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Aqui você saberá, quando, onde e quem, participou de nossas aventuras e trilhas. Sempre a procura de novos amigos e companheiros com disposição para aventuras e curtir a natureza. Participem do nosso Blog. SEJAM BEM VINDOS!

30 dezembro 2014

Fotos do Calendário 2015

JANEIRO
 FEVEREIRO
 MARÇO
 ABRIL
 MAIO
 JUNHO
 JULHO
 AGOSTO
 SETEMBRO
 OUTUBRO
 NOVEMBRO
 DEZEMBRO

10 dezembro 2014

Confraternizações Ação Natural Trilheiros

Dia 03/12  Confraternizamos com o pessoal que faz a Rota Franciscana.


Dia 10/12 Confraternizamos com todos participantes do Grupo Ação Natural Trilheiros. Bom pelo menos com todos que compareceram né!


Tudo é um bom motivo para aproveitar o tempo com essa Família chamada Ação Natural Trilheiros!

Foi muito bom passar esse ano com vocês! 

Fizemos novos amigos, percorremos novas e antigas trilhas, caminhamos pacas na rota, rimos, brincamos e nos divertimos muito!!!!

Foi sensacional!

Valeu galera!

Acabou 2014, mas 2015 promete!

Preparem-se!

06 dezembro 2014

Trilha Cachoeira da Fumaça – Paranapiacaba

Dia 6, reunimos o pessoal para mais uma trilha, a última programada pelo grupo nesse ano.

Chegamos cedo a Rio Grande da Serra e logo fomos para o ponto de ônibus tradicional dos trilheiros e aventureiros de Paranapiacaba, mas antes realizamos a entrega do Troféu Reconhecimento. Esse troféu foi uma ideia que surgiu para prestigiar o amigo que mais participou das trilhas organizadas pelo Grupo Ação Natural Trilheiros e esse ano foi o Marcos Tsuda com 98% de presença nas trilhas marcadas.

Parabéns, Marcos Tsuda! Obrigado pela parceria e companheirismo o ano todo! Você é o Cara!


Depois da entrega, pegamos o ônibus e seguimos para o início da trilha.

Tinha chovido na noite anterior e não deu outra, tinha mais barro e lama na trilha do que das outras vezes que estivemos por lá e isso aumentou bastante o desafio de ficar em pé ou não atolar na lama.

O caminho foi tranquilo como sempre. Passamos por corredeiras e pequenas piscinas naturais. Subimos e descemos os barrancos no meio da mata e cruzamos o rio por diversas vezes acompanhando a trilha.

O dia estava um pouco nublado, mas muito agradável, só dificultou um pouco a vista do alto do Mirante de onde se vê toda entrada do Porto de Santos, as montanhas da serra e parte de Cubatão.

Seguimos em frente e chegamos ao cume da Cachoeira da Fumaça. Enquanto alguns ficaram tomando lanche por lá o restante do grupo desceu até a base da cachoeira.


A trilha é bem íngreme e escorregadia proporcionando boas risadas em cada escorregão.

Já lá embaixo, tomamos aquele banho revigorante e contemplamos mais uma vez a beleza daquela cachoeira. Arrisco-me a dizer que é uma das mais bonitas da região.

Um dos melhores momentos da trilha foi cantar “Parabéns Pra Você”, para duas aniversariantes que estavam na trilha: Val e Fabiana. Foi muito divertido e inesquecível cantar parabéns para vocês embaixo da cachoeira! Felicidades meninas!

Depois de revigorados, encaramos toda a subida até o cume novamente e nos juntamos com todos que não desceram.

Mais uma pausa para o lanche e refizemos todo o caminho de volta. Encarando toda aquela lama e barro novamente.

Foi mais um dia divertido como todos os outros quando nosso grupo se reúne.


Valeu pessoal! Mais um ano termina e nosso saldo continua positivo!

No decorrer do ano fizemos novos amigos que certamente ficarão presentes por uma vida inteira, conhecemos novos caminhos e destinos.

Caminhamos por muitas terras e cidades.

Conhecemos muitas culturas e vivemos muitas histórias. E isso não tem preço e ninguém rouba da gente!

Parabéns a todos por mais um ano de aventuras!

Que venha 2015 com muito mais!

Até a próxima pessoal! 

29 novembro 2014

15º Etapa Rota Franciscana – Rota Sabedoria

Dia 29 retomamos nossa rota em Aparecida ao lado da Basílica e seguimos em frente para mais um trecho rumo a Pindamonhangaba passando por Roseira.

Começamos a caminhada cedo e logo em seguida paramos no Mirante das Pedras. Do Mirante avistamos o Porto Itaguaçu e parte do Rio Paraíba do Sul.

