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17 dezembro 2017

Trilhas em Ubatuba e Ilha das Couves

Para finalizar as atividades do grupo em 2017 resolvemos fazer uma trip com algo a mais em um final de semana completo e um roteiro especial recheado de praias, rios, trilhas e até mergulho de superfície na Ilha das Couves. Para isso alugamos uma casa grande para comportar a turma toda no Sertão de Utabumirim em Ubatuba litoral norte de São Paulo.

Mas, antes de chegarmos na casa fizemos nossa parada básica na Cachoeira do Prumirim nas proximidades da Rodovia Rio-Santos. Recomendo para quem estiver passando por lá dar uma paradinha, com certeza isso não vai atrasar seu passeio, muito pelo contrário, vai agregar mais diversão e boas fotos já que o local é bonito e se estiver fazendo uma viagem tranquila, sem muita pressa, você pode dar uns tibuns antes de seguir seu caminho, mas pare nos estacionamentos próximos para evitar multas. Ficar parado ou estacionado em rodovias dá multa e até guincham seu veículo.

Já na casa e devidamente instalados, fomos conhecer as redondezas.

A casa fica bem próxima de um rio que corta a propriedade. Ideal para banhos nas corredeiras geladas que descem da montanha. O rio por ser acessado por uma pequena trilha atrás da casa sem muito esforço ou dificuldade. Seguindo pela estrada acima, chega-se à Cachoeira Pedra da Lage, era bem pertinho da casa, cerca de 500 metros e é claro que não deixamos passar essa oportunidade para se divertir né.

Enquanto a maioria do pessoal se divertia na Cachoeira Pedra da Laje, percebemos que algumas pessoas do grupo não estavam ali, então partimos atrás do pessoal para saber o que havia acontecido.

Resumindo, em vez de subirem a estrada, eles desceram. Compreensível, porque alguns metros para cima ou para baixo a estrada faz uma curva e não como tiveram contato visual com o grupo acharam que todos tinham descido para a cachoeira que fica à uns 4 km da casa e decidiram seguir por esse caminho. Eles desceram a rua e o desencontro estava feito (desencontro parte 1).

Lá fomos nós atrás deles.  Pergunta aqui e ali, se viram dois casais passando por ali, alguns viram e outros não sabiam dizer. Não sei se foi sorte deles ou azar nosso, no meio do caminho o pequeno grupo conseguiu uma carona com uma boa alma que passava por ali e se prontificou a leva-los até a Cachoeira do Tombador, foi nessa hora que ninguém viu ninguém (desencontro parte 2), ou seja, eles seguiram de carro e nós a pé (eu e o Carlinhos que se prontificou em me acompanhar, confesso que fiquei com dó dele). Mas, lá fomos nós dois de chinelo de dedo andando pelas ruas de terra, subindo e descendo seguindo as placas rumo a Cachoeira do Tombador. Detalhe, nem ele ou eu, levamos um celular ou máquina fotográfica para registrar nossa busca e a cachoeira no final da trilha, mas tudo bem o mais importante era a segurança do grupo.

Final da história. Quando voltamos cansados, quebrados e exaustos, o pessoal (todos eles) tinham acabado de chegar da Cachoeira Pedra da Lage. O grupo ainda conseguiu voltar de carona até a outra cachoeira, enquanto nós (eu e o Carlinhos) andamos uns 8 km ida e volta de chinelo debaixo de um sol maravilhoso! Ufa! Pelo menos todos estavam bem e cada um teve uma história a parte para lembrar desse dia.

A noite rolou o churrasco programado e a bagunça foi madrugada adentro. Risos, brincadeiras, minicampeonato de Truco, ou seja, não faltou diversão para ninguém.

Logo que amanheceu, tomamos aquele café “coletivão” e bora para Praia Picinguaba para embarcarmos para Ilha das Couves.

Tentamos negociar com os barqueiros um custo melhor para o grupo, já que estávamos com 20 pessoas, mas a associação não deu a mínima importância para isso, sem descontos cada um desembolsou R$ 50,00 para fazer a travessia até a ilha.

