Nada
com aproveitar o feriado de 9 de julho com uma caminhada na Vila de
Paranapiacaba!
Depois
de reunir a galera no ponto de encontro lá fomos nós para mais uma caminhada
descontraída cheia de cultura e história.
“Paranapiacaba”
originou-se do termo Tupi que significa “lugar de onde se vê o mar”, através da
junção de paranã (mar), epiak (ver) e aba (lugar).
Paranapiacaba
é um distrito do município de Santo André. Surgiu como centro de controle
operacional e residência para os funcionários da companhia de trens São Paulo
Railway. A companhia foi inaugurada em 1867 realizando o transporte de cargas e
pessoas do interior paulista para o porto de Santos.
No ano
de 1898, foi erguida uma nova estação com madeira, ferro e telhas francesas
trazidos da Inglaterra. Esta estação tinha como característica principal o
grande relógio fabricado pela Johnny Walker Benson de Londres, que se destacava
no meio da neblina muito comum na região.
Em 15
de julho de 1945, a Estação do Alto da Serra passou a ser chamada de Estação de
Paranapiacaba. Em 13 de outubro de 1946 a companhia São Paulo Railway foi
incorporada a União, criando-se a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí e em 1950
uni-se à Rede Ferroviária Federal.
Na vila
você tem uma aula de história visitando diversos pontos turísticos como:
Museu do Funicular, com exposição de objetos de uso ferroviário, fotos e
fichas funcionais de muitos ex-funcionários da ferrovia.
A Igreja de Paranapiacaba, originalmente chamada de Capela do Alto da Serra e recebeu
licença quinquenal para celebração de missas pela primeira vez em 8 de agosto
de 1884. Sua construção foi iniciada naquele ano.
O Museu do Castelo, localizado no alto de uma colina, com uma excelente vista
privilegiada para toda a vila ferroviária, foi construída por volta de 1897
para ser a residência do engenheiro-chefe, que gerenciava o trafego de trens na
subida e descida da Serra do Mar, o pátio de manobras, as oficinas e os
funcionários residentes na vila.
O Antigo Mercado, construído em 1889 para abrigar um empório de secos e
molhados. Posteriormente uma lanchonete. Após muitos anos fechado, foi restaurado
pela prefeitura de Santo André e tornou-se um centro multicultural. Com sua
posição central privilegiada, permite que os eventos realizados tenham um
cenário charmoso na serra.
O Pau da Missa, o “pau da missa” é um eucalipto centenário originalmente
utilizado para avisos relacionados às missas de sétimo dia. Devido a sua boa
localização entre a parte alta e a parte baixa, esta árvore tornou-se um dos
símbolos de Paranapiacaba, pois servia como suporte para informações da
comunidade, integrando as duas partes da vila.
Passamos
por ruas e casas dos antigos funcionários da ferrovia. Cada uma com característica
diferente para identificar os moradores. Como as casas geminadas de quarto em
madeira eram de ferroviários que possuíam famílias, construídas em madeira e
cobertas por tolhas de zinco. Já as casas dos engenheiros eram casas de alto
padrão, grandes e avarandadas. Foram construídas em madeira nos tempos da São
Paulo Railway, com plantas baixas individualizadas, depois em alvenaria nos
tempos da Rede Ferroviária Federal no mesmo padrão das plantas e as casas de
solteiros eram casas conhecidas como barracos, foram construídas em madeiras. A
planta dessas casas possui dormitórios, sanitários e cozinha, serviam para
alojar o grande fluxo de homens solteiros da ferrovia.
Depois
de passarmos pela locomotiva abandonada seguimos para a Vila Taquarussu.
É uma
caminhada de aproximadamente 5 km entre a Vila de Paranapiacaba e a Vila
Taquarussu, andando por estrada de terra e pedras em meio a mata atlântica,
ouvindo o som da natureza misturada ao longe com os sons da Maria Fumaça
levando e trazendo os turistas em uma curta viagem de apenas 5 minutos entre o
Museu Funicular e a plataforma desativada da Estação de Paranapiacaba.
A Vila
Taquarussu é uma vila do distrito de Quatinga, município de Mogi das Cruzes,
ela foi formada por imigrantes italianos no início dos anos de 1910. Chegou a
ter 30 a 40 casas, além de um pequeno empório e uma bomba de gasolina.
A vila
fornecia lenha e carvão para as máquinas da companhia São Paulo Railway em
Paranapiacaba. Todo material era transportado em lombo de burros e mulas sendo
substituídos gradualmente por caminhões. A vila cresceu durante a Segunda
Guerra Mundial, mas com a substituição das máquinas da estrada de ferro, a vila
entrou em decadência. Atualmente há poucos imóveis no local, mas em excelente
estado de conservação.
No
centro da vila existe uma pequena capela em homenagem a Santa Luzia construída
em 1945. Em frente à capela tem um coreto muito bonito e bem conservado, onde a
maioria dos visitantes faz uma parada para lanchar e apreciar o local.
Depois
de uma boa parada para as fotos e um pequeno descanso fizemos o caminho de volta
para Paranapiacaba com mais uma parada estratégica para um bom almoço na vila.
Com a
tradicional névoa cobrindo tudo, nos despedíamos de Paranapiacaba e voltamos
para São Paulo depois de um dia muito agradável na companhia dos amigos.
Valeu
galera!!!!
Até a
próxima!!!
(y) =)
ResponderExcluirPrezados
ResponderExcluirEstou procurando por pessoas que costumam fazer trilhas e que morem em Mogi das Cruzes ou próximo região. Fazia muitas trilhas quando mais novo e quero muito retomar esta atividade. Caso tenha alguém que faça frequentemente ou conheça algum grupo, monitor ou até mesmo sites relacionados, por favor, entrem em contato através do e-mail dilsonmarcel@ig.com.br.
Muito obrigado
Att,
Edilson Marcelino