Quem sou eu

Minha foto
São Paulo, SP, Brazil
Aqui você saberá, quando, onde e quem, participou de nossas aventuras e trilhas. Sempre a procura de novos amigos e companheiros com disposição para aventuras e curtir a natureza. Participem do nosso Blog. SEJAM BEM VINDOS!

29 março 2014

Trilha e Rapel na Pedra Grande em Atibaia

Chegou o final de semana e o que tínhamos para hoje? Trilha com rapel!

Depois de tudo acertado com o Rodriguez da TNT Adrenalina, lá fomos nós!

Seguimos para a base da montanha e começamos a subida da trilha.

No começo, a trilha era uma leve inclinação, mas aos poucos foi ficando cada vez mais íngreme. Saímos de 830 m de altitude para 1.492 m onde foi realizado o rapel.

A trilha sobe em zigue e zague serpenteando a montanha. A caminhada que a princípio seria entre 3 e 5 km acabou se revelando uma trilha de 10 km ida e volta.

10 km são tranquilos para uma trilha, mas essa não é uma trilha qualquer!



O acesso ao cume é cheio de pedras, algumas pequenas outras enormes e por isso tivemos que fazer escalaminhadas (mistura de escalada com caminhada). Para alguns certamente foi um desafio e tanto vencer o medo da altura e manter o equilíbrio em cima das pedras para seguir em frente na trilha.

A cada parada durante a subida para recuperar o fôlego e as energias, o visual enchia os olhos. Ver aquelas pedras soltas por todos os lados como se alguém caprichosamente tivesse colocado cada uma no lugar certo, realmente impressiona qualquer um!

Com o corpo descançado encaramos mais um trecho de subida agora bem mais íngreme, aumentando ainda mais a dificuldade com tantas pedras e a mata quase encobrindo a trilha. Se você pensou que alguém iria desanimar e se entregar por causa da dificuldade, pensou errado!

Fomos subindo, subindo e subindo cada vez mais a encosta da Pedra Grande e a todo o momento olhávamos para ela, já que era nossa referência. Parecia que não chegaríamos nunca. A trilha era interminável e a Pedra era um destino ainda distante.



Claro que durante toda a subida houve vários "ta ta ta" (nome carinhoso para os tombos), que foram bons motivos para risos e descontração, tudo encarado com muito bom humor dos "tatatazoados". Imagine a preocupação, se na subida foram mais ou menos dez ta ta tas, na descida quantos não seriam?

Quase no topo da Pedra Grande seguimos uma parede de pedra, com aproximadamente 2,5 m de largura com uma altura entre 30 e 40 m. Um tombo ali não seria nada agradável de ver!

Finalmente chegamos à Pedra Grande! Que visual incrível! A sensação de conquista é indescritível!

Mas você pensou que a aventura terminou? Não terminou não!

Ainda seguimos mais alguns metros acima para o ponto mais alto da Pedra Grande a 1492 m de altitude para fazermos o rapel.

Lá em cima com tudo preparado começamos o rapel. Depois de toda a caminhada, nada como um rapel no meio de muitas abelhas e zangões voando por todos os lados. 

Descemos o rapel em silêncio para não atrair os insetos e voltarmos para casa picados. Foi uma aventura e tanto! Felizmente ninguém foi picado.



Para aumentar as emoções do dia, tivemos uma grande lição! Nunca deixe de levar bastante água para as trilhas!

Imaginem a situação, todos lá em cima contando com uma bica d’água, que segundo informações estava muito próxima de onde seria o rapel, mas não estava.

Então lá vamos nós estrada abaixo atrás da bica. Descemos mais de 1 km da estrada até acharmos a tal bica d’água. Quase já sem forças, tivemos que subir tudo novamente para nos juntarmos com a outra parte do grupo e começar a descida montanha abaixo.

Retornamos por outra trilha que parecia mais fácil, mas só parecia!

Não deu outra! Foram outros tantos ta ta tas até chegarmos à base da montanha já anoitecendo.

Essa sem sombras de dúvidas foi uma das trilhas mais difíceis que eu já fiz, espero voltar lá novamente muito em breve. Já estou procurando outra trilha que supere o seu nível de dificuldade.

