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20 julho 2014

Pico do Urubu

Domingo reunimos a turma para uma caminhada em Mogi das Cruzes com o objetivo de subir até o cume do Pico do Urubu.

Localizado no ponto mais alto da Serra do Itapety, o Pico do Urubu com seus 1.150 m de altitude é uma das atrações turísticas da cidade de Mogi das Cruzes atraindo praticantes de voo livre e é um local muito agradável para se passar algumas horas admirando o horizonte.

Em dias claros e com o céu limpo, podemos avistar ao longe a Serra da Cantareira e da Mantiqueira, as cidades de Suzano, Poá, Itaquaquecetuba, a Serra do Mar ao fundo e ao longe a cidade de São Paulo sumindo no horizonte.


Após sairmos da estação, seguimos por algumas ruas e avenidas, passamos pela ponte sobre o rio Tietê e chegamos à avenida que dá acesso ao Pico.

A caminhada começou por ruas planas até que começamos a subir e quase não paramos mais. Foram cerca de 7 km de subida puxada até o cume. O caminho em alguns trechos era asfaltado, em outros era de paralelepípedos e em outros era de terra.

Passamos por vários sítios no caminho e fomos ultrapassados por vários carros, motos e ciclistas que seguiam para o mesmo local que o nosso grupo.


A subida não dava trégua, a cada curva vencida vinha outra curva com mais inclinação.

Durante a subida não faltou diversão, o astral do povo estava alto. Muitas conversas descontraídas o tempo todo.

A chegada ao cume foi um misto de alegria e alivio por termos vencido a subida. Totalmente compensados pela vista a nossa frente.

Para todos os lados que você virasse para olhar era um espetáculo. O dia estava limpo e a vista podia alcançar até as montanhas e serras mais longínquas no horizonte.

Dia perfeito para fotos panorâmicas. Foi fantástico!


O local é muito frequentado por turistas de todos os lugares. Alguns acampam no cume para ver o pôr e o nascer do sol que certamente são espetáculos a se contemplar.

Pena que muitos turistas deixam seus lixos espalhados por todos os lados e alguns ainda tem o “capricho” de pichar as pedras que dão um toque especial ao cume poluindo um pouco da beleza do lugar. É uma pena que ainda temos pessoas com mentalidade tão pequena e que fazem esse estrago na natureza.

Depois de algumas horas descontraídas no cume, descemos pelo mesmo caminho até a estação de Mogi das Cruzes.

Passar o Dia do Amigo entre amigos e fazendo novos amigos, não tem preço!

Valeu pessoal pela companhia e disposição!

Até a próxima!

19 julho 2014

11ª Etapa da Rota Franciscana – Rota Esperança

Dia 19 seguimos para São Luiz do Paraitinga e demos início à penúltima rota do programa Caminha São Paulo – Rota Franciscana. Essa rota percorre São Luiz do Paraitinga, Lagoinha, Cunha e termina em Guaratinguetá.

Chegamos cedo à Praça da Igreja Matriz onde fizemos nosso registro no pórtico. Logo em seguida visitamos a Igreja São Luiz de Tolosa (Matriz), construída no século XIX. Desde os tempos da Colônia e do Império até hoje o povo se reúne na Praça da Matriz para as festas tradicionais. Alguns anos atrás ela foi totalmente destruída durante uma enchente que devastou a cidade. A Igreja foi reaberta recentemente após uma grande obra de reconstrução trazendo de volta orgulho e alegria para a cidade.


São Luiz do Paraitinga possui o maior número de casas e sobrados tombados pelo CONDEPHAAT e pelo IPHAN no Estado de São Paulo. São aproximadamente 450 imóveis e é a cidade paulista que melhor conservou o patrimônio arquitetônico, tradições, festas populares e toda cultura do passado.

Fundada em 1769 como povoação de São Luiz e Santo Antonio do Paraitinga e elevada a Vila em 1773. Em 1857 foi elevada a categoria de cidade e foi em 1873 que obteve a denominação de “Imperial Cidade de São Luiz do Paraitinga”.

Parahytinga – em Tupi-Guarani – “Águas Claras”.

Passamos ainda pela Capela Nossa Senhora das Mercês, construída no fim do século XVII. Conserva as características da época da Colônia. Também foi totalmente reconstruída após a inundação.