Voltamos à caminhada e não demorou muito para chegarmos ao Porto Itaguaçu. O Porto foi criado no local onde os pescadores encontraram a imagem em 1717. Embarcamos na Balsa e navegamos pelos pontos, que segundo a história, indicam os lugares exatos onde encontraram a imagem sem a cabeça e mais abaixo do rio onde resgataram a cabeça da santa.

Passamos ainda pela Capela de São Geraldo de 1926 que compõe o conjunto arquitetônico religioso do Porto de Itaguaçu, local onde foi construído o primeiro oratório da imagem.

Continuamos a caminhada rumo à cidade de Roseira.


O povoado que deu origem ao município de Roseira surgiu em torno da Capela Nossa Senhora do Rosário, hoje Nossa Senhora da Piedade, por volta do século XVIII às margens do Caminho Real. Entre 1780 e 1840 o município foi um centro produtor e exportador de açúcar, aguardente, milho, feijão, arroz, mandioca e fumo. A partir de 1840 os engenhos deram lugar às fazendas de café e em 1920, à pecuária leiteira. Em 1877 foi inaugurada a Estação Ferroviária e com ela nascia à cidade. Em 1963 foi criado o município de Roseira.

A origem do nome da cidade deriva do Bairro Roseira. Segundo a tradição o nome Roseira vem das rosas silvestres de cor branca brava e da rosinha trepadeira denominada “mariquinha”, encontradas às margens do Caminho Real.

Roseira é uma cidade bem pacata e pequena do interior Paulista. Chega a ser gostoso ouvir aquele sotaque caipira dos moradores da cidade.

Assim que chegamos à cidade tivemos que aguardar a liberação da ponte por causa de um acidente que fechou a entrada. Após a perícia liberar o caminho, seguimos para o pórtico na Praça Sant’Ana ao lado da Igreja Matriz.


Registramos nossa passagem e fomos conhecer a Igreja da cidade. A Matriz foi construída em 1878. Sua construção se deve ao Major Victoriano de Barros que ofereceu suas terras para a construção da Estação Ferroviária Central e prometeu que construiria uma Igreja no entorno da estação.

Fomos conhecer a Estação de Roseira, mas precisava de autorização para tal. Cinco minutinhos de conversa com o pessoal e conseguimos a liberação da empresa logística que administra a Estação para podermos conhecê-la e fotografá-la.

Outro destaque é a Rua Major Victoriano por suas quatro estátuas simbolizando as estações do ano confeccionadas pelo artista Djalma Leite e patrocinadas pela Usina Vigor e pela Cooperativa de Laticínios de Roseira.

Atravessamos a cidade e seguimos para a rodovia em direção ao próximo pórtico em Pindamonhangaba.

No caminho passamos por muitos sítios, fazendas e entradas de indústrias, tendo sempre do lado esquerdo a movimentada Rodovia Presidente Dutra e do lado direito as montanhas da Serra da Mantiqueira com seu visual de encantar os olhos.


Enfim, saímos da área rural e adentramos na cidade pelos bairros afastados do centro. O movimento ia crescendo à medida que chegávamos mais próximos do pórtico.

Chegamos à Praça Monsenhor Marcondes e registramos nossa passagem no segundo pórtico já com o Sol baixo anunciando o final de mais um dia de caminhada.

Tivemos um bom dia de caminhada, o Sol não estava tão forte, mas foi o suficiente para judiar um pouco do corpo com o mormaço fazendo os caminhantes se hidratar o tempo todo.

Finalizamos nossa caminhada com aquela bebida gelada no único lugar que conseguimos achar aberto no caminho, embora não tivesse a tradicional escurinha!

Não preciso dizer que foi mais uma caminhada descontraída e animada. Como sempre, com esse grupo não tem mau tempo!

Valeu pessoal! Mais um ano de nossas longas caminhadas terminaram. Que venham as caminhadas de 2015!

Caminhantes: Alexandre, Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Rosangela e Wilma.

Até a próxima pessoal!

20 novembro 2014

Trilha da Ferradura – Paranapiacaba

Tem coisa melhor que juntar um bando de doidos e ir para Paranapiacaba fazer uma das trilhas mais difíceis que tem por lá?

Pleno feriado da Consciência Negra, em vez de ficar em casa mofando, juntamos a turma e seguimos para mais uma aventura.

Chegamos cedo por lá e não demorou muito e o nosso pequeno grupo já estava na mata iniciando a trilha pelo caminho que leva ao Lago de Cristal e à Cachoeira Escondida. O percurso nesse trecho é relativamente fácil sem exigir muito esforço físico, mas tem bastante lama como na entrada da Cachoeira da Fumaça. Como dizem: “quem está na trilha é pra se sujar!” Não é?