Parabéns a todos os participantes que encararam esse desafio, mesmo com tombos e escorregões, todos vocês foram bravos e determinados!

Obrigado ao Rodriguez e a Thais da TNT Adrenalina que nos proporcionaram uma das melhores trilhas do ano!

Até a próxima pessoal!

22 março 2014

Trilha na Serra do Itaberaba – Reserva Ibirapitanga

Sábado logo pela manhã seguimos para Santa Isabel, cidade próxima a São Paulo para encontrarmos com o pessoal disposto a caminhar na Serra do Itaberaba.

Turma reunida, alguns pela primeira vez com o nosso grupo, e lá fomos nós. Que estreia em pessoal!

Quando perguntarem para vocês: vamos fazer uma trilha em uma serra? Lembrem-se do significado de serra:

- Serra: Terrenos acidentados com fortes desníveis, cadeia de montanhas, cordilheira e podem variar entre 600 a 3000 metros de altitude.


Seguimos para o Parque Estadual do Itaberaba e Reserva Ecológica Ibirapitanga em Santa Isabel.

Itaberaba em Tupi significa “Pedra Reluzente”.

Ibirapitanga é o nome do pau-brasil em Tupi e significa “Madeira Vermelha”.

Começamos andando em um terreno com poucas elevações, passamos pela igrejinha e seguimos pela esquerda, cerca de 600 m à frente entramos a direita para nossa primeira subida. Começava o desafio!

Esse trecho de subida até que foi tranquilo, passamos pelas torres de transmissão e continuamos subindo.


Passadas as torres a inclinação aumentou e começou a verdadeira subida. Partimos de 730 m para 985 m de altitude.
Passamos por vários mirantes naturais durante a subida da serra.

O dia parecia que seria chuvoso, mas só parecia! Foi perfeito! Clima ameno e sem chuva, ideal para uma boa caminhada e excelentes fotos do pessoal encarando a subida.

Chegamos ao cume da montanha e a visão do alto da serra é linda, cercada de verde por todos os lados, coisa rara hoje em dia tão perto de São Paulo.

Guiados pelo Rafael do Turismo de Aventura, descemos a montanha até uma cabana abandonada caindo aos pedaços. Certamente daria um cenário ideal para um filme de terror com lago e o píer para pesca. Deve ter sido um bom lugar para passar um final de semana com os amigos pescando no lago e jogando muita conversa fora!

Depois de uma breve parada na cabana pegamos a trilha de volta. Fizemos o retorno por outro caminho, subindo por dentro da mata fechada saindo nos dutos da Petrobrás onde paramos mais uma vez para apreciar outro mirante natural. Não cansa dizer que essas montanhas enchem os olhos com uma beleza sem igual!


Voltamos à nossa caminhada descendo a montanha até que chegamos a uma porteira que dá acesso a estrada que nos levaria até a igrejinha novamente.

Agora faltava pouco para chegar onde deixamos nossos carros, mas as pernas, uh! As pernas já estavam cansadas depois de tanto esforço.

Se nos perguntarem:

- Vocês farão essa trilha outra vez?

A resposta é:

- Claro! Não tenham dúvidas que voltaremos outras tantas vezes!

Essa trilha foi um teste de resistência realizado com muito gosto! Ao todo foram 17 km de caminhada pela serra.

No final demos uma parada estratégica no mercadinho para uma hidratação básica e seguimos para o centro de Santa Isabel.

Já no centro paramos em uma lanchonete onde tomamos um lanche e depois o Rafael nos levou para o mirante com uma vista privilegiada da cidade e ainda fomos conhecer a Igreja Matriz de Santa Isabel.

Posso dizer que foi um dia completo!

Bons amigos reunidos para uma trilha, muita risada, um passeio e tanto pela Serra do Itaberaba, terminando o dia conhecendo um pouco mais da cidade de Santa Isabel.

Obrigado a todos que se dispuseram a passar algumas horas no meio da Serra do Itaberaba e um agradecimento especial ao Rafael do Turismo de Aventura por sua disposição e parceria!

Esperamos por vocês nas próximas aventuras! 