Seguindo a rota passamos pela Igreja do Rosário construída no final do século XIX, localizada na parte alta da cidade.


Saímos da cidade seguindo a rota rumo à Lagoinha. Encontramos muitas placas indicando o caminho e tudo parecia perfeito no início da rota, mas em uma bifurcação uma placa indicava o caminho para a direita e a rota disponibilizada no site para o GPS indicava para a esquerda. Decidimos seguir as placas, já que até o momento tudo estava muito bem sinalizado. Passamos por outra placa que indicava a necessidade de entrar por uma porteira de uma fazenda e seguimos em frente até chegarmos a um cruzamento que nos deixou sem saída. Em frente ao cruzamento existe uma placa da rota indicando para seguir em frente o que seria impossível já era mata fechada e totalmente cercada com arames farpados. Atrás da cerca de arames farpados havia uma placa informando que se tratava de uma área de propriedade particular. Para não ficarmos dando volta à toa ou corrermos riscos de caminhar em mata fechada, retornamos até o ponto onde a rota do GPS indicava e seguimos o seu caminho. Tudo indica que quem fez a rota para o GPS não foi a mesma pessoa que fez a colocação das placas nesse trecho ou pior quem colocou as placas ignorou completamente a rota traçada no GPS. Erraram feio novamente.

Percorrendo pela rota do GPS passamos por muitas fazendas. A vista é encantadora, belas paisagens, muitas montanhas, animais, pássaros e por um bom trecho caminhamos margeando o Rio Paraitinga.

No caminho passamos pela Capela do Carioca onde está uma vértebra com uma bala de fuzil do Tenente Carioca morto no local durante a Revolução Constitucionalista. Aquela região foi marcada por intensos combates. Este é um dos pequenos detalhes da caminhada que a torna muito interessante, a cada trecho sempre temos algo diferente para aprender e admirar. Assim como uma cena inusitada de um rebanho de vacas brancas em um campo de futebol com uma vaca negra entre elas, parecia um time inteiro de futebol com o juiz em campo aguardando o time das vacas malhadas que estava do outro lado da cerca chegar para começar a partida. Foi hilário!


Depois de uma longa caminhada voltamos a encontrar placas da rota indicando o trajeto como se as duas rotas (do GPS e das placas) voltassem a se encontrar em algum ponto desconhecido e continuasse o caminho como se nada tivesse acontecido.

Já no final da tarde chegamos à Cachoeira da Pedra Grande. Sem dúvida foi uma excelente parada para reabastecer as energias. Aquela cachoeira linda de aproximadamente 35 m de altura e uma queda d’água muito convidativa para um banho. Claro que não passou em branco e entramos na cachoeira! Bom, pelo menos três doidos, já que estamos no inverno e a água estava extremamente gelada.

Foi muito revigorante, posso dizer.

Depois de lancharmos no local decidimos encerrar nossa caminhada por lá mesmo.

Ainda demos uma volta por Lagoinha que estava comemorando a tradicional Festa do Divino com muita cantoria, feira de artesanatos e barracas de comes e bebes. Temos muita coisa para ver e conhecer em Lagoinha e muita história para ouvir e contar.

Até a próxima caminhada!

Caminhantes: Argeu, Alexandre, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Marcos Vinícius.
Motoristas de apoio: Seu Carlos e Mônica Gavarron

09 julho 2014

Vila de Paranapiacaba e Vila Taquarussu

Nada com aproveitar o feriado de 9 de julho com uma caminhada na Vila de Paranapiacaba!

Depois de reunir a galera no ponto de encontro lá fomos nós para mais uma caminhada descontraída cheia de cultura e história.

“Paranapiacaba” originou-se do termo Tupi que significa “lugar de onde se vê o mar”, através da junção de paranã (mar), epiak (ver) e aba (lugar).


Paranapiacaba é um distrito do município de Santo André. Surgiu como centro de controle operacional e residência para os funcionários da companhia de trens São Paulo Railway. A companhia foi inaugurada em 1867 realizando o transporte de cargas e pessoas do interior paulista para o porto de Santos.

No ano de 1898, foi erguida uma nova estação com madeira, ferro e telhas francesas trazidos da Inglaterra. Esta estação tinha como característica principal o grande relógio fabricado pela Johnny Walker Benson de Londres, que se destacava no meio da neblina muito comum na região.

