Sábado, 03 de dezembro, fomos para Itanhaém, no trecho em que paramos na caminhada anterior, ao lado da Cama do P. José de Anchieta, mais precisamente na Praia das Conchas com a Praia dos Sonhos, um dos points da cidade, onde você pode encontrar as melhores casas de entretenimento e gastronomia da região, segundo o guia turístico da Cidade.
O dia estava de cara amarrada, mostrando para gente que iria chover a qualquer hora. Ventava bastante, de vez em quando garoava, logo em seguida vinha um mormaço quentinho, mas, de novo garoava e foi assim o dia todo. Claro que isso não impediu que caminhássemos das 7:30h até as 19:00h . Foi uma caminhada e tanto!
Como já disse, começamos pelas Praias das Conchas e dos Sonhos e logo chegamos à Praia dos Pescadores, onde foi gravada a primeira versão da novela Mulheres de Areia. A praia que tem cerca de 600 m de extensão é o principal local para a prática de surf. Na divisa entre a Praia dos Sonhos e a dos Pescadores, existe um monumento em homenagem a novela Mulheres de Areia da extinta TV Tupi, gravada na década de 70. O local tem sua beleza natural como a Ilha das Cabras à frente, um dos recantos naturais mais belos da cidade. O acesso é possível durante a maré baixa, não foi o caso na nossa passagem, infelizmente.
Continuando, passamos pela Praça do Pescado. A praça, além de ser um ponto turístico, é ideal para compra de frutos do mar. Seguindo o caminho passamos pelo Pier do Pescador, na Boca da Barra, onde o Rio Itanhaém encontra-se com o mar, um visual incrivelmente bonito. Ao lado da Boca da Barra, existem monumentos em homenagem aos pescadores.
E fomos seguindo em frente... Passamos pela Praia da Saudade, subimos para o Centro e marcamos nossa passagem no 3º pórtico na Praça Narciso de Andrade. Conhecemos a Igreja Matriz Sant’Anna. Sua construção foi iniciada em 1639. A Matriz possui como um de seus principais atrativos os altares remanescente da época da arte sacra. Fomos ao Convento N. Sra. Da Conceição, no Morro do Itaguaçú, erguido a partir da construção de uma ermida em 1532. O santuário ainda possui características da época. Descemos e fomos à Casa da Câmara e Cadeia. A edificação acolheu a Cadeia Pública e Câmara Municipal e hoje é um museu histórico, com as grades pesadas e um acervo de personagens ilustres da cidade. Conhecemos também a Casa do Olhar Benedito Calixto, um espaço voltado para a cultura itanhaense, a casa abriga exposições artísticas durante o ano todo.
Voltamos ao calçadão da praia e seguimos em frente, passando pelas Praias do Praião, Satélite e Suarão onde desviamos nosso caminho para conhecer mais uma Igreja, a Igreja N. Sra. do Sion no Suarão. Essa igreja foi fundada em 1955. O santuário recebeu o jubileu de ouro em 2005 e ainda preserva em seu interior toda a decoração, inclusive a originalidade do sino, seus vitrais são lindos e impressiona a variedade de cores utilizadas.
Retornamos a nossa rota à beira mar, e seguimos rumo a Mongaguá com mais uns quilometrozinhos pela frente com o pé na areia aproveitando o vento que não parava de soprar, às vezes com garoa, às vezes com areia.
A orla marítima de Mongaguá tem 13 km de extensão e as praias são contínuas, tendo o nome do bairro onde estão localizadas, as principais são: Centro, Vera Cruz, Itaóca, Agenor de Campos e Flórida Mirim.
Sempre seguindo para o norte, entramos em Mongaguá com o tempo ainda fechado, bom pelo lado da resistência do corpo e o rendimento da caminhada, porém ruim para as fotografias tiradas ao longo do caminho.
Chegamos ao Parque Turístico Ecológico A Tribuna, com cerca de cinco mil metros quadrados de área. Entramos nos viveiros com diversos tipos de pássaros. Vimos o serpentário, aquário, exposições de coleções de pedras, cristais, amostras de areias e minérios de todo o Brasil e vários animais soltos. O parque ainda possui um espaço para cursos e palestras.
Logo em frente ao Parque A Tribuna, fica nosso 4º pórtico na Plataforma de Pesca onde marcamos nossa passagem e subimos. Ela foi totalmente reformada e reaberta para visitação e pesca em maio deste ano. A Plataforma Marítima de Pesca Amadora é a maior estrutura de concreto sobre o mar da América. Em formato de ‘T’ ela avança por
Caminhamos quase até o Poço das Antas e no dia 03, foi isso...
Já no dia 04, começamos passando por três aldeias indígenas, uma delas a Aldeia Aguapeú dos índios Tupi-Guaranis, que fica localizada em Reserva Ambiental da Mata Atlântica, no complexo dos três rios: Bichoró, Mineiro e Aguapeú. Como a travessia para a tribo tem que ser feita de barco e não encontramos o barqueiro no local seguimos para outra aldeia. Fomos até a Aldeia Indígena Itaóca onde fomos recebidos pelo índio Toninho que nos levou até a Aldeia. Vimos o cacique fazendo sua arte em madeira. O índio Danilo – (Verá-mirim) nome indígena, conversou muito com a gente, contando a história da tribo e nos mostrou um pouco da cultura e costumes da aldeia. Falou sobre o trabalho de manter a cultura do índio nas crianças da tribo, com aulas em Guarani. Foi desenvolvido um dicionário Guarani com pronúncias e significados para auxiliar na educação e manutenção da língua por gerações. Ficamos encantados com o trabalho e a forma de vida deles.
Nos despedimos da aldeia e seguimos nosso caminho, nos passos dos jesuítas, conforme o programa sugere.
Caminhamos por mais uns quilômetros e chegamos ao Centro Cultural Raul Cortez, mas não estava aberto, estavam trabalhando nos preparativos das festas de final de ano.
Seguimos em frente e chegamos à Casa da Memória de Mongaguá que para variar um pouco, estava fechada também. Na mesma rua fomos para a Igreja Matriz de Mongaguá N. Sra. Do Perpétuo Socorro. Passamos também pela Praça Dudu Samba, onde são realizadas festas locais, carnaval, shows... Um pouco mais a frente passamos pela Igreja da Padroeira ao lado do Rio que dá nome à cidade de Mongaguá.
Continuando a caminhada, ufa! Estamos quase no final da nossa aventura. Seguimos para a Trilha Ecológica e Mirante do Morro dos Macacos, onde também tem o monumento à N Sra. Aparecida – Padroeira de Mongaguá. São 139 degraus de escada em madeira com 24 m de altura. O visitante tem uma vista do alto de Mongaguá e da mata a sua volta.
Descemos e seguimos para o Poço das Antas, onde registramos nossa passagem pelo 5º pórtico. Aproveitamos e entramos no parque. Subimos a Trilha da Gruta, fomos até a Trilha da Pedra, mas como o dia anterior foi chuvoso, as pedras estavam muito escorregadias, deixamos o parque já programando a próxima etapa.
Essa foi nossa 2ª parte da Caminhada dos Jesuítas - Anchieta.
Caminhantes: Cláudia Melo, Marco Estácio, Marcos Roberto com a participação de Daniela Nunes.
Por Marcos Roberto - Ação Natural Trilhieros
Parabéns para todos amigos que estão neste projeto.
ResponderExcluirabx + bjs.