08 março 2014

7ª Etapa Rota Franciscana – de Areias até Canas

Dia 08 retomamos nossa caminhada da Rota do Conhecimento na cidade de Areias.

Areias inicialmente foi freguesia, criada em 1748 com nome de Santana da Paraíba Nova, que serviu de pouso para tropeiros de São Paulo e Minas Gerais que iam para o Rio de Janeiro.

Em 1801 ganhou denominação de Distrito de Paz, em 1816 passou para Vila de São Miguel dos Areias e em 1857 passou definitivamente a se chamar Areias, que deriva do Tupi haie, que significa atalho.


O casario colonial da cidade é do século XIX e foi a antiga Casa da Câmara e Cadeia, hoje Casa da Cultura. Vale destacar também a Igreja Matriz Senhora Sant’Ana de 1874 e o Hotel Solar Imperial erguido em 1798 e que em agosto de 1822 serviu de pouso para Dom Pedro I durante a viagem na qual proclamaria a Independência do Brasil.

Voltando à nossa rota, registramos nossa passagem no pórtico da Praça Nove de Julho e conhecemos a Igreja Matriz de Sant’Ana. Visitamos a Casa da Cultura com lindas esculturas em madeira dos personagens de Monteiro Lobato que foi promotor público da cidade e ainda subimos no Mirante do Cruzeiro onde tivemos uma visão privilegiada de toda cidade.


Seguimos nossa rota para a cidade de Silveiras.

A previsão do tempo era de chuva durante o dia todo e não deu outra, pegamos muita chuva no caminho. Foi uma aventura passar por estradas de terra, ou melhor, de lama até chegar a Silveiras.

Silveiras surgiu no final do século XVIII em torno de um rancho de tropas, o da família Silveira, daí o seu nome.  Em 1830 surgia a Freguesia dos Silveiras pertencente ao município de Lorena. O desenvolvimento constante a elevou à condição de vila em 1842 desmembrando-se de Lorena. Em 1844 ocorreu a primeira eleição para vereadores. Em 1864 Silveiras passou a cidade e em 1888 foi implantada a comarca, mas com o enfraquecimento do café a estrada de ferro não passou pelo município e a abolição da escravatura e a mudança da ordem política atingiram a comunidade. Em 1938 a comarca foi extinta. A partir de 1978 um movimento comunitário trouxe de volta o valor do patrimônio cultural e ambiental resultando na interrupção da decadência. Com o fortalecimento do artesanato, tropeirismo e a valorização da história local a cidade ganhou vida novamente.

A cidade oferece vários atrativos turísticos como a Fundação Nacional do Tropeirismo e a Trilha da Independência (1822). De longe se vê as trincheiras nos morros da cidade utilizadas na Revolução Liberal de 1842 e na Revolução Constitucionalista de 1932. Temos ainda a Cadeia de Euclides da Cunha do Século XIX, a Estrada dos Tropeiros, cachoeiras e o Pico da Boa Vista com 2050 metros de altitude.

Nossa passagem foi rápida, mesmo assim conversamos um pouco com alguns moradores sempre dispostos a falar das qualidades e das festas culturais da cidade.


Seguimos nossa rota e passamos pela Praça Padre Antônio Pereira de Azevedo onde encontramos outro pórtico instalado. Mesmo sem entender porque outro pórtico, paramos para registrar nossos cartões. Continuando o caminho, logo à frente chegamos ao portal da cidade e para nossa surpresa mais um pórtico, ou seja, três pórticos na mesma cidade.

(Encontrar três pórticos na mesma cidade onde deveria ter apenas um e não encontrar placas durante o percurso chega a ser um insulto aos caminhantes. Alguém está recebendo por serviços mal feitos e muito desorganizados. Acho que a Secretaria de Turismo deveria cobrar providências aos seus prestadores de serviços).

Continuando o caminho, seguimos para a cidade de Cachoeira Paulista. 

Já no centro da cidade passamos pelo Memorial dos Soldados da Revolução de 1932, pelas Igrejas São Sebastião e Santo Antônio, mas infelizmente estavam fechadas.