Em 15 de julho de 1945, a Estação do Alto da Serra passou a ser chamada de Estação de Paranapiacaba. Em 13 de outubro de 1946 a companhia São Paulo Railway foi incorporada a União, criando-se a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí e em 1950 uni-se à Rede Ferroviária Federal.

Na vila você tem uma aula de história visitando diversos pontos turísticos como:

Museu do Funicular, com exposição de objetos de uso ferroviário, fotos e fichas funcionais de muitos ex-funcionários da ferrovia.

A Igreja de Paranapiacaba, originalmente chamada de Capela do Alto da Serra e recebeu licença quinquenal para celebração de missas pela primeira vez em 8 de agosto de 1884. Sua construção foi iniciada naquele ano.

O Museu do Castelo, localizado no alto de uma colina, com uma excelente vista privilegiada para toda a vila ferroviária, foi construída por volta de 1897 para ser a residência do engenheiro-chefe, que gerenciava o trafego de trens na subida e descida da Serra do Mar, o pátio de manobras, as oficinas e os funcionários residentes na vila.

O Antigo Mercado, construído em 1889 para abrigar um empório de secos e molhados. Posteriormente uma lanchonete. Após muitos anos fechado, foi restaurado pela prefeitura de Santo André e tornou-se um centro multicultural. Com sua posição central privilegiada, permite que os eventos realizados tenham um cenário charmoso na serra.

O Pau da Missa, o “pau da missa” é um eucalipto centenário originalmente utilizado para avisos relacionados às missas de sétimo dia. Devido a sua boa localização entre a parte alta e a parte baixa, esta árvore tornou-se um dos símbolos de Paranapiacaba, pois servia como suporte para informações da comunidade, integrando as duas partes da vila.

Passamos por ruas e casas dos antigos funcionários da ferrovia. Cada uma com característica diferente para identificar os moradores. Como as casas geminadas de quarto em madeira eram de ferroviários que possuíam famílias, construídas em madeira e cobertas por tolhas de zinco. Já as casas dos engenheiros eram casas de alto padrão, grandes e avarandadas. Foram construídas em madeira nos tempos da São Paulo Railway, com plantas baixas individualizadas, depois em alvenaria nos tempos da Rede Ferroviária Federal no mesmo padrão das plantas e as casas de solteiros eram casas conhecidas como barracos, foram construídas em madeiras. A planta dessas casas possui dormitórios, sanitários e cozinha, serviam para alojar o grande fluxo de homens solteiros da ferrovia.

Depois de passarmos pela locomotiva abandonada seguimos para a Vila Taquarussu.

É uma caminhada de aproximadamente 5 km entre a Vila de Paranapiacaba e a Vila Taquarussu, andando por estrada de terra e pedras em meio a mata atlântica, ouvindo o som da natureza misturada ao longe com os sons da Maria Fumaça levando e trazendo os turistas em uma curta viagem de apenas 5 minutos entre o Museu Funicular e a plataforma desativada da Estação de Paranapiacaba.

A Vila Taquarussu é uma vila do distrito de Quatinga, município de Mogi das Cruzes, ela foi formada por imigrantes italianos no início dos anos de 1910. Chegou a ter 30 a 40 casas, além de um pequeno empório e uma bomba de gasolina.

A vila fornecia lenha e carvão para as máquinas da companhia São Paulo Railway em Paranapiacaba. Todo material era transportado em lombo de burros e mulas sendo substituídos gradualmente por caminhões. A vila cresceu durante a Segunda Guerra Mundial, mas com a substituição das máquinas da estrada de ferro, a vila entrou em decadência. Atualmente há poucos imóveis no local, mas em excelente estado de conservação.

No centro da vila existe uma pequena capela em homenagem a Santa Luzia construída em 1945. Em frente à capela tem um coreto muito bonito e bem conservado, onde a maioria dos visitantes faz uma parada para lanchar e apreciar o local.

Depois de uma boa parada para as fotos e um pequeno descanso fizemos o caminho de volta para Paranapiacaba com mais uma parada estratégica para um bom almoço na vila.

Com a tradicional névoa cobrindo tudo, nos despedíamos de Paranapiacaba e voltamos para São Paulo depois de um dia muito agradável na companhia dos amigos.

Valeu galera!!!!

Até a próxima!!!