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Aqui você saberá, quando, onde e quem, participou de nossas aventuras e trilhas. Sempre a procura de novos amigos e companheiros com disposição para aventuras e curtir a natureza. Participem do nosso Blog. SEJAM BEM VINDOS!

29 novembro 2014

15º Etapa Rota Franciscana – Rota Sabedoria

Dia 29 retomamos nossa rota em Aparecida ao lado da Basílica e seguimos em frente para mais um trecho rumo a Pindamonhangaba passando por Roseira.

Começamos a caminhada cedo e logo em seguida paramos no Mirante das Pedras. Do Mirante avistamos o Porto Itaguaçu e parte do Rio Paraíba do Sul.

Voltamos à caminhada e não demorou muito para chegarmos ao Porto Itaguaçu. O Porto foi criado no local onde os pescadores encontraram a imagem em 1717. Embarcamos na Balsa e navegamos pelos pontos, que segundo a história, indicam os lugares exatos onde encontraram a imagem sem a cabeça e mais abaixo do rio onde resgataram a cabeça da santa.

Passamos ainda pela Capela de São Geraldo de 1926 que compõe o conjunto arquitetônico religioso do Porto de Itaguaçu, local onde foi construído o primeiro oratório da imagem.

Continuamos a caminhada rumo à cidade de Roseira.


O povoado que deu origem ao município de Roseira surgiu em torno da Capela Nossa Senhora do Rosário, hoje Nossa Senhora da Piedade, por volta do século XVIII às margens do Caminho Real. Entre 1780 e 1840 o município foi um centro produtor e exportador de açúcar, aguardente, milho, feijão, arroz, mandioca e fumo. A partir de 1840 os engenhos deram lugar às fazendas de café e em 1920, à pecuária leiteira. Em 1877 foi inaugurada a Estação Ferroviária e com ela nascia à cidade. Em 1963 foi criado o município de Roseira.

A origem do nome da cidade deriva do Bairro Roseira. Segundo a tradição o nome Roseira vem das rosas silvestres de cor branca brava e da rosinha trepadeira denominada “mariquinha”, encontradas às margens do Caminho Real.

Roseira é uma cidade bem pacata e pequena do interior Paulista. Chega a ser gostoso ouvir aquele sotaque caipira dos moradores da cidade.

Assim que chegamos à cidade tivemos que aguardar a liberação da ponte por causa de um acidente que fechou a entrada. Após a perícia liberar o caminho, seguimos para o pórtico na Praça Sant’Ana ao lado da Igreja Matriz.


Registramos nossa passagem e fomos conhecer a Igreja da cidade. A Matriz foi construída em 1878. Sua construção se deve ao Major Victoriano de Barros que ofereceu suas terras para a construção da Estação Ferroviária Central e prometeu que construiria uma Igreja no entorno da estação.

Fomos conhecer a Estação de Roseira, mas precisava de autorização para tal. Cinco minutinhos de conversa com o pessoal e conseguimos a liberação da empresa logística que administra a Estação para podermos conhecê-la e fotografá-la.

Outro destaque é a Rua Major Victoriano por suas quatro estátuas simbolizando as estações do ano confeccionadas pelo artista Djalma Leite e patrocinadas pela Usina Vigor e pela Cooperativa de Laticínios de Roseira.

Atravessamos a cidade e seguimos para a rodovia em direção ao próximo pórtico em Pindamonhangaba.

No caminho passamos por muitos sítios, fazendas e entradas de indústrias, tendo sempre do lado esquerdo a movimentada Rodovia Presidente Dutra e do lado direito as montanhas da Serra da Mantiqueira com seu visual de encantar os olhos.


Enfim, saímos da área rural e adentramos na cidade pelos bairros afastados do centro. O movimento ia crescendo à medida que chegávamos mais próximos do pórtico.

Chegamos à Praça Monsenhor Marcondes e registramos nossa passagem no segundo pórtico já com o Sol baixo anunciando o final de mais um dia de caminhada.

Tivemos um bom dia de caminhada, o Sol não estava tão forte, mas foi o suficiente para judiar um pouco do corpo com o mormaço fazendo os caminhantes se hidratar o tempo todo.

Finalizamos nossa caminhada com aquela bebida gelada no único lugar que conseguimos achar aberto no caminho, embora não tivesse a tradicional escurinha!