Passamos pelos tubos de concreto, uma das referências da trilha e logo chegamos ao Lago de Cristal. Mais uns metros barranco abaixo virando à direita, e pronto, chegamos à Cachoeira Escondida. Essa cachoeira é pouco frequentada talvez pelo desnível entre ela e o Lago de Cristal, exigindo do aventureiro um pouco mais de esforço.

Foi nosso primeiro ponto de parada. Não tem como ir a uma cachoeira como aquela e não ficar alguns momentos por lá curtindo o visual ou embaixo dela.

Seguindo em frente, descemos as pedras rumo ao Vale da Morte e à Garganta do Diabo, nomes bem sugestivos para o caminho.

Foi um caminho difícil com pedras de todos os tamanhos e formatos, não é exagero dizer que é o trecho mais “punk” da trilha. Foi um dos mais difíceis que já percorri em uma trilha. Ora desviando de um lado para outro cruzando o rio aqui e ali para achar o melhor caminho, ora escalando as pedras e fazendo contorcionismo para escolher um melhor trecho. Haja pernas!


Enfim chegamos ao Vale da Morte. Eita lugar bonito! Certamente não merecia esse nome.

Em cima de uma pequena cachoeira na entrada do Vale da Morte pudemos avistar a trilha que desce a Cachoeira da Fumaça. O rio vem descendo e criando outras duas cachoeiras menores seguindo pela encosta da montanha até se juntar no vale com as águas que descem do Lago de Cristal e da Cachoeira Escondida escorrendo para a Garganta do Diabo. Mesmo fotografando aquela imagem não dá para descrevê-la com a perfeição que merece. É simplesmente magnífica!

Pensamos em seguir para a Garganta do Diabo que estava a cerca de 600 m de onde estávamos. Seriam 1.200 m ao todo por cima de mais pedras, mas a hora não permitiria nossa ida e retorno antes que anoitecesse. Já que não iríamos acampar na região seria arriscado demais ter que sair da trilha somente com as luzes das lanternas.

Pegamos o caminho para o topo da Cachoeira da Fumaça e lá fomos nós. Subida e mais subida, quando você pensa que naquela curva ao lado daquela árvore vai ser mais tranquilo, engano seu! Tem mais subida pela frente. Escadas naturais feitas de raízes ajudavam na escalada, as forças das pernas já tinham sumido há tempos e meio que você vai em frente numa espécie de piloto automático esperando que aquele perrengue termine logo.


Até que finalmente chegamos ao topo da Cachoeira da Fumaça. A sensação foi uma mistura de alívio e conquista. Fazer essa trilha foi um verdadeiro teste de resistência, foi bem mais puxado que imaginamos, e claro que mais um banho de cachoeira foi muito bom para recarregar as energias. Fazer uma hidromassagem natural nas pernas depois de tudo que enfrentamos, não tem preço!

Faltavam mais ou menos 4 km para voltar ao início da trilha, então seguimos amassando barro e pisando em muita lama até a saída na Rodovia.

Vale pequeno desabafo. Eu não me conformo como tantas pessoas que vão para a mata fazer as trilhas e dizem: “que curtem a natureza”, conseguem deixar tanto lixo no caminho. É no mínimo revoltante. Poxa, se a pessoa é capaz de levar uma lata, um pacote de salgadinho ou bolacha cheio e pesado o caminho todo, por que o infeliz não é capaz de trazer de volta a lata, garrafa e o saquinho que envolvia o lanche vazios? Falta muita cultura e educação em todo lugar. Definitivamente essas pessoas não podem ser chamadas de trilheiros, não mesmo!

Por fim, terminamos! Foram aproximadamente 10 horas de trilha com muitas cachoeiras, muitas pedras no caminho, subidas quase intermináveis, escalaminhadas e o melhor de tudo é que sobrevivemos!

Há! É claro que eu volto!

Valeu pessoal pela disposição! (bota disposição nisso).

Até a próxima!

15 novembro 2014

Trilha da Cachoeira da Pedra Furada

Feriadão em pleno sábado de trilha.

Juntamos a galera e seguimos para Biritiba Mirim, divisa com Bertioga para fazermos mais uma trilha.

Chegamos cedo ao ponto de encontro e lá fomos nós. Caminhamos pela Rodovia por 3,5 km até a entrada da trilha. O dia parecia firme e estava muito bom para caminhada, sem sol forte e sem chuva.


Entramos na trilha e percebemos que havia chovido na noite anterior. Embora o caminho estivesse encharcado, a trilha não estava escorregadia. Seguimos mata adentro rumo a uma das mais belas cachoeiras que eu conheço. Não por ser grande, porque de fato não é! Mas pela sua singularidade. O rio vem em seu leito normal e seria natural passar por cima das pedras e fazer a cachoeira, porém a corredeira do rio escorre por entre as pedras como se fosse um ralo gigante e no meio das pedras a dois metros de acabar o paredão a água ressurge fazendo uma cachoeira sem igual.


