Dia 23 juntamos a turma para mais
um trecho da rota. Desta vez, caminhamos de Paraibuna à Santa Branca, antepenúltima
cidade da rota seguindo para São Paulo.
O nome Paraibuna tem origem na
língua indígena que significa: “Rio de Água Escura”, PARA (água) HYB (rio) e UNA
(preta).
Em 1666 um grupo de homens vindos
de Taubaté pelo Rio Paraíba resolveu parar próximo ao encontro dos Rios
Paraibuna e Paraitinga e lá ergueram uma pequena capela pela graça da boa
viagem dando origem a um novo povoado. Durante muitos anos o local foi ponto de
parada estratégica para tropeiros e viajantes que iam e vinham do litoral. Em
1812 foi elevada a Distrito de Paz, em 1832 à Vila de Santo Antônio de
Paraibuna e em 1857 tornou-se cidade. No início, a economia era voltada à
agricultura de subsistência, mas logo mudou para produção de cana-de-açúcar e
café. O município se desenvolveu e grandes fazendas foram construídas, assim
como os casarões no centro da cidade que chamam a atenção pelo tamanho e
beleza. Entre 1890 e 1920 houve um grande declínio financeiro e a economia
voltou-se para a pecuária leiteira. Após a construção da represa de Paraibuna
muitas terras foram alagadas prejudicando a produção pecuária. Hoje a economia da
cidade gira em torno da agropecuária, artesanato e turismo.
Chegamos bem cedo na praça
central ao lado da Igreja Matriz de Santo Antônio de Paraibuna para registrar
nossa passagem pelo pórtico da cidade. A construção da Igreja começou originalmente
em Taipa (à base de barro pilado) em 1872 e inaugurada em 1886.
Descemos até a Bica D’água que
era ponto de parada dos cavaleiros que chegavam das cidades vizinhas ou da zona
rural onde matavam a sede e refrescavam os animais antes de negociar suas
mercadorias no Mercado Municipal. A bica ainda fornecia água para algumas ruas
da cidade. Depois da Bica seguimos para a Praça do Mercado Municipal. O Mercado
foi construído em 1880 onde era comercializado o que era produzido na cidade:
animais, frutas, verduras, tecido, artesanatos entre outros. Passamos ainda
pelo prédio da Prefeitura construído por volta de 1917 que segundo relatos também
foi a cadeia pública municipal. E ainda vimos dezenas de casarões antigos no
centro ao redor da igreja.
Seguindo nossa rota saímos da
cidade e entramos na zona rural. Percorremos por estradas de terra passando por
várias fazendas e sítios com plantações variadas e muito gado.
O cenário não muda. São montanhas
e mais montanhas cercando a estrada. Algumas casas isoladas, uma igrejinha aqui
outra ali, algumas completamente abandonadas e várias entradas de grandes
fazendas em meio ao verde abundante.
Após outra longa caminhada
chegamos à Santa Branca para registrar nossa passagem pelo segundo pórtico do
dia. Ainda tivemos tempo para conhecer a Igreja Matriz de Santa Branca, o
Edifício Ajudante Braga que é atual Câmara Municipal de Santa Branca e é claro,
para a nossa merecida parada estratégica na padaria para repor as energias
consumidas.
Santa Branca ainda tem muito para
ser explorado, mas vai ficar para a próxima etapa.
Agora falta pouco para chegarmos
a São Paulo.
Até a próxima etapa pessoal!
Caminhantes: Alexandre, Argeu,
Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda e Wilma.
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