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23 maio 2015

19ª Etapa Rota Franciscana – Rota Sabedoria

Dia 23 juntamos a turma para mais um trecho da rota. Desta vez, caminhamos de Paraibuna à Santa Branca, antepenúltima cidade da rota seguindo para São Paulo.

O nome Paraibuna tem origem na língua indígena que significa: “Rio de Água Escura”, PARA (água) HYB (rio) e UNA (preta).


Em 1666 um grupo de homens vindos de Taubaté pelo Rio Paraíba resolveu parar próximo ao encontro dos Rios Paraibuna e Paraitinga e lá ergueram uma pequena capela pela graça da boa viagem dando origem a um novo povoado. Durante muitos anos o local foi ponto de parada estratégica para tropeiros e viajantes que iam e vinham do litoral. Em 1812 foi elevada a Distrito de Paz, em 1832 à Vila de Santo Antônio de Paraibuna e em 1857 tornou-se cidade. No início, a economia era voltada à agricultura de subsistência, mas logo mudou para produção de cana-de-açúcar e café. O município se desenvolveu e grandes fazendas foram construídas, assim como os casarões no centro da cidade que chamam a atenção pelo tamanho e beleza. Entre 1890 e 1920 houve um grande declínio financeiro e a economia voltou-se para a pecuária leiteira. Após a construção da represa de Paraibuna muitas terras foram alagadas prejudicando a produção pecuária. Hoje a economia da cidade gira em torno da agropecuária, artesanato e turismo.

Chegamos bem cedo na praça central ao lado da Igreja Matriz de Santo Antônio de Paraibuna para registrar nossa passagem pelo pórtico da cidade. A construção da Igreja começou originalmente em Taipa (à base de barro pilado) em 1872 e inaugurada em 1886.


Descemos até a Bica D’água que era ponto de parada dos cavaleiros que chegavam das cidades vizinhas ou da zona rural onde matavam a sede e refrescavam os animais antes de negociar suas mercadorias no Mercado Municipal. A bica ainda fornecia água para algumas ruas da cidade. Depois da Bica seguimos para a Praça do Mercado Municipal. O Mercado foi construído em 1880 onde era comercializado o que era produzido na cidade: animais, frutas, verduras, tecido, artesanatos entre outros. Passamos ainda pelo prédio da Prefeitura construído por volta de 1917 que segundo relatos também foi a cadeia pública municipal. E ainda vimos dezenas de casarões antigos no centro ao redor da igreja.


Seguindo nossa rota saímos da cidade e entramos na zona rural. Percorremos por estradas de terra passando por várias fazendas e sítios com plantações variadas e muito gado.

O cenário não muda. São montanhas e mais montanhas cercando a estrada. Algumas casas isoladas, uma igrejinha aqui outra ali, algumas completamente abandonadas e várias entradas de grandes fazendas em meio ao verde abundante.

Após outra longa caminhada chegamos à Santa Branca para registrar nossa passagem pelo segundo pórtico do dia. Ainda tivemos tempo para conhecer a Igreja Matriz de Santa Branca, o Edifício Ajudante Braga que é atual Câmara Municipal de Santa Branca e é claro, para a nossa merecida parada estratégica na padaria para repor as energias consumidas.


Santa Branca ainda tem muito para ser explorado, mas vai ficar para a próxima etapa.

Agora falta pouco para chegarmos a São Paulo.

Até a próxima etapa pessoal!

Caminhantes: Alexandre, Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda e Wilma.

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