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Aqui você saberá, quando, onde e quem, participou de nossas aventuras e trilhas. Sempre a procura de novos amigos e companheiros com disposição para aventuras e curtir a natureza. Participem do nosso Blog. SEJAM BEM VINDOS!

15 fevereiro 2014

Trilha da Cachoeira da Pedra Furada

Como é bom descrever essa situação no primeiro parágrafo.

Fomos convidados para a trilha da Cachoeira da Pedra Furada em Biritiba Mirim divisa com Bertioga no dia 15, mas com o crescente número de pessoas procurando por uma alternativa de entretenimento ecológico a quantidade de pessoas interessadas superou as expectativas dos organizadores do evento. Visando a segurança do grupo a trilha foi desmarcada e o pessoal dividido em grupos menores com datas alternativas. Parabenizo a todos os envolvidos por se preocuparem com a segurança de todos. Precisamos de mais gente com essa consciência!

Para não ficarmos sem fazer a trilha, nosso amigo Ricardo se dispôs a levar nossa turma. Obrigado Ricardo, valeu pela disposição!

Galera reunida e lá fomos nós.


Quando estávamos chegando à entrada da trilha, pararam dois ônibus e desceram aproximadamente 50 pessoas para fazer o mesmo trajeto. Cogitamos outra trilha, já que aquela estava bem concorrida, mas o guia do grupo que estava no ônibus foi gentil com a nossa turma e nos deixou ir à frente já que o nosso grupo era bem menor.

Entramos na trilha rumo à Cachoeira da Pedra Furada, mas para ser sincero deveria se chamar trilha da Jararaca. Mal começamos a trilha e lá estava uma pequena cobrinha no meio do caminho como se estivesse cobrando pedágio na passagem. Imóvel, parecia que queria ser fotografada por todos que passassem por ela.

Tocamos a criatura para o mato evitando que os próximos trilheiros não fossem atacados ou pisassem nela e seguimos em frente.


Quando chegamos à cachoeira, pudemos contemplar uma obra de arte esculpida pela natureza. O rio chega até a borda das rochas e desce entre as pedras como se estivesse entrando em um ralo gigante e sai novamente lá em baixo, fazendo um espetáculo a parte.

Como havia chovido o nível do rio subiu e a correnteza estava mais forte que o normal. Para quem curte um banho de cachoeira qualquer uma é um convite para um bom banho e lá fomos nós para a água gelada vinda da serra.

Depois de alguns minutos, começou a chegar o pessoal que estava nos ônibus e o local ficou muito lotado.
Aproveitamos quando a cachoeira estava vazia e depois seguimos nosso caminho de volta.

Na volta outra surpresa, o Ricardo viu um pássaro preso entre galhos e foi checar o que tinha acontecido com a ave e acabou tomando um susto daqueles! Enquanto observava a ave morta nos galhos, outra Jararaca estava a menos de um metro dela e quase o pegou de surpresa. Foi um susto e tanto! Por sorte e por não ter feito nenhum movimento que atiçasse a cobra, ela ficou onde estava fazendo pose para as fotos. Evitando maiores riscos, deixamos a “amiga” por lá e seguimos nossa rota de volta na trilha.


Graças a Deus não aconteceu nada.  Passado o susto, saímos da trilha e seguimos para o local onde deixamos nossos carros.

Vale o lembrete para todos que se aventuram nas matas: fiquem sempre atentos com cobras e outros animais.

Nós somos os invasores e não eles.

Não mate nenhum animal só porque ele entrou no seu caminho, desvie ou faça com que ele saia da sua frente e evite o contato sempre!

Essa foi uma trilha com muitas emoções!

E você, está preparado para a próxima aventura? 

01 fevereiro 2014

Trilha Estrada Velha de Santos

Depois de tanto tempo fechado para visitantes o Parque Estadual Serra do Mar, também conhecido como “Caminhos do Mar / Monumentos Históricos”, finalmente foi reaberto ao público no final de 2013.

Esta é uma das trilhas que consta no programa Trilhas de São Paulo desenvolvido pela Secretaria de Turismo. O passaporte em si é um guia para incentivar o turismo nos Parques Estaduais. Infelizmente, boas ideias não tem o incentivo que merecem. O programa é excelente, mas a execução uma droga.

Ninguém consegue encontrar os passaportes nos parques ou no site do programa. Resumindo: não existem mais passaportes. Já ouvimos por diversas vezes que lançariam um novo passaporte com outras trilhas, mas essa é outra ideia que ficou perdida. Sem contar que em alguns parques o tratamento ao turista deixa a desejar. O abandono, a falta de manutenção e de pessoas qualificadas para atender o turista é de causar revolta.

Pior ainda quando encontramos pessoas que se acham “donas” dos parques e fazem de tudo para colocarem os turistas para fora o mais rápido possível.