É simplesmente mágico!

Ficamos lá alguns momentos tomando banho nas águas escuras do rio, trocando ideias e admirando o visual.

Fizemos o caminho inverso para a volta e no meio do percurso começou um temporal. Foi muita chuva na trilha e na rodovia até voltarmos ao ponto de encontro inicial.


Foi um dia que vale ser repetido, com muito entusiasmo e muita diversão o tempo todo! Rimos muito e aproveitamos bem!

Valeu pessoal pela presença em mais uma trilha!

Em breve teremos outras!


Até a próxima!

01 novembro 2014

14ª Etapa Rota Franciscana – Rota Sabedoria

Dia 01 de novembro começamos a última rota que falta para concluir todo Programa da Rota Franciscana – Frei Galvão. Seguimos para Guaratinguetá que sempre foi o destino final das rotas: Alegria, Conhecimento, Equilíbrio e Esperança para começarmos a rota Sabedoria.

Chegamos a Guaratinguetá bem cedo, tomamos nosso café por lá e registramos pela última vez nossos cartões no pórtico da Praça Santo Antônio ao lado da linda Catedral da cidade.

Guaratinguetá: palavra de origem Tupi Guarani – GUARÁ=GARÇA, TINGA=BRANCA, ETA=MUITO, que significa “MUITAS GARÇAS BRANCAS”.


A igreja foi o marco inicial da cidade construída em 1630 em pau-a-pique e coberta de sapé. Em 1651 o povoado é elevado a Vila. No século XVIII a cidade se destaca como uma das principais vilas da Capitania do Vale do Paraíba. Em 1739 nasce Frei Galvão canonizado em 2007. No século XIX atingiu o apogeu do período do café. Em 1844 foi elevada a categoria de cidade. Hoje o desenvolvimento turístico atrai turistas de todos os seguimentos: religioso, rural, industrial e comercial. Podemos aproveitar as belezas das encostas da Serra da Mantiqueira, a vida rural até o caminho do mar, bem como a arquitetura e cultura que fundem o passado e o presente quando passamos pelos casarões antigos ao longo da cidade.

Visitamos a Catedral pela última vez com o grupo na rota e seguimos mais uma vez para a Casa do Frei Galvão, local de seu nascimento. A casa possui relíquias e quadros, imagens e pequenos pertences que mostram a história do primeiro santo brasileiro. Bem ao lado da casa do Frei Galvão está o Solar Rangel de Camargo que não é aberto para visitação, infelizmente. A casa foi erguida em 1886 em taipa e pau-a-pique e atualmente é habitada pela sexta geração de descendentes do Capitão João Baptista Rangel. O local centralizou a política oposicionista durante a Revolução de 1932 e foi ocupada por tropas constitucionalistas e federais. Ainda guarda mobiliário e documentos do império e da Primeira República. Seguimos em frente e passamos pelo Museu Histórico e Pedagógico Conselheiro Rodrigues Alves, prédio que foi moradia do próprio Conselheiro em 1891 e em 1932 sediou a Cruz Vermelha e tropas federais. Também estava fechado. Durante a caminhada passamos pela Estação da Estrada de Ferro de Guaratinguetá construída em 1914 em estilo inglês. A estação foi escolhida como uma das sete maravilhas da cidade. Ainda passamos em frente à Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves considerada um Monumento Histórico de 1902.


A caminhada foi a mais curta se comparada com os outros trechos de todas as rotas do programa, mas foi sem dúvida a mais exaustiva de todas. O sol estava com toda a força sobre nossas cabeças, estávamos sendo fritados por ele e cozinhados com o calor que subia do asfalto, nem as sombras das casas e das poucas árvores no caminho aliviaram a situação, nossas forças e ânimos foram drenados nesse pequeno trecho. Foi sofrido.

Enfim chegamos a Aparecida.

A história da cidade está ligada diretamente a imagem de Nossa Senhora da Conceição que em 1717 apareceu no Rio Paraíba do Sul. Os milagres atribuídos à imagem levaram a construção de uma capela em 1745. Com o desenvolvimento da localidade, em 1842 foi criada a freguesia subordinada a Guaratinguetá que em 1928 finalmente se desmembrou e em 1959 foi emancipada. O número crescente de fiéis implicou na construção de um templo maior em 1888, hoje ela é conhecida como Basílica Velha.


