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13 junho 2015

20ª Etapa Rota Franciscana – Rota Sabedoria

O final da rota se aproxima conforme vamos chegando próximo à capital paulista.

Voltamos a Santa Branca para continuar nossa caminhada rumo a Guararema.

Santa Branca é uma cidade pequena situada no Vale do Paraíba. A cidade ainda mantém parte de sua arquitetura original da época do Brasil Império. Não é à toa que ela possui o título de “Cidade Presépio”, pois suas ladeiras e casas ajudam a lembrar verdadeiros presépios natalinos.

Em 1652 nasceu a Vila de Nossa Senhora da Conceição de Jacareí, dando origem à cidade. Em 1841 o povoado foi elevado a Freguesia, em 1856 se tornou Vila e a criação do município foi em 1856.

Na etapa anterior visitamos a Igreja Matriz de Santa Branca construída por escravos em 1828 com alicerces e paredes de taipa de pilão. Também passamos em frente ao Edifício Ajudante Braga construído na época imperial e que hoje é a Câmara Municipal da cidade. 

Descemos até a Igreja do Rosário construída em 1869 em taipa de pilão com duas torres. Ainda na parte baixa da cidade passamos em frente ao Mercado Municipal. Demos uma esticada para conhecer a Ponte Metálica construída pelo escritor e engenheiro Euclides da Cunha em 1902 sobre o Rio Paraíba do Sul. A ponte tem dois pilares de pedra que sustentam as ferragens inglesas consideradas na época um dos materiais mais resistentes do mundo. Infelizmente, a ponte está completamente abandonada e a ferrugem tomou conta de tudo. Chega a doer o coração ver um patrimônio histórico da cidade daquele jeito. Certamente seria motivo de orgulho se fosse restaurada e preservada.

Voltando à rota original, passamos pela Capela São Sebastião. Essa capela foi construída pelos fiéis no início do século, e mais uma vez não tivemos sorte de encontrá-la aberta.


Logo atrás da Capela, entramos na área rural da cidade seguindo para Guararema. Por boa parte desse trecho fomos presenteados pela paisagem. Ao longo do percurso tínhamos o Rio Paraíba do Sul por companhia aumentando ainda mais as belezas naturais que nos cercavam. Logo que atravessamos a divisa com Guararema saímos novamente da rota original para subir por dentro de uma fazenda particular em direção a Cachoeira do Putim.

O dia estava muito quente e um banho de cachoeira não seria nada mal para refrescar o corpo e seguir adiante na rota, mas infelizmente o bicho homem não é capaz de preservar a natureza, nem mesmo levar de volta seu próprio lixo. No local existem alguns latões de lixo e mesmo assim tinha tanto lixo espalhado misturado com vários trabalhos de macumba que chegou a dar nojo. Moral da história, só tiramos fotos, nada de banho, infelizmente. Quem sabe um dia o “ser humano” aprende a respeitar um pouco a natureza.

Seguimos em frente pela estrada agora asfaltada rumo à Guararema.

O nome Guararema tem sua origem em Tupi Guarani que significa “madeira mal cheirosa” devido a grande quantidade na região de uma espécie de árvore conhecida como Pau D’Alho.

Em 1654 alguns frades construíram a capela Nossa Senhora da Escada, porque havia uma escada entre a barragem do rio e o lugar onde ergueram a capela dando origem a uma vila. Em 1872 foi elevada a Distrito de Paz e em 1876 foi inaugurada a Estrada de Ferro Central do Brasil trazendo vários imigrantes, mas só em 1898 foi elevada a município.

Logo que chegamos a Guararema procuramos o pórtico, demos uma volta e tanto procurando por ele, já estávamos quase desistindo quando finalmente o encontramos meio escondido na Praça da Estação ao lado do banheiro.

Aproveitamos para visitar a Estação Ferroviária. Esta Estação foi completamente restaurada e transformada em Centro Cultural onde hoje funciona a Secretaria Municipal de Cultura. Segundo relatos ainda existem passeios de trem Turístico e Cultural ligando Guararema a Luis Carlos, mas não confirmamos essa informação, a Secretaria estava fechada. Na Estação tem uma Locomotiva 353 (Maria Fumaça) estacionada dentro de uma plataforma protegida. Essa Locomotiva é o símbolo do desenvolvimento da cidade, foi através dos apitos da Maria Fumaça que a cidade cresceu.

Bem próximo a Estação está o Pontilhão. A estrutura da ponte é grandiosa e imponente, baseada na arquitetura inglesa. Andamos por ela cruzando de um lado para outro por cima do Rio Paraíba do Sul torcendo para não passar nenhum trem de carga naquele momento, ainda bem que não passou senão seria um corre-corre engraçado em cima da ponte.

Seguindo em frente passamos pela Paróquia Nossa Senhora da Ajuda e São Benedito de Guararema no centro da cidade, mas ela parecia que estava sendo preparada para algum casamento, tiramos algumas fotos e seguimos em frente.

Um pouco mais a frente atravessamos mais uma ponte por cima do Rio Paraíba do Sul para entrar na Ilha Grande. Inaugurada no final de 2004 a Ilha Grande é mais um ponto turístico da cidade que permite ao visitante uma caminhada de aproximadamente 400 metros às margens do rio em meio a muita vegetação e animais que parecem não se importar com a presença humana, além é claro de um festival de peixes se exibindo a procura de alimentos jogados pelos visitantes.

Demos aquela parada estratégica para reabastecer nossas energias e refrescar a garganta. Ninguém é de ferro!

Depois de conhecermos um pouco de Guararema seguimos para nossa última parada antes de pegar o trem para finalizar de vez a Rota Franciscana.

Seguimos as orientações da rota pelo GPS já que as placas nesse trecho sumiram, ou será que os arquivos para o GPS levam por outro caminho? Sinceramente não sei, mas como já tivemos vários desencontros entre as placas e os arquivos disponibilizados para os caminhantes, seguimos o que era mais seguro.

Subimos algumas montanhas por trechos que variavam com asfalto e estrada de terra. A vista é muito gratificante, mas haja pernas para encarar tantas subidas e descidas.

Antes mesmo de chegarmos à Sabaúna para registrar nossa passagem demos o dia por encerrado, já que a informação no Guia do Caminhante indica que o pórtico está na Estação de Sabaúna e o trajeto indicado pelo GPS estava nos levando direto para a Estação de Mogi das Cruzes.

Deixamos para percorrer esse trecho na última etapa da rota.

Agora entramos em contagem regressiva para finalizar toda a Rota Franciscana.

Até agora tem sido uma experiência ímpar conhecer todas as cidades participantes e suas histórias.

Próxima parada: Final da Rota!

Caminhantes: Argeu, Jane, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda e Wilma.

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