O nome das Couves, não se trata de couves (legumes) não. É que a ilha pertencia a uma família de sobrenome das Couves, só isso.

Mas, voltando a ilha propriamente dita. Ela é muito bonita, suas águas são transparentes e cristalinas, vida marinha é abundante e pode ser observada facilmente com ou sem o auxílio de um snorkel. É só tomar alguns cuidados com as Águas-vivas ou Medusas e também com os Ouriços e boa diversão. Você não vai se arrepender!

Se não souber nadar, não se preocupe, tem um pessoal na ilha sabe explorar isso, existem tendas que alugam coletes salva-vidas e snokels por hora lá.

Pode até não parecer uma crítica esse comentário e na verdade é mesmo. A beleza da ilha fica comprometida com a quantidade indiscriminada de turistas que são levados aos montes de barcos a cada minuto. Em resumo, nem tudo são flores, mais dias ou menos dias, essa ilha deixará de ser um paraíso para entrar na grande lista de lugares destruído pelo uso sem controle e mau uso humano. Não adianta, onde tem muita gente tem muito lixo e foi isso que tirou parte do brilho da ilha. A consciência humana infelizmente se resumiu a momentos de selfies só para fazer bonito nas Redes Sociais. Desculpem o desabafo, mas não tolero pessoas mal-educadas e porcas em qualquer lugar, muito menos quando se está em um ambiente que dever ser preservado.

Não vamos deixar que esse desabafo particular tire o brilho do que foi proposto e executado com grande prazer e alegria coletiva, mas fica a dica. Preserve ou não terá o que ver num futuro bem próximo!

Por fim, voltamos para casa, demos uma geral para deixar tudo como encontramos e retornamos para nossas cidades de origens.

Foi simplesmente mágico nossa estada em Ubatumirim. Teve de tudo, até os desencontros fizeram nossa aventura ficar ainda melhor. Recomendo cada passeio que fizemos e cada lugar que visitamos.  

Torço para que todos tenham a oportunidade de ter amigos como os nossos, que se comprometem com o bem-estar do próximo e cuida do meio ambiente como se fosse sua própria casa.

Valeu Ação Natural por mais um ano juntos desfrutando tantas aventuras e histórias magníficas de amizade e comprometimento!

Ano que vem tem mais!

Até a próxima!  

Cachoeira Prumirim, a Casa, o Rio e a Cachoeira Pedra da Laje


Cachoeira do Tombador e Carro da carona (ou do desencontro)

A Casa

O churrasco, o minicampeonato de truco e a bagunça

A Casa e a diversão

Indo para Ilha das Couves


Ilha das Couves


Ilha das Couves

10 dezembro 2017

Trilha Kids – Ação Natural

Criamos um evento diferente, dessa vez pensamos na inclusão de crianças e adolescentes no mundo das trilhas e aventuras com cultura e informação.

Escolhemos como primeira aventura mirim, o Museu da Energia de Salesópolis. Ele conta muito da história e trajeto do Rio Tietê. Desde sua nascente na Serra do Mar até sua Foz no Rio Paraná totalizando 1136 quilômetros percorridos pelo interior do Estado de São Paulo até a divisa com o Mato Grosso do Sul.

O Museu da Energia de Salesópolis conta com uma sala repleta de painéis fotográficos relatando a história da Usina e do Rio. Pode-se dizer que a primeira grande cachoeira do Rio Tietê está dentro da Usina. O grande volume da cachoeira faz as turbinas girarem gerando energia para boa parte da cidade e proximidades (hoje a Usina encontra-se em manutenção). Tivemos uma aula de funcionalidade da Casa de Máquinas.  Ainda nas dependências do Museu, a criançada pode brincar com aparelhos que geram energia, aguçando a curiosidade e o interesse dos pequenos. Vale a pena passar alguns momentos descontraídos e ver as descobertas feitas por eles.

