Dia
27 de julho seguimos para Monteiro Lobato, continuando nossa caminhada rumo à
Santo Antônio do Pinhal. Ao todo são 41 km, segundo a organização da rota.
Chegamos
logo pela manhã e já registramos nossa passagem pelo pórtico de Monteiro Lobato
localizado na Praça da Rodoviária.
Depois
dos registros, complementamos nosso trajeto passando na Igreja Nossa Senhora do
Bom Sucesso, um dos pontos de referência da cidade, construída em 1857 com
pinturas no estilo barroco e vitrais decorativos. As pinturas foram realizadas
pelo artista Antônio Limones que concluiu seu trabalho em 1952.
Passamos
também pela Gruta Nossa Senhora de Lourdes, uma gruta artificial construída em
1959 pelo artista Francisco Ferreira Santeiro.
Continuamos
nosso caminho pela Estrada do Livro que leva à cidade de Caçapava. Nesta
estrada a 8 km do centro está o Sitio do Pica Pau Amarelo que foi propriedade
do escritor Monteiro Lobato. Foi nesse local que ele escreveu algumas de suas
obras, como A Velha Praga, Urupês e Sitio do Pica Pau Amarelo. Quem nunca
assistiu ou não leu alguma dessas estórias? Claro que fomos ao sitio e
conhecemos o Casarão onde viveu o escritor. Parte do casarão é um museu em
preservação a sua memória. A casa foi construída em 1880 e possui dezoito
cômodos compostos por biblioteca e mobília do século passado. Está cercada de
muitos recursos naturais como cachoeira, pomar e diversos animais. Hoje o sitio é de propriedade particular. Seus
atuais donos preservam a história do local e abrem o casarão para visitação
sempre das 9:00 as 17:00. Vocês também podem conhecê-lo. Verifiquem maiores
detalhes no site: http://www.overdadeirositiodopicapau.com.br
Voltamos
a nossa rota. Seguimos por estradas de terra passando por fazendas, sítios e
rios, com muito verde e muitas montanhas.
Chegamos
à entrada de uma pequena vila chamada de Pedra Branca onde passamos pela Capela
de Santo Antônio, mas estava fechada, então voltamos ao percurso.
Desse
ponto em diante encontramos os trechos com maior subida na caminhada. Passamos
por uma região onde os eucaliptos eram cortados em grande quantidade e as
marcas no chão demonstravam um movimento intenso de caminhões que passaram por
ali retirando as madeiras cortadas. Nesse momento, começamos a perceber que a
estrada não estava tão boa para nosso carro de apoio.
Seguimos
em frente, andando e contemplando o visual. Quando passamos em frente ao Sitio
Pompeu, de longe fomos convidados pelo Sr. Paulo e dona Regina para um café. É
muito gratificante ainda vermos gente de bom coração que abre suas casas para
estranhos e preparam uma mesa em menos de 2 minutos com café, doce de abobora,
leite, pão e queijo feito no sitio. Como é bom saber que ainda existe
humanidade no mundo!
Depois
de nos despedirmos do pessoal do sitio seguimos nosso caminho, agora com mais
subida à frente.
Estrada
acima rumo a Santo Antônio do Pinhal, percebemos que não seria muito fácil o
caminho, mas enfrentamos a subida e fomos em frente, mas não por muito tempo.
Faltavam
cerca de 6 km para chegarmos ao nosso destino quando aconteceu o que não
esperávamos, nosso carro de apoio atolou. Foram momentos de muita preocupação
para todos, já que estávamos no meio de uma montanha, sem sinal de celular para
pedirmos ajuda e com a noite dando boas vindas.
Tentamos
tirar o carro de todas as formas e usando toda nossa força, mas sem sucesso,
então nossos companheiros de caminhada Argeu e Marco mesmo cansados, decidiram
voltar em busca de ajuda em uma das fazendas que passamos. Como eles estavam demorando
a voltar, resolvemos juntar algumas pedras para uma última tentativa de
levantar o carro e tentar calçar a roda com pedras para o tirarmos de lá. Nisso,
horas se passaram e quando finalmente tudo estava preparado para nossa
tentativa o Marco voltou com a notícia que os dois carros que conseguiram para
fazer nosso resgate tiveram problemas, um ficou sem gasolina e o outro ferveu a
300 m de onde estávamos. Foi irônico, mas depois que desencalhamos nosso carro,
tivemos que ajudar aos que vinham em nosso socorro.
Depois
de tudo isso, fomos convidados pelo pessoal da fazenda que nos socorreu para
pernoitar por lá, mas resolvemos voltar para São Paulo. Tiramos o excesso de
lama do corpo e fizemos todo caminho de volta prolongando um pouco mais nosso
retorno.
Passado
o aperto, rimos um pouco de tudo. Com certeza foi uma aventura e tanto! Tudo isso nos deixou com mais vontade de
voltar e passar por aquela parte que faltou para completar nosso trajeto.
Valeu
pessoal pela disposição e companheirismo!
Caminhantes:
Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda e Sr. Carlos, nosso
motorista de suporte.
Até
a próxima!
Nossa isso que foi lama heim! rsss
ResponderExcluirCom certeza foi uma experiência e tanto, o sitio é maravilhoso cheio de cultura e com seus moradores muito receptivos. A caminhada foi cansativa mas como sempre gratificante pela companhia dos amigos. Ao final passamos por momentos tensos, mas graças aos esforços dos meninos e a ajuda dos moradores da região, tudo acabou bem e nos rendeu uma boa história pra contar ;) É isso aí, prontos para a próxima loucura!
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