Conhecemos boa parte do centro da cidade com pouco movimento naquele horário.

Registramos nossa passagem no pórtico da Praça Prefeito Prado Filho no centro.


O município de Cachoeira Paulista teve sua origem em 1780, quando o Capitão Manoel da Silva Caldas e sua esposa doaram o terreno ao Senhor do Bom Jesus de Cana Verde. Em 1876 foi elevada a freguesia com nome de Santo Antônio de Cachoeira. Em 1880 foi constituída vila com denominação de Santo Antônio da Bocaina. Em 1890 foi anexada ao município de Cruzeiro, virou comarca em 1892 e em 1895 foi elevada a cidade. Em 1944 passou a se chamar Valparaíba e finalmente em 1948 recebeu o nome definitivo de Cachoeira Paulista.

Depois de uma pausa em Cachoeira Paulista, seguimos para Canas, a última cidade do dia.

Canas é uma pequena cidade com pouco mais de quatro mil habitantes, de forte influência de imigrantes italianos que chegaram no ano de 1887 para movimentar a economia do cultivo de cana-de-açúcar e mais tarde do arroz. Está apenas a 7 km de distância de Cachoeira Paulista.

A colônia de Canas foi iniciativa do Barão da Bocaina, Comendador Francisco de Paula Vicente de Azevedo. Dentro da evolução Canas passou de Núcleo Colonial Agrícola em 1890 para bairro, distrito e finalmente município. Em 1992 houve um Plebiscito Popular que optou pela emancipação de Canas.

Passamos pelo Espaço Cultural Cerâmica, mas infelizmente fomos impedidos de fotografar o interior do prédio. O lugar é muito bonito e interessante. Vale a visita. E ainda passamos pela Igreja Matriz de Nossa Senhora Auxiliadora e para variar estava fechada.

Registramos nossa passagem na Praça São José e com isso chegamos ao final da nossa programação para esse dia.

Foi um dia diferente, com várias cidades visitadas e sempre com o mesmo alto astral.

Caminhantes: Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda e o novo integrante Alexandre Xella.

01 março 2014

Trilha da Cachoeira da Fumaça em Paranapiacaba

Essa trilha foi marcação de última hora. Juntamos quem não foi viajar no Carnaval e lá fomos nós para Paranapiacaba!

Marcamos o ponto de encontro na Estação de Rio Grande da Serra, pegamos o ônibus e fomos até a entrada da trilha.

Essa trilha também é conhecida como Trilha do Barro por ter seu trajeto com brejos, muita lama e pequenas nascentes, além de muitos barrancos, erosões e sem contar que em alguns trechos a caminhada é feita dentro do rio.


Posso dizer que essa trilha é uma das mais bonitas de Paranapiacaba, quem já fez pode confirmar o que digo.

O caminho é cheio de obstáculos. Durante o percurso fomos presenteados com mirantes naturais com vistas para Cubatão e Litoral Santista e neste dia até avistamos navios indo em direção ao Porto de Santos.

Depois de passar por tudo isso chegamos a uma linda cachoeira com aproximadamente 70 m de altura.  


Descemos a trilha lateral da cachoeira até chegarmos à parte de baixo e aproveitamos com um bom banho recarregando nossas forças para a volta.

Curtimos bons momentos lá embaixo e encaramos a subida. Não tinha jeito, a volta era pelo mesmo caminho.

Certamente alguns participantes vão se lembrar dessa trilha por alguns dias ou até as dores musculares passarem, mas com certeza vão querer voltar outras vezes.

Vale lembrar que na noite anterior à trilha choveu muito na região, aumentando ainda mais a lama e o barro no caminho.


Cada vez que um ou outro afundava o pé inteiro no barro era motivo para risadas. Foi muito divertido e tudo foi encarado em alto astral!

No caminho de volta paramos novamente no mirante para algumas fotos e um pequeno descanso.

Seguimos a trilha até voltarmos à Rodovia e pegarmos o ônibus para a Estação de Rio Grande da Serra.

Mesmo sendo uma trilha de última hora, foi bom demais!

Bom, é isso aí pessoal!

Até a próxima trilha!

(Mesmo que seja marcada em cima da hora).