Já na chegada a cidade, passamos pela Estação Ferroviária que hoje é o Espaço Cultural, mas estava fechado. Seguindo em frente, passamos pela Igreja de São Benedito, palco de festas tradicionais e religiosas do Vale do Paraíba. Subimos em direção ao segundo pórtico do dia localizado em frente à Basílica Velha. Registramos nossa passagem por lá, entramos na igreja por alguns momentos saindo do sol que continuava castigando nossos corpos. Cada sombra ou local coberto durante o percurso era mais que bem-vindo e disputado.

Logo em seguida entramos no Memorial Redentorista. O memorial abriga um pequeno museu, a Capela Memorial Redentorista e outra Capela em homenagem ao Padre Vitor conhecido como Apóstolo do Rádio.

Seguimos para a passarela que liga a Basílica Velha à Basílica nova de Nossa Senhora Aparecida, também conhecida como Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Este é o segundo maior templo católico do mundo, menor apenas que a Basílica de São Pedro no Vaticano.

Dentro da Basílica nova, passamos pela Sala das Velas e subimos na Torre com vista panorâmica de 360 graus de toda região. Lá de cima avistamos toda a cidade de Aparecida, parte de Guaratinguetá, o vale do rio Paraíba do Sul, Central de Apoio ao Turista, o Mirante, o Cruzeiro, as torres da Basílica Velha, o longo tapete de barracas da feira de artesanato e as montanhas da Serra da Mantiqueira.

O sol não deu trégua em momento algum, posso dizer que foi um teste de resistência. O dia de fato estava muito lindo para fazer as fotos, mas estava difícil ficar andando embaixo daquela quentura toda.

Um dos melhores momentos do dia foi o lanche trazido pela Wilma. Show, Wilma! Você precisa ir mais vezes!

Alguns membros do nosso grupo ainda subiram ao Cruzeiro de teleférico. Então o tempo virou, começou uma chuva de raios e trovões. O vento forte levantava nuvens de poeira gigantescas no Mirante ao lado do Cruzeiro fazendo com que fosse interrompido temporariamente o funcionamento do teleférico preservando a segurança dos passageiros. Só depois de algumas horas nossos amigos conseguiram retornar para a base. Reunimos o grupo e lá fomos nós procurar um local para tomar um lanche e recarregar as energias para encarar a volta para casa embaixo de muita chuva.

Apesar do desgaste físico, concluímos mais um trecho da rota. Como sempre dizemos: cada rota tem sua própria história para ser lembrada e esta certamente não será esquecida!

Valeu pessoal por mais um dia juntos! Estamos chegando ao final, falta pouco agora!

Até a próxima!

Caminhantes: Alexandre, Andrea, Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Marilice, no apoio Mônica Gavarron e Wilma Custódio.

27 setembro 2014

Trilha das Sete Praias e Ruínas da Lagoinha em Ubatuba

Nada como começar o dia reunindo a turma para fazer mais uma trilha. Posso dizer que essa trilha é uma das mais bonitas do litoral norte paulista e tinha tudo para ser perfeito, mas algo muito chato aconteceu e quebrou o clima logo cedo. As 6:00 da manhã dois amigos de trilha foram surpreendidos por um arrastão realizado por três motoqueiros logo que saíram da estação do metrô ao lado do nosso ponto de encontro. Ainda bem que só levaram bens materiais, graças a Deus nada foi feito contra a integridade física deles. Isso é no mínimo revoltante! Hoje não temos liberdade ou segurança alguma, somos reféns de dois tipos de bandidos: os armados e os que sentam atrás das mesas em plenários lavando as mãos como se não pudessem fazer nada pelo povo. Vivo em um país lindo, mas tenho muita vergonha de ser brasileiro.



Depois do susto e momentos de revolta, juntamos o grupo no ônibus contratado e seguimos para a trilha.

Depois de algumas horas na estrada, começamos nossa trilha seguindo para as Ruínas da Lagoinha. Uma construção do século XIX conhecida como Solar do Capitão Romualdo e que era sede da fazenda produtora de café e cana-de- açúcar. Foi construída com argila, areia da praia com conchas, pedras e óleo de baleia. Foi uma das primeiras casas que tinham janelas que abriam para fora mostrando os vidros, o que era muito raro na época. Segundo a história, o Capitão Romualdo e sua esposa não tiveram filhos, tinham muitos escravos e os tratavam com respeito. O casal tinha o hábito de deixar seus escravos sentarem à mesa com eles durante as refeições. Com a abolição da escravatura pela Lei Áurea os escravos não foram embora por gratidão, mas após a morte do Capitão a sua esposa enlouqueceu e foi internada. Como a fazenda não tinha herdeiros, caiu no esquecimento. Outra ruína que visitamos foi a da primeira Fábrica de Vidros do Brasil. A Fábrica pertencia ao Capitão Romualdo e sua intenção era produzir vidros e garrafas para sua cachaçaria e abastecer a grande procura por vidros na região, mas foi impedido de construir já que na época todas as garrafas e vidros vinham da Europa e a distribuição era feita pela Coroa Portuguesa.



