deveria estar na Rua Engenheiro Antônio Penido nº 834 no Centro, mas estava
na Praça Professora Aurora Coelho cerca de 300 m fora da rota, isso fez o grupo
perder alguns minutos tentando achá-lo.
Depois de registrarmos nossa
passagem no pórtico de Cruzeiro, saímos um pouco da rota para conhecer alguns
pontos turísticos da cidade. Fomos até Rotunda de Locomotivas, o cruzeiro e a
antiga estação ferroviária. É uma pena que a Rotunda está para ser fechada.
Fomos informados que está sendo desativada e na parte do museu agora só restam
entulhos e ferro velho. Outra decepção foi ver a estação de Cruzeiro de 1884 completamente
abandonada, sem telhado e quase em ruínas. O pátio da estação virou um grande
depósito de locomotivas e máquinas antigas deixadas ao tempo. Já no cruzeiro a vista
é privilegiada. Na parte mais alta da cidade podemos ver toda sua extensão e as
montanhas da Serra da Mantiqueira.
Voltamos à rota e seguimos em
frente passando por estradas entre sítios e fazendas repletas de animais.
Cercados por montanhas chegamos à Brejetuba onde fomos recebidos por simpáticos
e hospitaleiros moradores da região e ouvimos a história da Igreja de São
Sebastião de 1897. Depois de tomarmos um cafezinho com eles, seguimos nosso
caminho. Obrigado Sr. Paulinho pela disposição e generosidade em nos receber!
Continuamos seguindo a rota rumo à
Piquete. No caminho passamos por muitas paisagens de encantar os olhos e já
pensando na possibilidade de voltarmos para descobrir novas trilhas por aquelas
terras.
Já era noite e decidimos encerrar
a caminhada para não corrermos riscos desnecessários.
Agora falta pouco para encerrarmos
mais uma rota do Programa Caminha São Paulo.
Não faltaram risadas durante a
caminhada. Como sempre o pessoal estava muito animado, mesmo no final com as
pernas doloridas.
Fechamos a caminhada com um belo
lanche em Piquete repondo toda energia consumida na caminhada.
Depois de saciarmos a fome,
retornamos a São Paulo com uma nova data programada para encerrarmos esse
trecho.
Valeu pessoal pela companhia e
descontração na caminhada!
Caminhantes: Alexandre, Andréia,
Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Marilice, Rafael e
Sr. Carlos.
Mais um trecho iniciado, garantia certa de muitas risadas, muitas histórias, novos amigos...e mais paisagens exuberantes. Sou suspeita aqui...mas não tem nada mais revigorante.
ResponderExcluirBora pra próxima aventura...
Valeuuuu!!!