Depois de conhecermos um pouco da história do Tietê, subimos no Mirante da Cachoeira ideal para fazer belas fotos lá do alto. Logo em seguida fizemos a Trilha do Zindedê. Uma trilha bem leve com aproximadamente 850 m que leva para dentro de um Bosque repleto de árvores e vegetação de Mata Atlântica.

Após a Trilha retornamos para o estacionamento e partimos para segunda parte do nosso dia.

Agora era a vez de conhecer a Nascente o Rio Tietê à alguns quilômetros do Museu.

A Nascente fica no alto da Serra do Mar ainda no município de Salesópolis. O rio nasce a 1027 metros de altitude e percorre 1136 km, como já comentamos, até desaguar no Rio Paraná. A Nascente tem uma vazão impressionante, o volume gira em torno de 3.441 L/H.

Foi interessante ver a curiosidade dos pequenos quanto a forma que a água sai entre as pedras.

Depois dessa aula sobre a Nascente do Rio mais conhecido do Estado de São Paulo, seguimos para as trilhas do entorno da Nascente. Pegamos a mais longa, a Trilha do Bosque com aproximadamente 1,07 km de trilha dando a volta pelo alto do parque.

Mas se você pensou que o roteiro estava completo com tudo isso, espere e veja que ainda tivemos tempo e ânimo para conhecer mais um local turístico de Salesópolis.

Seguimos para o Casarão do Café onde fomos recebidos pelo Sr. Norberto que abriu a casa para nos receber. Visitamos um pequeno museu particular do Casarão, vimos o Moinho D’água funcionando e ainda tomamos um banho na cachoeira que percorre a propriedade por trás do Casarão.

Sem dúvidas foi um dia muito especial.

Nosso grupo contou com a ajuda do nosso sub guia Pedro que não mediu esforços para ditar o ritmo da turma durante as trilhas, auxiliar com muita empolgação o Guia do grupo e ainda contagiar a todos com sua simpatia e carinho. Valeu Pedrão! Você é o melhor sub guia que temos no Ação Natural!

E assim encerramos nossa primeira Trilha Kids.

Até a próxima pessoal!

Mais informações sobre o Museu da Energia acesse:
Mais informações sobre a Nascente do Tietê acesse:
Mais informações sobre o Casarão do Café acesse:




02 dezembro 2017

11ª Etapa Passos dos Jesuítas – Anchieta – 2ª Edição

Dia 02 de dezembro retornamos à Guarujá para terminar o último trecho da rota na ilha.

Voltamos à entrada da Praia do Éden e seguimos pela Rodovia até chegarmos em uma trilhazinha que dá acesso à Praia do Mar Casado.

Como a maré estava bem baixa, surgiu uma oportunidade para fazermos a trilha da Ilha do Mar Casado, nem pensamos duas vezes, subimos e descemos a encosta da ilha até alcançarmos o outro lado. A trilha é tranquila, bem demarcada e exige um pouco de esforço físico, mas compensa pelo visual do outro lado.

Ficamos lá por alguns minutos, até porque a maré estava subindo e ficaria complicado para voltar caso subisse muito.

De volta a orla da Praia do Mar Casado demos alguns passos e adentramos na Praia Pernambuco onde está o Resort Jequitimar, um complexo gigante que ocupa quase a praia toda. Ele até é bonito, mas tira a graça da praia no meu ponto de vista.

Depois de uma breve pausa para o lanche, seguimos pela rodovia até a Praia Perequê onde deveria estar o pórtico para registrarmos nossa passagem. Deu pra entender né, não tem pórtico onde deveria estar instalado. (Acho que não vou mais escrever a palavra pórtico nessa rota para não gastar meus dedos nos teclados).

A partir desse ponto resolvemos fazer o trajeto de carro até as proximidades da Balsa simplesmente por questões de segurança, já que ouvimos dos moradores locais para tomarmos cuidado com os assaltos na estrada. Todo cuidado é pouco, não é?