Após visitar as Ruínas, seguimos para Praia da Lagoinha e iniciamos a trilha rumo à Praia Fortaleza. Pelo caminho passamos pelas praias do Oeste, Peres, Bonete, Grande Bonete, Deserta, do Cedro e finalizamos na praia Fortaleza. A maioria dessas praias não é muito frequentada, algumas completamente desertas, o que é um ótimo convite para um final de semana acampando por lá. O dia estava nublado, mas mesmo assim o visual foi de encantar os olhos. Cada praia com suas características, uma com pedras e rochas no caminho, outras com areia fofa exigindo um pouco mais das pernas na sua travessia, outras quase escondidas na encosta da montanha. Ficamos impressionados em ver algumas casas construídas no meio das montanhas e dá para imaginar a mão-de-obra que foi trazer todo aquele material de construção para um lugar sem nenhuma estrada ou rua, o único caminho era o mar.



Ao todo foram aproximadamente 13 km de caminhada do ponto de partida nas Ruínas até a Praia Fortaleza, subindo e descendo as montanhas por trilhas e praias paradisíacas. Não faltaram mergulhos ao longo do caminho. Não tinha como não aproveitar aquele mar convidando os aventureiros.

Depois da chegada em Fortaleza ainda conseguimos um prêmio extra, conversei com o nosso motorista que gentilmente aceitou meu pedido de nos levar à Gruta que Chora na praia do Lázaro, esse trecho não estava previsto e foi perfeito fechar a trilha na gruta.

Posso dizer que foi um dia ímpar com muitas emoções diferentes.

A galera sempre animada, já pensando na próxima aventura.

Obrigado a todos pela participação!


Até a próxima pessoal!

20 setembro 2014

13ª Etapa da Rota Franciscana – Conclusão da Rota Esperança

Dia 20 encerramos mais uma rota do Programa Caminha São Paulo. Dessa vez, finalizamos a Rota Esperança que liga as cidades de São Luis do Paraitinga, Lagoinha, Cunha e Guaratinguetá. Totalizando 117 km segundo o programa das rotas.

Nesse trecho retomamos a caminhada em Cunha seguindo para Guaratinguetá.


Cunha teve sua origem por volta de 1695 com a chegada de muitos aventureiros que subiam a serra com destino ao Sertão de Minas Gerais atraídos pelo ouro e pedras preciosas. Só em 1730 alguns viajantes fixaram residência na região e construíram um povoado. Em 1785 o povoado foi elevado à vila com o nome de Vila Nossa Senhora da Conceição de Cunha, em homenagem ao Governador da Província de São Paulo Capitão General Francisco da Cunha Menezes. Em 1858 com a autonomia política foi elevada à cidade e em 1883 tornou-se comarca. Em 1932 Cunha foi palco da batalha da Revolução Constitucionalista. Somente em 1993 Cunha assumiu sua identidade turística.

Logo que chegamos, passamos novamente no pórtico na Praça da Matriz e entramos na Igreja Nossa Senhora da Conceição. Considerada uma das igrejas mais bonitas do Vale do Paraíba, foi construída em 1731 em estilo barroco paulista. Após passar por cinco reformas tornou-se a Matriz. A igreja ainda possui um rico acervo de arte sacra com imagens e altares talhados em madeira.


Passamos por vários casarões do tempo dos Barões do Café e pelo Mercado Municipal da cidade.

Seguindo a rota, passamos pela Igreja do Rosário e São Benedito, mas infelizmente estava fechada.

Já saindo da cidade, percorremos por estradas rurais cortando sítios e fazendas, subindo e descendo várias montanhas. O tempo todo passamos por marcos da Estrada Real com placas contando detalhes da região a cada 400 ou 800 m. Foi bem interessante andar tantos quilômetros da Estrada Real e pisar em caminhos históricos. Pena que em muitos trechos a mata estava queimada, aparentemente houve um grande incêndio na serra entre Cunha e Guaratinguetá. Felizmente a natureza já está mostrando sua força substituindo as cinzas do queimado por mato verde.


Foi uma caminhada longa. Em determinado trecho tínhamos que caminhar pela Rodovia. Avaliando os riscos de andar na estrada sem acostamento, percorremos esse pequeno trecho no carro de apoio, preservando a integridade física do grupo.

Já quase na divisa entre as cidades de Cunha e Guaratinguetá entramos no Mosteiro e Capela de Santo Expedito.

