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Aqui você saberá, quando, onde e quem, participou de nossas aventuras e trilhas. Sempre a procura de novos amigos e companheiros com disposição para aventuras e curtir a natureza. Participem do nosso Blog. SEJAM BEM VINDOS!

28 setembro 2013

4ª Etapa da Rota Franciscana

Chegamos cedo a São Bento do Sapucaí para continuarmos nossa caminhada, dessa vez rumo a Campos do Jordão. Segundo o programa são 27,3 km de caminhada com muitas subidas no percurso.

Mas antes de começarmos a rota, passamos em um dos pontos turísticos da cidade, a pequena e rica em detalhes, Capelinha do Mosaico. Conhecida também como Capela de Santa Cruz, ela é toda revestida em mosaicos, obra dos artistas plásticos Ângelo Milani e Cláudia Villar.

Depois de algumas fotos, seguimos nosso caminho.

Não demorou muito e já avistamos o Complexo Pedra do Baú, formados pela Pedra do Baú, Bauzinho e Ana Chata, visão essa que nos acompanharia por todo o trajeto até chegarmos a Campos do Jordão.


Em nosso caminho passamos por vários sítios e fazendas, um caminho encantador ao redor da Pedra do Baú. Passamos pela Vila Rica, conhecida como Baú do Centro, típica do interior.

Percebemos que algumas placas da rota foram arrancadas em muitos trechos da caminhada. Encontramos uma das placas dentro do riacho que corta o Bairro do Baú do Centro, outras placas mal posicionadas depois de cruzamentos quando deveriam estar antes deles para facilitarem a identificação da rota a ser percorrida.

Voltando a nossa caminhada, subimos a 1715 m de altitude em uma caminhada puxada, exigindo muito esforço físico, mas compensado pelas belas paisagens, com vários mirantes de encher os olhos e sempre acompanhados por muitos pássaros.


Chegamos à área urbana de Campos do Jordão, onde tivemos um pouco mais de ânimo. Finalmente as subidas ficaram para trás!

A cidade de Campos do Jordão está situada na Serra da Mantiqueira, a cerca de 1650 m de altitude, sendo o mais alto município brasileiro, considerando altitude da sede. Conhecida como Suíça Brasileira por seu clima frio e pela arquitetura baseada em construções europeias.

Caminhamos rumo ao pórtico para registrar nossa passagem, mas tivemos uma ingrata surpresa, na Praça João de Sá, local indicado no site pelo programa, está o CIT (Centro de Informações Turísticas) e não tem pórtico. A Fabiana que trabalha no CIT confirmou que nunca foi instalado nenhum pórtico naquela praça. Ela entrou em contato com a coordenação e conseguiu a informação do local exato onde o pórtico está salvando nossa caminhada. Obrigado Fabiana!


Depois de caminhar 3 km a mais, voltamos para a entrada da cidade onde o pórtico está instalado e registramos nossa passagem. (Estas informações já foram encaminhadas para a coordenação da Rota).

Depois de registrar todos os cartões, seguimos nosso caminho de volta para casa.

Ao todo foram: 7h: 09m de caminhada, 33,4 km percorridos e 39.294 passos.

Agora só falta um pórtico para concluir a Rota da Alegria.

Valeu galera! Obrigado pela companhia!

Caminhantes: Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto e Marcos Tsuda.

Participação especial do enigmático Sydão Vodskowisk e Grupo Amigos das Crianças.

14 setembro 2013

Trilhas no Parque Estadual do Juquery

Sábado, fomos para o Parque Estadual do Juquery em Franco da Rocha, cidade vizinha a São Paulo.

Dessa vez, não foi por diversão, mas sim para fazermos um registro fotográfico após queimada criminosa provocada por queda de balão que dizimou cerca de 40% da área verde do parque.

O Parque do Juquery foi criado em 1993 para conservar a vegetação nativa existente e preservar áreas de Mananciais do Sistema Cantareira.  Em 1989 todo conjunto arquitetônico projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, o acervo documental e a área verde da Fazenda Juquery foram tombados pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo).


Este Parque possui áreas de Mata Atlântica e Cerrado, com uma rica biodiversidade de plantas e animais. Esta Unidade de Conservação abriga o último remanescente de Cerrado preservado na região Metropolitana de São Paulo e tem como símbolos a seriema, ave típica do cerrado e de fácil observação e o Ovo da Pata, ponto mais alto do Parque com 942 metros de altitude.

No Parque ainda pode-se fazer a Trilha dos Lagos com 3 km, a Trilha Rio Juquery com 4,6 km, a Trilha da Árvore Solitária com 1,5 km, a Trilha da Gruta dos Pitus com 920 m, a Trilha Yu-kery com 1,3 km e a Trilha do Ovo da Pata com 13,4 km.

Com a permissão da administração da Fundação Florestal e acompanhados pelo Monitor Saulo, começamos nossa caminhada.

Passamos pela área dos lagos e de lá já pudemos ver uma parte do Ovo da Pata e algumas áreas ao fundo queimadas, dando um ar triste para a caminhada.

Depois de passarmos pelos lagos, subimos em direção à torre de observação. Já nesse caminho constatamos o tamanho da destruição da vegetação. Segundo nosso monitor, o estrago só não foi maior graças aos esforços dos bombeiros, monitores e muitos voluntários que se arriscaram no meio do fogo durante três dias seguidos fazendo o possível para conter as chamas e os focos que surgiam a todo o momento em novos lugares, causando desespero nos animais que tentavam se salvar de qualquer jeito e acabavam pulando para dentro de outro foco de incêndio.


Já na torre de observação, pudemos avistar o Ovo da Pata todo queimado, o vale em volta destruído e ao mesmo tempo já constatamos a força da natureza ressurgindo das cinzas como uma ave mitológica.

Mesmo com poucas chuvas após a queimada, a vegetação de Cerrado já começou a crescer tornando a vista um misto de tristeza e alegria. Vimos aves nos ninhos alimentando suas crias e o manto cinzento se tornando verde novamente. Foi uma visão de impressionar!

Seguimos para a Trilha da Árvore Solitária, que não foi destruída por muito pouco e ficou ainda mais solitária com o descampado a sua volta.

Tomamos o caminho para o Ovo da Pata, o ponto mais alto do parque, para avistarmos a dimensão do estrago causado pela irresponsabilidade de pessoas que brincam e se divertem soltando balões e não pensam nas consequências, como grandes queimadas, incêndios em residências, acidentes com aviões, e outros crimes ambientais.

É de causar grande indignação. Infelizmente vivemos num País em que tudo pode e ninguém é preso por crimes ambientais, tudo acaba sendo revertido em multas que nunca serão pagas e os mesmo indivíduos continuam soltos causando mais tragédias e sem nenhum remorso, por uma diversão tão banal como essa.


Registramos a destruição, mas em breve voltaremos ao Parque para registrarmos esta mesma área recuperada e restaurada.

Um agradecimento especial ao Monitor Saulo que esteve com a gente e nos acompanhou o tempo todo com muita disposição, mostrando onde começou o fogo e como foi contido.

Obrigado a todos que enfrentaram algumas horas embaixo do sol forte para fazer esse registro. Precisamos de mais gente que se importe com a natureza, com o presente e com o futuro!

Até a próxima!