Dia 14, iniciamos as trilhas abrindo
as atividades de 2017 com o Grupo Ação Natural.
Seguimos até Mairiporã, cidade
próxima a São Paulo, para realizarmos a trilha da Pedra Vermelha, pouco
conhecida até por moradores da cidade.
Com a galera reunida percorremos
algumas ruas de terra nos bairros bem afastados da cidade deixando que o
cinturão verde da Serra da Cantareira nos envolvesse no percurso.
Deixamos nossos carros em frente
ao Bar do Japonês e subimos a trilha.
Existem duas formas de subir até
o cume, o jeito fácil e tradicional e o “com emoção”. Claro que a escolha foi
unânime: “com emoção”. Só um adendo, quando lhe perguntarem se você quer fazer
um caminho com emoção, pense bem antes de responder a essa pergunta.
O trajeto com emoção começa com uma trilha
quase apagada, ou seja, a vegetação cresceu e retomou a área do que um dia foi uma
trilha. Consequentemente tivemos que abrir caminho passando por cima de
troncos, cipós, teias de aranhas, formigueiros, espinhos e abelhas até
chegarmos onde a trilha tradicional se junta com essa quase abandonada, daí
para frente fica mais fácil.
Saímos da trilha e voltamos para a
estrada de terra. Andamos aproximadamente oitocentos metros e chegamos à base
da trilha que leva ao cume. A base nada mais é do que uma grande gruta com
pedras de todos os tamanhos formando uma passagem entre elas. De um lado a entrada
da gruta é enorme, mas vai afinando até que o aventureiro é obrigado a quase
rastejar para sair do outro lado e acessar a trilha que leva ao topo da Pedra
Vermelha.
Seguindo a trilha não tem erro, é
só subir, subir e subir. É um trecho curto de aproximadamente mil e duzentos
metros, mas é bem íngreme e acidentado exigindo um pouco de esforço físico do
aventureiro.
Do alto da Pedra Vermelha em um
dia claro podemos avistar a cidade de Mairiporã à direita, do mesmo lado e mais
ao fundo as montanhas do entorno das cidades de Franco da Rocha, Caieiras e até
o Pico do Jaraguá. Já do lado esquerdo, segue o manto verde das montanhas em
direção a Santa Isabel e outras cidades na direção da Serra do Mar.
O silêncio no alto da montanha só
é quebrado com a agitação dos macacos e com o som dos cantos dos pássaros.
Curtimos bons momentos lá em
cima, mas já era hora de partirmos atrás da cachoeira.
Puxando do fundo da memória os
caminhos e lugares que passamos quando fizemos a primeira exploração no local
há cerca de um ano e meio, talvez dois anos, seguimos pela estrada de terra bem
acidentada até chegarmos à pequena e discreta entrada no mato. Qualquer um que não
der atenção vai passar direto e perder uma trilha de duzentos metros até uma
pequena cachoeira que sem dúvida é muito bem-vinda em um dia quente. Pena que
muitas pessoas utilizam o local para execução de despachos e trabalhos
religiosos. Nada contra qualquer tipo de manifestação religiosa, mas bem que esse
pessoal poderia demonstrar mais respeito pela natureza e levar suas tralhas de
volta depois dos rituais. A natureza não merece esse descaso.
Subimos até os nossos carros e
finalizamos a primeira trilha do ano com a sensação de que ele promete e as
aventuras só estão começando.
Valeu galera!
Mais uma trilha realizada em
excelente companhia!
Obrigado a todos que participaram
e até a próxima aventura!
PS... assistam o vídeo que nosso amigo Shindy Miura fez durante a Trilha da Pedra Vermelha, vale apena conferir!
Olá! Muito legal...como faço para participar do grupo?
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