Seguimos por mais estradas que iam cortando as montanhas. O céu ficou carregado com nuvens de chuvas anunciando que iria cair muita água. Não demorou muito e começou a chuva, bem-vinda chuva! Como não passamos por nenhuma cachoeira nesse trecho deixamos a chuva fazer a nossa alegria! Caminhamos cerca de 3 horas embaixo dela. Como foi bom! Já fazia muito tempo que não chovia e não tinha como não aproveitar esse banho de chuva.

Paramos no Bar do Jeferson no caminho para dar aquela merecida hidratada sabendo que ainda tínhamos 9 km de caminhada até Guaratinguetá para finalizar a rota.

Esses últimos quilômetros foram pela Rodovia até a entrada da cidade.

Já era noite alta quando chegamos ao pórtico de Guaratinguetá para fechar mais uma rota.

Agora falta apenas uma rota para terminar todo o programa da Rota Franciscana. Com certeza não falta ânimo para essa turma!

Parabéns a todos! Mais uma rota concluída com sucesso e muita energia positiva!

Bora pra próxima etapa finalizar a Rota Franciscana!

Caminhantes: Alexandre, Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda e Seu Carlos.

30 agosto 2014

12ª Etapa - Rota Franciscana - Rota Esperança

Continuando a Rota da Esperança, dessa vez de Lagoinha a Cunha. Esse foi o trecho mais longo do percurso, ao todo foram 41 km.

Lagoinha está situada entre São Luiz do Paraitinga e Cunha no Vale do Paraíba. Sua origem não é diferente de muitas outras cidades. Ela nasceu à margem do caminho dos tropeiros que transportavam café da região para o Porto de Ubatuba. Na época era comum todo pouso de tropeiros ficar às margens de rios ou córregos. O nome Lagoinha foi dado porque nesse trecho o pouso da tropa ficava localizado ao lado de uma pequena lagoa. Segundo a história, localizava-se sob o atual Mercado Municipal. Sua fundação está ligada à construção da Capela de Nossa Senhora da Conceição em 1863. O povoado cresceu e foi elevado à Vila em 1880. Tornou-se município pela primeira vez em 1900, mas devido à crise econômica e a baixa população voltou à condição de Distrito em 1934 e somente em 1953 voltou a ser município novamente. Com o fim do ciclo cafeeiro o município passou a viver da agricultura e pecuária. Lagoinha ainda preserva várias características do tempo do café, como alguns casarões, a Festa do Divino Espírito Santo e a cultura caipira.


Logo que chegamos a Lagoinha, passamos pelo Cristo na entrada da cidade que parecida dar boas vindas de braços abertos para o visitante. Descemos para a Praça da Matriz, registramos nossa passagem no pórtico e ainda conhecemos a Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Lagoinha, subimos no Cruzeiro da cidade onde tivemos uma vista privilegiada.

Seguimos nosso caminho pelas estradas rurais, passando por sítios e fazendas com muitas montanhas a nossa volta e a serra do mar ao longe. A vista era de encantar os olhos a cada curva.


Durante o trajeto vimos alguns sítios fechados e vários animais desesperados por comida. A falta de chuva acabando com o pasto e os animais abandonados à própria sorte. Deu dó dos bichos.

Nesse trecho ouvimos muitos cantos diferentes de pássaros. Em alguns momentos parecia uma sinfonia com várias espécies cantando ao mesmo tempo. Ouvimos as maritacas, gaviões, quero-quero, tesourinhas, joão-de-barro, seriemas, corujas, pombas, periquitos, sabiás, canários... Enfim, foi bom demais ouvir tudo aquilo.


Outro momento interessante foi quando passamos por um campo onde um avião monomotor com problemas mecânicos fez um pouso forçado em julho de 1924. Ele transportava uma bomba com 3 quilos de dinamite e 50 mil panfletos com a intenção de bombardear o Palácio do Catete e convocar os cariocas para a Revolução de 1924.



O caminho todo estava bem sinalizado e foi um trecho muito fácil de percorrer com poucas, mas boas subidas. Mas no geral era quase tudo plano.

Posso dizer que o melhor momento da caminhada foi quando achamos uma cachoeira no caminho. Foi sensacional! O sol estava forte, o ar estava muito seco, só um banho de cachoeira para revigorar e recarregar as energias. Depois do banho e com baterias recarregadas voltamos à caminhada rumo ao final do trecho.

O sol já estava se pondo quando saímos de uma estrada rural e entramos na rodovia já perto de chegar ao destino final. Agora faltavam apenas 2,5 km para chegar a Cunha, mas esses últimos quilômetros, podemos dizer que foram os mais difíceis. Depois de uma longa caminhada pegar uma subida íngreme já quase sem forças nas pernas, foi bem difícil, mas encaramos!


Entramos em Cunha já à noite, passamos no pórtico para registrar nossa passagem e fomos atrás de um bom lugar para recarregar as energias.

Depois do “pequeno grande” lanche, voltamos para casa, já programando nosso retorno para concluir a Rota da Esperança!

