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21 abril 2012

Trilha em Paranapiacaba

Depois da tentativa frustrada de fazer a trilha da Cachoeira no Núcleo Engordador na Serra da Cantareira por causa da chuva, decidimos ir para a Vila de Paranapiacaba, município de Santo André, SP.

Chegamos lá por volta das 10:00. A vila é como um livro vivo de história.
A vila de Paranapiacaba* foi construída no século XIX, quando foi erguida uma estação com madeira, ferro e telhas francesas trazidos da Inglaterra. A estação tem até hoje um grande relógio fabricado pela Johnny Walker Benson de Londres e se destaca no meio da neblina que é comum na região. A vila surgiu como um centro de controle operacional e residência para os funcionários da companhia ferroviária inglesa Railway. A estrada de ferro que possibilitava o transporte de cargas e pessoas do porto de Santos ao interior de São Paulo e vice-versa. (*Paranapiacaba – palavra indígena que significa “de onde se avista o mar”).
A vila é formada por casas, como as casas dos engenheiros que são grandes e avarandadas e foram construídas em madeira nos tempos da Railway, com plantas baixas e individualizadas; as casas geminadas dos funcionários que possuíam família, com maior número de cômodos, foram construídas em madeira e são cobertas por folhas de zinco e as casas dos solteiros, também conhecidas como barracos, com uma pequena cozinha e sanitários, serviam para alojar o grande fluxo de homens solteiros, que preenchiam as vagas de ferroviários.

No centro existe até hoje um eucalipto centenário conhecido como "pau da missa" originalmente utilizado para avisos relacionados às missas de sétimo dia e devido a sua boa localização, entre a Parte Alta e a Parte Baixa, esta árvore tornou-se um dos símbolos de Paranapiacaba, pois servia como suporte para informações da comunidade, integrando as duas partes da vila.
Bom chega de história, vamos a nossa trilha.

Depois de passear pelas ruas e casas da vila pegamos a estrada que liga a vila de Paranapiacaba à cidade de Mogi das Cruzes. Caminhamos por ela aproximadamente 4 km até a entrada de uma trilha que nos levou a uma pequena cachoeira.
Depois de um banho refrescante, voltamos à estrada e continuamos em frente por mais 3 km até chegarmos ao vilarejo chamado de Taquarussu na divisa com Mogi das Cruzes. Essa vila foi uma importante fazenda mineradora e recebeu muitos imigrantes italianos em busca de trabalho. Hoje ela é conservada por seis famílias que habitam na vila. O lugar é muito charmoso, com lago, casas no estilo colonial, um coreto e a Igreja de Santa Luzia, uma das mais antigas da região.
Lanchamos nos degraus da igreja e com as forças renovadas caminhamos de volta para Paranapiacaba onde deixamos nossos carros.
Não podemos deixar de mencionar nosso cão guia, ele nos escolheu logo que chegamos ao estacionamento e nos guiou (acompanhou) o caminho todo, ida e volta, sempre parando e esperando pelo grupo, ditando o caminho, indo e vindo como se fosse mesmo um guia turístico.
Depois disso tudo, voltamos para Sampa tranquilamente.
Trilheiros: Cláudia Melo, Cris, Flávia, Igor, Leonor, Márcio, Marco Estácio, Marcos Roberto e Osmar.

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