Não preciso dizer que foi mais uma caminhada descontraída e animada. Como sempre, com esse grupo não tem mau tempo!

Valeu pessoal! Mais um ano de nossas longas caminhadas terminaram. Que venham as caminhadas de 2015!

Caminhantes: Alexandre, Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Rosangela e Wilma.

Até a próxima pessoal!

20 novembro 2014

Trilha da Ferradura – Paranapiacaba

Tem coisa melhor que juntar um bando de doidos e ir para Paranapiacaba fazer uma das trilhas mais difíceis que tem por lá?

Pleno feriado da Consciência Negra, em vez de ficar em casa mofando, juntamos a turma e seguimos para mais uma aventura.

Chegamos cedo por lá e não demorou muito e o nosso pequeno grupo já estava na mata iniciando a trilha pelo caminho que leva ao Lago de Cristal e à Cachoeira Escondida. O percurso nesse trecho é relativamente fácil sem exigir muito esforço físico, mas tem bastante lama como na entrada da Cachoeira da Fumaça. Como dizem: “quem está na trilha é pra se sujar!” Não é?


Passamos pelos tubos de concreto, uma das referências da trilha e logo chegamos ao Lago de Cristal. Mais uns metros barranco abaixo virando à direita, e pronto, chegamos à Cachoeira Escondida. Essa cachoeira é pouco frequentada talvez pelo desnível entre ela e o Lago de Cristal, exigindo do aventureiro um pouco mais de esforço.

Foi nosso primeiro ponto de parada. Não tem como ir a uma cachoeira como aquela e não ficar alguns momentos por lá curtindo o visual ou embaixo dela.

Seguindo em frente, descemos as pedras rumo ao Vale da Morte e à Garganta do Diabo, nomes bem sugestivos para o caminho.

Foi um caminho difícil com pedras de todos os tamanhos e formatos, não é exagero dizer que é o trecho mais “punk” da trilha. Foi um dos mais difíceis que já percorri em uma trilha. Ora desviando de um lado para outro cruzando o rio aqui e ali para achar o melhor caminho, ora escalando as pedras e fazendo contorcionismo para escolher um melhor trecho. Haja pernas!


Enfim chegamos ao Vale da Morte. Eita lugar bonito! Certamente não merecia esse nome.

Em cima de uma pequena cachoeira na entrada do Vale da Morte pudemos avistar a trilha que desce a Cachoeira da Fumaça. O rio vem descendo e criando outras duas cachoeiras menores seguindo pela encosta da montanha até se juntar no vale com as águas que descem do Lago de Cristal e da Cachoeira Escondida escorrendo para a Garganta do Diabo. Mesmo fotografando aquela imagem não dá para descrevê-la com a perfeição que merece. É simplesmente magnífica!

Pensamos em seguir para a Garganta do Diabo que estava a cerca de 600 m de onde estávamos. Seriam 1.200 m ao todo por cima de mais pedras, mas a hora não permitiria nossa ida e retorno antes que anoitecesse. Já que não iríamos acampar na região seria arriscado demais ter que sair da trilha somente com as luzes das lanternas.

Pegamos o caminho para o topo da Cachoeira da Fumaça e lá fomos nós. Subida e mais subida, quando você pensa que naquela curva ao lado daquela árvore vai ser mais tranquilo, engano seu! Tem mais subida pela frente. Escadas naturais feitas de raízes ajudavam na escalada, as forças das pernas já tinham sumido há tempos e meio que você vai em frente numa espécie de piloto automático esperando que aquele perrengue termine logo.


Até que finalmente chegamos ao topo da Cachoeira da Fumaça. A sensação foi uma mistura de alívio e conquista. Fazer essa trilha foi um verdadeiro teste de resistência, foi bem mais puxado que imaginamos, e claro que mais um banho de cachoeira foi muito bom para recarregar as energias. Fazer uma hidromassagem natural nas pernas depois de tudo que enfrentamos, não tem preço!

Faltavam mais ou menos 4 km para voltar ao início da trilha, então seguimos amassando barro e pisando em muita lama até a saída na Rodovia.

Vale pequeno desabafo. Eu não me conformo como tantas pessoas que vão para a mata fazer as trilhas e dizem: “que curtem a natureza”, conseguem deixar tanto lixo no caminho. É no mínimo revoltante. Poxa, se a pessoa é capaz de levar uma lata, um pacote de salgadinho ou bolacha cheio e pesado o caminho todo, por que o infeliz não é capaz de trazer de volta a lata, garrafa e o saquinho que envolvia o lanche vazios? Falta muita cultura e educação em todo lugar. Definitivamente essas pessoas não podem ser chamadas de trilheiros, não mesmo!