Um parque da grandeza do Parque da Estrada Velha de Santos deveria ter horários estendidos para o atendimento ao público, principalmente em época de horário de verão já que os dias são mais longos. Abrir às 9:00 e fechar às 16:30, ninguém merece! Chega a ser quase inibitivo quando o turista quer percorrer todos os 18 km da Estrada Velha visitando todos os monumentos. Já passou da hora da Secretaria de Turismo rever todas essas falhas e reorganizar o programa e adaptar melhor os horários dos parques.


Bom, chega de desabafo!

Fizemos nossa reserva com antecedência, juntamos a turma na entrada do Parque em São Bernardo do Campo, recebemos nossos crachás, ouvimos as instruções do monitor e lá fomos nós!

Como nosso grupo era muito grande, deixamos que cada um seguisse no seu próprio ritmo durante o percurso.

A primeira parada foi na Casa de Visitas do Alto da Serra construída em 1926 em estilo indiano e era usada para receber visitantes durante a construção da Usina de Cubatão.

Depois de algumas fotos, seguimos para a Casa de Pedra, mais conhecida como Pouso de Paranapiacaba. Dela podemos avistar parte de Santos, Cubatão e com sorte alguns navios seguindo em direção à região portuária.

Alguns metros à frente chegamos às ruínas de uma casa construída nos anos 20 para abrigar funcionários durante a construção dos Monumentos do Caminhos do Mar. Recomendo uma parada básica para fotos!

Algumas curvas à frente temos uma visão magnífica! À frente vemos o litoral, à direita as montanhas da Serra do Mar e a Rodovia Anchieta e a esquerda o Mirante, uma torre de controle de manutenção dos dutos. Esse é um lugar para bons momentos de contemplação!


Sem perder muito tempo seguimos em frente. Descemos pelas curvas da Estrada e chegamos ao Belvedere Circular construído em 1922. Ele marca o primeiro cruzamento da Calçada do Lorena com a Estrada Caminhos do Mar. Percorremos o pequeno trecho de 200m da calçada até voltarmos para a Estrada.

A Calçada do Lorena foi construída em 1792 e restaurada em 1992. Foi o primeiro caminho pavimentado com pedras na região da Serra do Mar, ligando São Paulo ao Porto de Cubatão. O transporte das mercadorias era feito em lombos de mulas.

Parada estratégica na bica para refrescar um pouco e uma curva à frente chegamos ao Rancho da Maioridade.

Construído em 1922, o Rancho da Maioridade era utilizado como ponto de descanso durante a viagem entre Santos e São Paulo. Seu nome é uma alusão a Estrada da Maioridade de 1846, em homenagem à maioridade de D. Pedro II.

Suas paredes revestidas de azulejos contam um pouco de como eram as travessias em lombos de mulas e cavalos, o transporte de mercadorias e as viagens em carruagens, retratando a diferença entre os ricos, barões e a classe trabalhadora.


Cerca de 300 m à frente, chegamos ao Padrão do Lorena, construído em 1922 em homenagem a Bernardo José Maria de Lorena - Governador da província de São Paulo, com painéis que ilustram cenas do século XVIII.

Desse ponto até Cubatão, são curvas, curvas e mais curvas! Claro que entre uma curva e outra, mais mirantes e algumas cachoeiras no caminho.

Falando em cachoeira, quem resistiria a uma cachoeira depois de andar aproximadamente 6 km embaixo de um sol de tostar a pele? Não tinha como não aproveitar um pouquinho, ninguém é de ferro né!

Com o corpo refrescado, descemos até o Centro de Apoio ao Visitante (CAV) em Cubatão.

Parte do grupo estava lá embaixo e outra parte já estava fazendo o caminho de volta, mas para nós, os últimos do grupo, ainda faltava cruzar por todo o parque industrial e seguir para a Praça do Cruzeiro Quinhentista.

Esta praça fazia parte do parque e foi removida do seu local original para construção da Petroquímica Presidente Bernardes. Nela vemos outros painéis que retratam a chegada das Caravelas, a colonização portuguesa e a catequese dos índios. A praça é um dos cinco Monumentos Históricos do Caminhos do Mar.


Voltamos para o CAV, tomamos um lanche, recarregamos as energias e lá fomos nós para todo percurso de volta.

Descemos de 760 m para 15 m de altitude.

Quase já sem forças devido ao sol forte e a subida, chegamos à Portaria em São Bernardo do Campo.

Nos despedimos do parque já pensando em voltar outras vezes.

Espero que todos tenham gostado dessa aventura.

Conhecemos mais gente que gostam de desafios, trilhas e aventuras. Certamente nos veremos em outras oportunidades!

Foi um dia e tanto!

Até a próxima pessoal!