Não preciso dizer que foi bom demais! A turma toda caminhando e rindo o tempo todo, mesmo nas horas onde bateu o cansaço.

Valeu pessoal pela disposição e pela companhia!

Até a próxima!


Caminhantes, Alexandre, Andréia, Argeu, Cláudio, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Marilice, Rafael e Seu Carlos.

17 agosto 2014

Trilha Raiz da Serra – Paranapiacaba

Programamos essa trilha com antecedência, mas durante a semana o tempo ficou fechado, ora chovia, ora fazia sol e assim foi nos três dias que antecederam a trilha. Chegamos até a cogitar remarca-la, mas mantivemos a data. Já tínhamos reservado o ônibus para nos trazer de volta. Posso dizer que foi um festival de previsões do tempo. Acho que nem a mãe Dinah teria tantas previsões assim. Todas elas diziam que choveria, uma com mais de 25 mm, outra com 2 mm de chuva, entre outras tantas com raios e trovoadas, outras apenas uma garoa e névoa. Foi meio tenso ter tantas previsões assim. No final não caiu chuva nenhuma para a alegria geral.


Essa trilha se inicia em Paranapiacaba e desce até Cubatão. Ao todo foram 15,6 km de mata fechada, mirantes, corredeiras, barrancos, alguns abismos, pedras escorregadias e vários quilômetros caminhados por dentro do Rio Mogi.

Originalmente essa trilha era conhecida como Trilha dos Tupiniquins com alguns registros históricos datados de 1528. Começava em São Vicente percorrendo as margens do Rio Mogi até Paranapiacaba. Ao longo dos séculos foi trocando de nome e hoje é conhecida como Trilha Raiz da Serra do Mar. Algumas referências históricas dizem que essa é a primeira trilha utilizada pelos europeus em São Paulo e foi o único meio de ligação entre o litoral e o planalto paulista.


A Trilha dos Tupiniquins passava pelo território dos Tamoios que eram inimigos dos portugueses e dos tupiniquins o que deixava o caminho muito perigoso. Em 1560 o Padre Anchieta abriu uma nova trilha paralela na serra. Séculos mais tarde os ingleses a utilizaram para construir a primeira ferrovia de São Paulo. Hoje o Parque Estadual Serra do Mar protege um pequeno trecho original dessa trilha.

Foi uma trilha e tanto. Em alguns trechos passamos por uma pequena parte de calçada de pedra que lembrava muito um trecho da Estrada Velha de Santos, porém bem mais estreita. Foi muito interessante passar por esse trecho, faz a gente pensar como foi dura e sofrida a vida dos escravos que transportavam cargas pesadas subindo e descendo por aquelas trilhas, e ao mesmo tempo também foi muito gratificante poder percorrer esses trechos históricos.


Essa trilha não é nada fácil e exige um bom preparo físico e resistência, mas também não é nenhum bicho de sete cabeças.

Ela pode ser dividida em três partes:

1 – trecho de mata fechada, descendo a encosta até chegar ao Rio Mogi, foram cerca de 5 km de trilha saindo de 830 m para 35 m de altitude até o leito do rio com muitos barrancos, abismos, pedras soltas e vários mirantes;

2 – trecho de caminhada por dentro do rio, foram aproximadamente 6 km de pedras lisas, correnteza e muitos escorregões até a estação de trem abandonada dentro da COSIPA;

3 – finalizando em 4 m de altitude do nível do mar e mais uns 4 km de caminhada entre a estação abandonada e a saída da COSIPA onde pegamos nosso ônibus para voltar à Paranapiacaba.


Ao todo foram 12 horas de caminhada, respeitando o limite de cada participante e a segurança do grupo. Fizemos algumas paradas no caminho para descansar e relaxar nos poços criados pelo rio. Parecia até que foram criados como pontos de paradas estratégicas, o que era muito convidativo para alguns mergulhos e para recarregar as energias.

Foi uma travessia daquelas que vale cada metro andado na trilha. Ressalto o empenho do grupo que em todo tempo foi participativo ajudando um ao outro nos momentos mais difíceis e a experiência e o companheirismo do Ricardo e da Flavia que foram fundamentais desde que surgiu a ideia de fazer essa trilha até a sua conclusão.

Claro que não podemos deixar de agradecer ao nosso motorista Alex que além de nos trazer de volta em segurança ainda trouxe uma revigorante caixa cheia de cervejas, sucos, energéticos, água, refrigerantes, enfim... Valeu Alex!

Agora é se preparar para a próxima aventura.

Obrigado a todos que participaram e aos novos amigos que fizeram a primeira trilha com o Grupo Ação Natural Trilheiros, bem-vindos sempre!

Até a próxima!