Dia 9 de Julho é um dia que traz
muitas lembranças aos paulistas. Essa data é considerada uma das mais
importantes do Estado de São Paulo onde lembramos com pesar e orgulho da
Revolução Constitucionalista de 1932 ou Guerra Paulista para alguns, e foi
nesse dia que literalmente “invadimos” os territórios mineiros para realizar
mais um trecho da caminhada.
Logo que saímos da Rodovia Fernão
Dias atravessamos a cidade de Cambuí para acessar as estradas que nos levariam
ao início dessa etapa. Entre Cambuí e Consolação são aproximadamente 25
quilômetros de estrada de terra passando por sítios e fazendas, mas no meio do
caminho paramos na Cachoeira Três Irmãos para começarmos bem o dia.
O lugar estava em reformas devido
às chuvas fortes no mês anterior que destruíram todo o entorno do sítio com a
força da correnteza. Ficamos ali por alguns minutos conversando com o dono do
lugar que estava trabalhando para deixar tudo arrumado a fim de reabri-lo em
agosto e voltar a receber visitantes.
Depois dessa pequena parada seguimos
para Consolação.
“Consolação teve sua origem um pouco diferente da maioria das cidades
do Sul de Minas. No final do século XVIII o senhor Francisco Borges de Castro
recebeu do Governo Português uma Sesmaria, hoje correspondente ao município de
Consolação em sua totalidade e parte dos outros municípios vizinhos. Alguns
registros de 1824 revelam que havia em Santana do Capivari uma capela curada e
em outros registros de 1834 a população pleiteou a elevação da Capela a Curato
criando assim o Curato de Nossa Senhora da Consolação do Capivari. Em 1923 a
denominação do distrito mudou de Capivari para Tapari. Em 1943 o nome foi
mudado novamente para Consolação com a criação do município, mas só em 1962 Consolação
foi elevada a categoria de Cidade, sendo emancipada em 1963”.
Logo que chegamos à cidade fomos
recebidos por um bando de pássaros de todas as espécies e cores. Foi um
verdadeiro colírio para os olhos ver tanta diversidade em algumas árvores na praça
central ao lado do coreto.
Passamos pela Igreja da Matriz Nossa
Senhora da Consolação de Capivari. Essa igreja teve sua origem em 1821 e a sua
criação foi em 1857. Já a atual igreja teve o início da construção em 1933 e foi
inaugurada em 1947.
Deixamos o coreto e a igreja para
trás e seguimos rumo a Paraisópolis.
No caminho passamos por algumas
capelinhas e por várias estradas rurais e aos poucos a cidade de Consolação foi
sumindo no horizonte ficando encoberta pelas montanhas ao redor.
Saímos da estrada pavimentada e
voltamos à estrada de terra, passamos por uma ponte interditada onde os carros
de apoio não poderiam passar e tiveram que fazer um caminho alternativo.
O tempo todo encontramos com
pessoas sempre dispostas a puxar “um dedo de prosa” com os caminhantes da rota
esbanjando a tradicional simpatia mineira.
Passamos pela Vila da Pedra
Branca, por sinal uma pedra gigante e imponente. Devemos montar uma exploração
em alguma trilha por lá e também seguir para o lado oposto do Caminho da Fé
atrás de uma cachoeira no bairro vizinho.
É claro que não podemos esquecer
das tradicionais subidas e descidas das estradinhas mineiras, elas também
fizeram parte desse trajeto o tempo todo.
Por fim chegamos à Paraisópolis
quase sem forças para continuar a caminhada. Paramos na primeira igreja da
cidade seguindo a rota, a Igreja Nossa Senhora Aparecida que fica dentro do
Asilo São Vicente de Paula, mas infelizmente estava fechada. Logo em seguida
chegamos à Praça da Igreja Matriz de São José. A Matriz foi construída no
início do século passado e é o ponto central da cidade.
Ao lado da igreja paramos para
tomar um lanche, diga-se que foi super-recomendado por moradores como o melhor
lanche de calabresa da cidade, mas não era aquelas coisas não, além de pequeno
era caro (proporcionalmente falando).
O dia estava chegando ao fim, mas
resolvemos conhecer alguns pontos turísticos da cidade e alguns prédios
históricos.
Descemos até a antiga Estação de
Trem de Paraisópolis que é muito charmosa e bem cuidada por sinal. Ficamos por
ali até o sol se pôr criando um espetáculo à parte para completar nosso dia de
caminhada.
Na volta ainda passamos em frente
ao Paço Municipal da cidade, um prédio imponente e muito bonito, construído na
década de vinte para abrigar o Fórum da cidade. Hoje o prédio é tombado pelo
Patrimônio Histórico do Município.
Voltamos para a praça central e
nos preparamos para voltar para casa. Estamos certos que ainda passaremos por
mais alguns pontos importantes nessa cidade, mas ficará para a próxima etapa.
Por hoje foi isso, pessoal.
Até a próxima etapa!
Caminhantes: Cris Senkiw, Jane Ribeiro, Marco Lasinskais, Marcos
Roberto, Marcos Tsuda, Rosangela Sotelo, Wilma Custódio e Seu Carlos Tsuda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário