Dia 01 de novembro começamos a
última rota que falta para concluir todo Programa da Rota Franciscana – Frei
Galvão. Seguimos para Guaratinguetá que sempre foi o destino final das rotas:
Alegria, Conhecimento, Equilíbrio e Esperança para começarmos a rota Sabedoria.
Chegamos a Guaratinguetá bem
cedo, tomamos nosso café por lá e registramos pela última vez nossos cartões no
pórtico da Praça Santo Antônio ao lado da linda Catedral da cidade.
Guaratinguetá: palavra de origem
Tupi Guarani – GUARÁ=GARÇA,
TINGA=BRANCA, ETA=MUITO, que significa “MUITAS GARÇAS BRANCAS”.
A igreja foi o marco inicial da
cidade construída em 1630 em pau-a-pique e coberta de sapé. Em 1651 o povoado é
elevado a Vila. No século XVIII a cidade se destaca como uma das principais
vilas da Capitania do Vale do Paraíba. Em 1739 nasce Frei Galvão canonizado em
2007. No século XIX atingiu o apogeu do período do café. Em 1844 foi elevada a
categoria de cidade. Hoje o desenvolvimento turístico atrai turistas de todos
os seguimentos: religioso, rural, industrial e comercial. Podemos aproveitar as
belezas das encostas da Serra da Mantiqueira, a vida rural até o caminho do
mar, bem como a arquitetura e cultura que fundem o passado e o presente quando
passamos pelos casarões antigos ao longo da cidade.
Visitamos a Catedral pela última
vez com o grupo na rota e seguimos mais uma vez para a Casa do Frei Galvão,
local de seu nascimento. A casa possui relíquias e quadros, imagens e pequenos
pertences que mostram a história do primeiro santo brasileiro. Bem ao lado da
casa do Frei Galvão está o Solar Rangel de Camargo que não é aberto para
visitação, infelizmente. A casa foi erguida em 1886 em taipa e pau-a-pique e
atualmente é habitada pela sexta geração de descendentes do Capitão João
Baptista Rangel. O local centralizou a política oposicionista durante a
Revolução de 1932 e foi ocupada por tropas constitucionalistas e federais. Ainda
guarda mobiliário e documentos do império e da Primeira República. Seguimos em
frente e passamos pelo Museu Histórico e Pedagógico Conselheiro Rodrigues
Alves, prédio que foi moradia do próprio Conselheiro em 1891 e em 1932 sediou a
Cruz Vermelha e tropas federais. Também estava fechado. Durante a caminhada
passamos pela Estação da Estrada de Ferro de Guaratinguetá construída em 1914
em estilo inglês. A estação foi escolhida como uma das sete maravilhas da
cidade. Ainda passamos em frente à Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves
considerada um Monumento Histórico de 1902.
A caminhada foi a mais curta se comparada
com os outros trechos de todas as rotas do programa, mas foi sem dúvida a mais
exaustiva de todas. O sol estava com toda a força sobre nossas cabeças,
estávamos sendo fritados por ele e cozinhados com o calor que subia do asfalto,
nem as sombras das casas e das poucas árvores no caminho aliviaram a situação,
nossas forças e ânimos foram drenados nesse pequeno trecho. Foi sofrido.
Enfim chegamos a Aparecida.
A história da cidade está ligada
diretamente a imagem de Nossa Senhora da Conceição que em 1717 apareceu no Rio
Paraíba do Sul. Os milagres atribuídos à imagem levaram a construção de uma
capela em 1745. Com o desenvolvimento da localidade, em 1842 foi criada a
freguesia subordinada a Guaratinguetá que em 1928 finalmente se desmembrou e em
1959 foi emancipada. O número crescente de fiéis implicou na construção de um
templo maior em 1888, hoje ela é conhecida como Basílica Velha.
Já na chegada a cidade, passamos
pela Estação Ferroviária que hoje é o Espaço Cultural, mas estava fechado.
Seguindo em frente, passamos pela Igreja de São Benedito, palco de festas tradicionais
e religiosas do Vale do Paraíba. Subimos em direção ao segundo pórtico do dia
localizado em frente à Basílica Velha. Registramos nossa passagem por lá,
entramos na igreja por alguns momentos saindo do sol que continuava castigando
nossos corpos. Cada sombra ou local coberto durante o percurso era mais que bem-vindo
e disputado.
Logo em seguida entramos no
Memorial Redentorista. O memorial abriga um pequeno museu, a Capela Memorial
Redentorista e outra Capela em homenagem ao Padre Vitor conhecido como Apóstolo
do Rádio.
Seguimos para a passarela que
liga a Basílica Velha à Basílica nova de Nossa Senhora Aparecida, também
conhecida como Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Este
é o segundo maior templo católico do mundo, menor apenas que a Basílica de São
Pedro no Vaticano.
Dentro da Basílica nova, passamos
pela Sala das Velas e subimos na Torre com vista panorâmica de 360 graus de
toda região. Lá de cima avistamos toda a cidade de Aparecida, parte de
Guaratinguetá, o vale do rio Paraíba do Sul, Central de Apoio ao Turista, o
Mirante, o Cruzeiro, as torres da Basílica Velha, o longo tapete de barracas da
feira de artesanato e as montanhas da Serra da Mantiqueira.
O sol não deu trégua em momento
algum, posso dizer que foi um teste de resistência. O dia de fato estava muito
lindo para fazer as fotos, mas estava difícil ficar andando embaixo daquela
quentura toda.
Um dos melhores momentos do dia
foi o lanche trazido pela Wilma. Show, Wilma! Você precisa ir mais vezes!
Alguns membros do nosso grupo
ainda subiram ao Cruzeiro de teleférico. Então o tempo virou, começou uma chuva
de raios e trovões. O vento forte levantava nuvens de poeira gigantescas no
Mirante ao lado do Cruzeiro fazendo com que fosse interrompido temporariamente o
funcionamento do teleférico preservando a segurança dos passageiros. Só depois
de algumas horas nossos amigos conseguiram retornar para a base. Reunimos o
grupo e lá fomos nós procurar um local para tomar um lanche e recarregar as
energias para encarar a volta para casa embaixo de muita chuva.
Apesar do desgaste físico,
concluímos mais um trecho da rota. Como sempre dizemos: cada rota tem sua
própria história para ser lembrada e esta certamente não será esquecida!
Valeu pessoal por mais um dia
juntos! Estamos chegando ao final, falta pouco agora!
Até a próxima!
Caminhantes: Alexandre, Andrea,
Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Marilice, no apoio
Mônica Gavarron e Wilma Custódio.
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