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09 julho 2014

Vila de Paranapiacaba e Vila Taquarussu

Nada com aproveitar o feriado de 9 de julho com uma caminhada na Vila de Paranapiacaba!

Depois de reunir a galera no ponto de encontro lá fomos nós para mais uma caminhada descontraída cheia de cultura e história.

“Paranapiacaba” originou-se do termo Tupi que significa “lugar de onde se vê o mar”, através da junção de paranã (mar), epiak (ver) e aba (lugar).


Paranapiacaba é um distrito do município de Santo André. Surgiu como centro de controle operacional e residência para os funcionários da companhia de trens São Paulo Railway. A companhia foi inaugurada em 1867 realizando o transporte de cargas e pessoas do interior paulista para o porto de Santos.

No ano de 1898, foi erguida uma nova estação com madeira, ferro e telhas francesas trazidos da Inglaterra. Esta estação tinha como característica principal o grande relógio fabricado pela Johnny Walker Benson de Londres, que se destacava no meio da neblina muito comum na região.

Em 15 de julho de 1945, a Estação do Alto da Serra passou a ser chamada de Estação de Paranapiacaba. Em 13 de outubro de 1946 a companhia São Paulo Railway foi incorporada a União, criando-se a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí e em 1950 uni-se à Rede Ferroviária Federal.

Na vila você tem uma aula de história visitando diversos pontos turísticos como:

Museu do Funicular, com exposição de objetos de uso ferroviário, fotos e fichas funcionais de muitos ex-funcionários da ferrovia.

A Igreja de Paranapiacaba, originalmente chamada de Capela do Alto da Serra e recebeu licença quinquenal para celebração de missas pela primeira vez em 8 de agosto de 1884. Sua construção foi iniciada naquele ano.

O Museu do Castelo, localizado no alto de uma colina, com uma excelente vista privilegiada para toda a vila ferroviária, foi construída por volta de 1897 para ser a residência do engenheiro-chefe, que gerenciava o trafego de trens na subida e descida da Serra do Mar, o pátio de manobras, as oficinas e os funcionários residentes na vila.

O Antigo Mercado, construído em 1889 para abrigar um empório de secos e molhados. Posteriormente uma lanchonete. Após muitos anos fechado, foi restaurado pela prefeitura de Santo André e tornou-se um centro multicultural. Com sua posição central privilegiada, permite que os eventos realizados tenham um cenário charmoso na serra.

O Pau da Missa, o “pau da missa” é um eucalipto centenário originalmente utilizado para avisos relacionados às missas de sétimo dia. Devido a sua boa localização entre a parte alta e a parte baixa, esta árvore tornou-se um dos símbolos de Paranapiacaba, pois servia como suporte para informações da comunidade, integrando as duas partes da vila.

Passamos por ruas e casas dos antigos funcionários da ferrovia. Cada uma com característica diferente para identificar os moradores. Como as casas geminadas de quarto em madeira eram de ferroviários que possuíam famílias, construídas em madeira e cobertas por tolhas de zinco. Já as casas dos engenheiros eram casas de alto padrão, grandes e avarandadas. Foram construídas em madeira nos tempos da São Paulo Railway, com plantas baixas individualizadas, depois em alvenaria nos tempos da Rede Ferroviária Federal no mesmo padrão das plantas e as casas de solteiros eram casas conhecidas como barracos, foram construídas em madeiras. A planta dessas casas possui dormitórios, sanitários e cozinha, serviam para alojar o grande fluxo de homens solteiros da ferrovia.

Depois de passarmos pela locomotiva abandonada seguimos para a Vila Taquarussu.

É uma caminhada de aproximadamente 5 km entre a Vila de Paranapiacaba e a Vila Taquarussu, andando por estrada de terra e pedras em meio a mata atlântica, ouvindo o som da natureza misturada ao longe com os sons da Maria Fumaça levando e trazendo os turistas em uma curta viagem de apenas 5 minutos entre o Museu Funicular e a plataforma desativada da Estação de Paranapiacaba.

A Vila Taquarussu é uma vila do distrito de Quatinga, município de Mogi das Cruzes, ela foi formada por imigrantes italianos no início dos anos de 1910. Chegou a ter 30 a 40 casas, além de um pequeno empório e uma bomba de gasolina.

A vila fornecia lenha e carvão para as máquinas da companhia São Paulo Railway em Paranapiacaba. Todo material era transportado em lombo de burros e mulas sendo substituídos gradualmente por caminhões. A vila cresceu durante a Segunda Guerra Mundial, mas com a substituição das máquinas da estrada de ferro, a vila entrou em decadência. Atualmente há poucos imóveis no local, mas em excelente estado de conservação.

No centro da vila existe uma pequena capela em homenagem a Santa Luzia construída em 1945. Em frente à capela tem um coreto muito bonito e bem conservado, onde a maioria dos visitantes faz uma parada para lanchar e apreciar o local.

Depois de uma boa parada para as fotos e um pequeno descanso fizemos o caminho de volta para Paranapiacaba com mais uma parada estratégica para um bom almoço na vila.

Com a tradicional névoa cobrindo tudo, nos despedíamos de Paranapiacaba e voltamos para São Paulo depois de um dia muito agradável na companhia dos amigos.

Valeu galera!!!!

Até a próxima!!!

2 comentários:

  1. Prezados

    Estou procurando por pessoas que costumam fazer trilhas e que morem em Mogi das Cruzes ou próximo região. Fazia muitas trilhas quando mais novo e quero muito retomar esta atividade. Caso tenha alguém que faça frequentemente ou conheça algum grupo, monitor ou até mesmo sites relacionados, por favor, entrem em contato através do e-mail dilsonmarcel@ig.com.br.

    Muito obrigado

    Att,
    Edilson Marcelino

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