Dia 7 de outubro descemos mais
uma vez para baixada santista para realizarmos mais um trecho da rota, dessa
vez entre Santos e Guarujá.
Mas antes de seguirmos em frente,
nossa primeira parada foi para ver os destroços que surgiram com a maré baixa
na Praia do Embaré.
Segundo documentos e registros
antigos, trata-se do veleiro Kestrel de três mastros, de bandeira inglesa que
naufragou naquele trecho da orla de Santos em 11 de fevereiro de 1895.
Logo em seguida paramos próximo ao Aquário de Santos por dois motivos.
Primeiro para ver se alguém saberia nos informar onde foi parar o Pórtico que deveria estar
ali, mas quem possivelmente poderia saber até aquela hora não tinha aparecido para trabalhar na
Secretaria de Turismo de Santos. Mais uma vez ressalto a necessidade da
coordenação do Programa Caminha São Paulo rever a questão dos pórticos e
sinalização para auxiliar os caminhantes. Nosso segundo motivo foi
para visitar os destroços da outra embarcação que surgiu com a maré baixa. Esse
destroço se trata do navio Recreio encalhado desde 1971 na faixa de areia da
Ponta da Praia.
Apesar da prefeitura local ter cercado os dois locais,
presenciamos vários turistas andando descalços por cima dos destroços correndo riscos
de acidentes.
Voltando a nossa rota.
Atravessamos mais uma vez o canal
em direção a Fortaleza Santo Amaro da Barra Grande localizada no Guarujá. Aguardamos
o Monitor Ivan terminar uma excursão com um grupo de estudantes para enfim nos
guiar pela Trilha do Paiol. Essa trilha passa por um antigo Mirante e o Paiol
da Fortaleza, ambos em ruínas. A trilha é bem curta, não deve ter mais que 300 m e não
requer nenhum preparo físico do aventureiro, mas valeu muito a pena esperar e
registrar mais um monumento esquecido da nossa história.
Logo em seguida descemos por uma trilha de encosta em direção à Praia
do Góis. Com aproximadamente 250 m de faixa de areia, ela é uma praia bem
pequena e tranquila. O principal objetivo da nossa ida até lá foi visitar as
ruínas do Fortim do Góis ou Forte Góis. Essas ruínas fazem parte do Complexo da
Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande. O Fortim foi construído em 1765 para
auxiliar na proteção da entrada do canal de Santos. Infelizmente esse forte
está em ruínas e em completo abandono apesar de ser mais um monumento tombado
pelo IPHAN desde 1964, uma situação bem diferente da que encontramos na Fortaleza
vizinha. Uma pena vê-lo com lixo acumulado em seu entorno e algumas pichações em
sua muralha de pedra. O forte foi importante para a segurança e defesa da
entrada de Santos. Ele defendia desde a Ponta dos Limões até a praia e cruzava
fogos com o Forte Augusto* contra os ataques e invasões de piratas.
*também conhecido como:
Forte da Estacada, Forte da Trincheira ou Forte do Castro, hoje é o Museu da
Pesca de Santos.
Depois de alguns momentos por lá
retornamos ao caminho original da rota seguindo pela Estrada Santa Cruz dos
Navegantes. Essa estrada serpenteia alguns morros e montanhas do Guarujá
escondendo algumas praias desertas como: Praia do Sangava, Ilha das Palmas e
Saco do Major, essa última dentro da boca do Dragão. Nossa intensão era
percorrer por trilha todas essas praias, mas infelizmente as chuvas que caíram durante
a noite anterior ainda persistiam pela manhã e por motivo de segurança
preferimos não varar o mato para alcança-las, mas não deixamos por menos, após
percorrermos a estrada, saímos da rota original mais uma vez para visitarmos a
bela Praia do Guaiuba.
Cercada por montanhas dos dois
lados, a Praia Guaiuba é uma praia bem tranquila, pouco movimentada na baixa
temporada, com águas claras e cristalinas e pequenas ondas. Sua extensão é de
aproximadamente 900 m e é uma excelente escolha para dar aquela relaxada longe
da agitação e correria da cidade.
Por fim, chegamos a Praia do
Tombo onde finalizamos nossa caminhada somando pouco menos de 15 km entre as trilhas,
praias e monumentos.
Ah! É claro que não faltou muita
risada o tempo todo.
Valeu turma!
Até a próxima etapa.
Entre chuva e muita diversão. Esse povo é doido demais...amo muito ♥️
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