Por fim, terminamos! Foram aproximadamente 10 horas de trilha com muitas cachoeiras, muitas pedras no caminho, subidas quase intermináveis, escalaminhadas e o melhor de tudo é que sobrevivemos!

Há! É claro que eu volto!

Valeu pessoal pela disposição! (bota disposição nisso).

Até a próxima!

15 novembro 2014

Trilha da Cachoeira da Pedra Furada

Feriadão em pleno sábado de trilha.

Juntamos a galera e seguimos para Biritiba Mirim, divisa com Bertioga para fazermos mais uma trilha.

Chegamos cedo ao ponto de encontro e lá fomos nós. Caminhamos pela Rodovia por 3,5 km até a entrada da trilha. O dia parecia firme e estava muito bom para caminhada, sem sol forte e sem chuva.


Entramos na trilha e percebemos que havia chovido na noite anterior. Embora o caminho estivesse encharcado, a trilha não estava escorregadia. Seguimos mata adentro rumo a uma das mais belas cachoeiras que eu conheço. Não por ser grande, porque de fato não é! Mas pela sua singularidade. O rio vem em seu leito normal e seria natural passar por cima das pedras e fazer a cachoeira, porém a corredeira do rio escorre por entre as pedras como se fosse um ralo gigante e no meio das pedras a dois metros de acabar o paredão a água ressurge fazendo uma cachoeira sem igual.


É simplesmente mágico!

Ficamos lá alguns momentos tomando banho nas águas escuras do rio, trocando ideias e admirando o visual.

Fizemos o caminho inverso para a volta e no meio do percurso começou um temporal. Foi muita chuva na trilha e na rodovia até voltarmos ao ponto de encontro inicial.


Foi um dia que vale ser repetido, com muito entusiasmo e muita diversão o tempo todo! Rimos muito e aproveitamos bem!

Valeu pessoal pela presença em mais uma trilha!

Em breve teremos outras!


Até a próxima!

01 novembro 2014

14ª Etapa Rota Franciscana – Rota Sabedoria

Dia 01 de novembro começamos a última rota que falta para concluir todo Programa da Rota Franciscana – Frei Galvão. Seguimos para Guaratinguetá que sempre foi o destino final das rotas: Alegria, Conhecimento, Equilíbrio e Esperança para começarmos a rota Sabedoria.

Chegamos a Guaratinguetá bem cedo, tomamos nosso café por lá e registramos pela última vez nossos cartões no pórtico da Praça Santo Antônio ao lado da linda Catedral da cidade.

Guaratinguetá: palavra de origem Tupi Guarani – GUARÁ=GARÇA, TINGA=BRANCA, ETA=MUITO, que significa “MUITAS GARÇAS BRANCAS”.


A igreja foi o marco inicial da cidade construída em 1630 em pau-a-pique e coberta de sapé. Em 1651 o povoado é elevado a Vila. No século XVIII a cidade se destaca como uma das principais vilas da Capitania do Vale do Paraíba. Em 1739 nasce Frei Galvão canonizado em 2007. No século XIX atingiu o apogeu do período do café. Em 1844 foi elevada a categoria de cidade. Hoje o desenvolvimento turístico atrai turistas de todos os seguimentos: religioso, rural, industrial e comercial. Podemos aproveitar as belezas das encostas da Serra da Mantiqueira, a vida rural até o caminho do mar, bem como a arquitetura e cultura que fundem o passado e o presente quando passamos pelos casarões antigos ao longo da cidade.

