O Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Itutinga Pilões está
localizado entre os municípios de São Bernardo do Campo e Cubatão no Km 42 da
Rodovia SP-148.
Depois de muitas incertezas se o Parque ficaria aberto ou não,
finalmente conseguimos agendar nossa visita com a turma do Ação Natural para
percorrer as curvas da antiga Estrada que leva ao litoral paulista.
É difícil acreditar que um parque com tanta importância tenha seus
horários para visitação tão reduzidos a ponto de inibir que o visitante percorra
os seus 18 km (ida e volta) desde a entrada em São Bernardo do Campo até
Cubatão próximo ao polo industrial.
Para “ajudar” dessa vez tivemos que percorrer apenas metade do trajeto
e ainda acompanhados por monitores do parque o tempo todo. Claro que fazer a
caminhada com monitores poderia ser bem mais proveitoso e interessante se os
mesmos passassem informações fundamentais sobre os monumentos históricos no
caminho, infelizmente deixaram muito a desejar nesse dia. Parecia até que
estavam com pressa de terminar o percurso e se livrar dos visitantes o mais
rápido possível. A caminhada foi num ritmo acelerado e todas as vezes que
parávamos para tirar fotos eles aceleravam o pessoal para seguir em frente.
Ficou chato.
Passamos pela Casa de Visitas do Alto da Serra construída em 1926 que
era usada para hospedar visitantes que vinham conhecer as obras do Alto da
Serra e as Usina de Cubatão. Em seguida, paramos no Pouso de Paranapiacaba. Construído
em 1922, o pouso era ponto de parada de carros durante a viagem pelo Caminho do
Mar. “Paranapiacaba” é uma palavra de origem indígena que significa “local de
onde vê o mar”. Esse Casarão tem algumas janelas viradas para a Serra do Mar
onde o visitante pode sentar e admirar a vista. Em dias claros dá para ver os
navios em alto mar aguardando o momento para entrarem no Porto de Santos.
Alguns metros à frente, paramos para visitar as Ruínas de uma
construção dos anos 20 que abrigou funcionários e trabalhadores durante a
construção dos Monumentos do Caminho do Mar.
Seguindo em frente, descemos pelas curvas da Estrada Velha e paramos
alguns instantes para tirar algumas fotos do Mirante EMAE (precisamos marcar
pra ir nele também). Passamos por cima da tubulação que desce até a Usina e
depois de mais algumas curvas chegamos ao Belvedere Circular. Construído em
1922, ele é o primeiro cruzamento da Calçada do Lorena com o Caminho do Mar.
Nesse ponto cortamos caminho em alguns metros pela antiga Calçada do Lorena
construída em 1792 e restaurada em 1992. Esse foi o primeiro caminho
pavimentado na região da Serra do Mar ligando São Paulo ao Porto de Cubatão por
onde todas as mercadorias eram transportadas em lombo de mulas.
Continuamos pela Calçada até chegarmos ao Padrão do Lorena. Ele foi
construído em 1922 em homenagem ao Governador da Província de São Paulo, Sr.
Bernardo José Maria de Lorena. Com painéis em azulejos que ilustram cenas do
século XVIII com os tropeiros, viajantes e mercadorias sendo transportados por
mulas. Esse foi o ponto final da nossa caminhada. Os monitores não nos deixaram
percorrer até o fim da Estrada Velha. Tivemos que deixar para trás algumas
cachoeiras, pontes e mais algumas curvas que nos levariam até ao CAV (centro de
apoio ao visitante) em Cubatão.
Ao lado do Padrão do Lorena encontra-se o Rancho da Maioridade onde
paramos para reabastecer nossas energias e encarar toda subida de volta.
O Rancho da Maioridade foi construído em 1922 e era ponto de descanso
durante as viagens entre São Paulo e Santos. Seu nome é uma alusão a Estrada da
Maioridade de 1846 que era uma homenagem à maioridade de Dom Pedro II.
Por fim, voltamos ao Centro de Apoio ao Visitante na entrada do Parque
para encerrar mais uma aventura com o grupo.
Valeu pessoal!
Até a próxima!
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