Já ao lado da Balsa tomamos o caminho para trilha que leva até as Ruínas da Capela de Santo Antônio de Guaibê ou Ermida do Guaibê¹ construída no século XVI (1560), onde o Padre José de Anchieta catequisou alguns índios.

Seguimos em frente passando pela Armação das Baleias² rumo as ruínas do Forte São Felipe ou São Luiz³ também do século XVI (1552). Essa trilha tem alguns trechos com subidas íngremes e passagens por encostas. Depois de passar pelas ruínas do forte demos uma esticada até o Farol de Pedra na ponta da Ilha. Fizemos uma pequena pausa para fotos e retornamos a trilha até acessarmos a trilha de pedra que leva até a Prainha Branca onde finalizamos nossa caminhada.

No geral entre a caminhada e as trilhas, percorremos cerca de 19 km.

Trecho interessante, vivenciamos e aprendemos mais um pouco da história do nosso país.

Valeu galera!

Foi bom demais passar esse dia na companhia de vocês e caminhar por esses lugares fantásticos nessa última etapa de 2017.

Até a próxima etapa. 



¹ERMIDA DE SANTO ANTÔNIO DE GUAIBÊ
Suas ruínas datam de 1560 e está situada junto ao " ferry-boat" Guarujá-Bertioga. Sua denominação é a mais antiga aplicada à Ilha. Nessa Ermida (do Latim: Capela fora do povoado, pequena igreja) o Padre Anchieta teria ministrado sacramentos.

²ARMAÇÃO DAS BALEIAS
Foi a primeira indústria de extração e processamento de óleo de baleias destinado a iluminação pública e se desenvolveu durante o período colonial português.
Segundo estudos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a Armação das Baleias teve importante papel na economia da região. As baleias eram capturadas em alto-mar e arrastadas por cordas até a fábrica, onde seu óleo era extraído. Foi uma matança indiscriminada da espécie.
A construção é de 1748, na praia estreita em que Martin Afonso ergueu a paliçada* onde residiu o artilheiro alemão Hans Staden.
Sabe-se que as instalações da fábrica foram ampliadas a partir de 1754, passando a ocupar três mil metros de frente para o canal, até confinar com o mar aberto. Conforme Victor Hugo Mori, posteriormente foram incorporadas as terras denominadas São Pedro de Iporanga e Buracão, destinadas a extração de madeira.
Segundo a documentação do Instituto, a fábrica possuía residência do capelão; casas de moradia assobradadas; seis tanques de óleo para 100 baleias; engenho de frigir; casas para as amarras; lanchas; senzala para 63 escravos; cais e rampa; edificações para feitores e baleeiros; armazéns e carpintarias para confecção de tonéis, entre outras unidades.

³ FORTE DE SÃO FELIPE (FORTALEZA DE SÃO LUIZ DA ARMAÇÃO)
Erguido na Ponta da Baleia, a Nordeste da Ilha de Santo Amaro, onde primitivamente existia uma paliçada para defesa contra os ataques indígenas. Foi construído por Bráz Cubas em 1552, conforme solicitação do governador Tomé de Souza ao rei de Portugal D. João III, em virtude dos constantes ataques dos tupinambás, tamoios e franceses as regiões de Bertioga e Guarujá e reconstruída em 1765, por ordem do Governador da Capitania de São Paulo, Capitão General D. Luiz Antônio de Souza Mourão, sob a invocação de São Felipe, para defesa do Canal de Bertioga. Ali, o navegador alemão Hans Staden foi conquistado pelo exotismo dos trópicos e do seu encantamento deu origem ao relato "Estranhas Terras das Américas", um dos retratos literários mais antigos do Brasil que descreve a região leste de Guarujá. Hoje restam apenas as muralhas cujas ruínas estão tombadas pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

*Paliçada - 1. cerca feita com estacas apontadas e fincadas na terra. 2. alinhamento de estacas que serve de barreira defensiva.

Mais informações sobre as os pontos turísticos de Guarujá acessem:
http://www.geocities.ws/guaruja_1/passeios_hist.html