Visitamos a Catedral pela última vez com o grupo na rota e seguimos mais uma vez para a Casa do Frei Galvão, local de seu nascimento. A casa possui relíquias e quadros, imagens e pequenos pertences que mostram a história do primeiro santo brasileiro. Bem ao lado da casa do Frei Galvão está o Solar Rangel de Camargo que não é aberto para visitação, infelizmente. A casa foi erguida em 1886 em taipa e pau-a-pique e atualmente é habitada pela sexta geração de descendentes do Capitão João Baptista Rangel. O local centralizou a política oposicionista durante a Revolução de 1932 e foi ocupada por tropas constitucionalistas e federais. Ainda guarda mobiliário e documentos do império e da Primeira República. Seguimos em frente e passamos pelo Museu Histórico e Pedagógico Conselheiro Rodrigues Alves, prédio que foi moradia do próprio Conselheiro em 1891 e em 1932 sediou a Cruz Vermelha e tropas federais. Também estava fechado. Durante a caminhada passamos pela Estação da Estrada de Ferro de Guaratinguetá construída em 1914 em estilo inglês. A estação foi escolhida como uma das sete maravilhas da cidade. Ainda passamos em frente à Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves considerada um Monumento Histórico de 1902.


A caminhada foi a mais curta se comparada com os outros trechos de todas as rotas do programa, mas foi sem dúvida a mais exaustiva de todas. O sol estava com toda a força sobre nossas cabeças, estávamos sendo fritados por ele e cozinhados com o calor que subia do asfalto, nem as sombras das casas e das poucas árvores no caminho aliviaram a situação, nossas forças e ânimos foram drenados nesse pequeno trecho. Foi sofrido.

Enfim chegamos a Aparecida.

A história da cidade está ligada diretamente a imagem de Nossa Senhora da Conceição que em 1717 apareceu no Rio Paraíba do Sul. Os milagres atribuídos à imagem levaram a construção de uma capela em 1745. Com o desenvolvimento da localidade, em 1842 foi criada a freguesia subordinada a Guaratinguetá que em 1928 finalmente se desmembrou e em 1959 foi emancipada. O número crescente de fiéis implicou na construção de um templo maior em 1888, hoje ela é conhecida como Basílica Velha.


Já na chegada a cidade, passamos pela Estação Ferroviária que hoje é o Espaço Cultural, mas estava fechado. Seguindo em frente, passamos pela Igreja de São Benedito, palco de festas tradicionais e religiosas do Vale do Paraíba. Subimos em direção ao segundo pórtico do dia localizado em frente à Basílica Velha. Registramos nossa passagem por lá, entramos na igreja por alguns momentos saindo do sol que continuava castigando nossos corpos. Cada sombra ou local coberto durante o percurso era mais que bem-vindo e disputado.

Logo em seguida entramos no Memorial Redentorista. O memorial abriga um pequeno museu, a Capela Memorial Redentorista e outra Capela em homenagem ao Padre Vitor conhecido como Apóstolo do Rádio.

Seguimos para a passarela que liga a Basílica Velha à Basílica nova de Nossa Senhora Aparecida, também conhecida como Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Este é o segundo maior templo católico do mundo, menor apenas que a Basílica de São Pedro no Vaticano.

Dentro da Basílica nova, passamos pela Sala das Velas e subimos na Torre com vista panorâmica de 360 graus de toda região. Lá de cima avistamos toda a cidade de Aparecida, parte de Guaratinguetá, o vale do rio Paraíba do Sul, Central de Apoio ao Turista, o Mirante, o Cruzeiro, as torres da Basílica Velha, o longo tapete de barracas da feira de artesanato e as montanhas da Serra da Mantiqueira.

O sol não deu trégua em momento algum, posso dizer que foi um teste de resistência. O dia de fato estava muito lindo para fazer as fotos, mas estava difícil ficar andando embaixo daquela quentura toda.

Um dos melhores momentos do dia foi o lanche trazido pela Wilma. Show, Wilma! Você precisa ir mais vezes!

Alguns membros do nosso grupo ainda subiram ao Cruzeiro de teleférico. Então o tempo virou, começou uma chuva de raios e trovões. O vento forte levantava nuvens de poeira gigantescas no Mirante ao lado do Cruzeiro fazendo com que fosse interrompido temporariamente o funcionamento do teleférico preservando a segurança dos passageiros. Só depois de algumas horas nossos amigos conseguiram retornar para a base. Reunimos o grupo e lá fomos nós procurar um local para tomar um lanche e recarregar as energias para encarar a volta para casa embaixo de muita chuva.

Apesar do desgaste físico, concluímos mais um trecho da rota. Como sempre dizemos: cada rota tem sua própria história para ser lembrada e esta certamente não será esquecida!

Valeu pessoal por mais um dia juntos! Estamos chegando ao final, falta pouco agora!

Até a próxima!

Caminhantes: Alexandre, Andrea, Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Marilice, no apoio Mônica Gavarron e Wilma Custódio.