Dia 19 seguimos para São Luiz do
Paraitinga e demos início à penúltima rota do programa Caminha São Paulo – Rota
Franciscana. Essa rota percorre São Luiz do Paraitinga, Lagoinha, Cunha e
termina em Guaratinguetá.
Chegamos cedo à Praça da Igreja
Matriz onde fizemos nosso registro no pórtico. Logo em seguida visitamos a
Igreja São Luiz de Tolosa (Matriz), construída no século XIX. Desde os tempos
da Colônia e do Império até hoje o povo se reúne na Praça da Matriz para as
festas tradicionais. Alguns anos atrás ela foi totalmente destruída durante uma
enchente que devastou a cidade. A Igreja foi reaberta recentemente após uma
grande obra de reconstrução trazendo de volta orgulho e alegria para a cidade.
São Luiz do Paraitinga possui o
maior número de casas e sobrados tombados pelo CONDEPHAAT e pelo IPHAN no
Estado de São Paulo. São aproximadamente 450 imóveis e é a cidade paulista que
melhor conservou o patrimônio arquitetônico, tradições, festas populares e toda
cultura do passado.
Fundada em 1769 como povoação de
São Luiz e Santo Antonio do Paraitinga e elevada a Vila em 1773. Em 1857 foi
elevada a categoria de cidade e foi em 1873 que obteve a denominação de
“Imperial Cidade de São Luiz do Paraitinga”.
Parahytinga – em Tupi-Guarani –
“Águas Claras”.
Passamos ainda pela Capela Nossa
Senhora das Mercês, construída no fim do século XVII. Conserva as
características da época da Colônia. Também foi totalmente reconstruída após a
inundação.
Seguindo a rota passamos pela
Igreja do Rosário construída no final do século XIX, localizada na parte alta
da cidade.
Saímos da cidade seguindo a rota
rumo à Lagoinha. Encontramos muitas placas indicando o caminho e tudo parecia
perfeito no início da rota, mas em uma bifurcação uma placa indicava o caminho para
a direita e a rota disponibilizada no site para o GPS indicava para a esquerda.
Decidimos seguir as placas, já que até o momento tudo estava muito bem
sinalizado. Passamos por outra placa que indicava a necessidade de entrar por
uma porteira de uma fazenda e seguimos em frente até chegarmos a um cruzamento
que nos deixou sem saída. Em frente ao cruzamento existe uma placa da rota indicando
para seguir em frente o que seria impossível já era mata fechada e totalmente
cercada com arames farpados. Atrás da cerca de arames farpados havia uma placa
informando que se tratava de uma área de propriedade particular. Para não
ficarmos dando volta à toa ou corrermos riscos de caminhar em mata fechada,
retornamos até o ponto onde a rota do GPS indicava e seguimos o seu caminho. Tudo
indica que quem fez a rota para o GPS não foi a mesma pessoa que fez a
colocação das placas nesse trecho ou pior quem colocou as placas ignorou
completamente a rota traçada no GPS. Erraram feio novamente.
Percorrendo pela rota do GPS passamos
por muitas fazendas. A vista é encantadora, belas paisagens, muitas montanhas,
animais, pássaros e por um bom trecho caminhamos margeando o Rio Paraitinga.
No caminho passamos pela Capela
do Carioca onde está uma vértebra com uma bala de fuzil do Tenente Carioca
morto no local durante a Revolução Constitucionalista. Aquela região foi
marcada por intensos combates. Este é um dos pequenos detalhes da caminhada que
a torna muito interessante, a cada trecho sempre temos algo diferente para
aprender e admirar. Assim como uma cena inusitada de um rebanho de vacas
brancas em um campo de futebol com uma vaca negra entre elas, parecia um time
inteiro de futebol com o juiz em campo aguardando o time das vacas malhadas que
estava do outro lado da cerca chegar para começar a partida. Foi hilário!
Depois de uma longa caminhada
voltamos a encontrar placas da rota indicando o trajeto como se as duas rotas
(do GPS e das placas) voltassem a se encontrar em algum ponto desconhecido e
continuasse o caminho como se nada tivesse acontecido.
Já no final da tarde chegamos à
Cachoeira da Pedra Grande. Sem dúvida foi uma excelente parada para reabastecer
as energias. Aquela cachoeira linda de aproximadamente 35 m de altura e uma
queda d’água muito convidativa para um banho. Claro que não passou em branco e entramos
na cachoeira! Bom, pelo menos três doidos, já que estamos no inverno e a água
estava extremamente gelada.
Foi muito revigorante, posso
dizer.
Depois de lancharmos no local
decidimos encerrar nossa caminhada por lá mesmo.
Ainda demos uma volta por
Lagoinha que estava comemorando a tradicional Festa do Divino com muita
cantoria, feira de artesanatos e barracas de comes e bebes. Temos muita coisa para
ver e conhecer em Lagoinha e muita história para ouvir e contar.
Até a próxima caminhada!
Caminhantes: Argeu, Alexandre,
Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Marcos Vinícius.
Motoristas de apoio: Seu Carlos e
Mônica Gavarron
Sempre uma experiência incrível, uma energia contagiante...amo cada momento!
ResponderExcluirValeu galera!!!