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29 setembro 2018

7 Fontes e Gruta do Pirata em Ubatuba 29/09/2018



Nada como juntar a turma e curtir um roteiro diferenciado. (veja fotos no final)

Ubatuba é uma das cidades litorâneas de São Paulo recheada de roteiros e lugares que muita gente ainda desconhece. Ela é a última cidade do litoral norte já fazendo divisa com o Estado do Rio de Janeiro. Possui inúmeras praias paradisíacas, ilhas, mirantes e encostas repletas de trilhas e cachoeiras.

Nesse dia resolvemos conhecer e desfrutar de uma trilha relativamente curta, aproximadamente de 4 horas de caminhada até a Gruta do Pirata, mas com alguns atrativos que poucos conhecem ou simplesmente não se aventuram por dentro do mato.

Saímos de São Paulo bem cedo, para um bate-volta em Ubatuba é um pouco puxado, mas no final tudo compensa.

Chegamos em Ubatuba por volta das 10:30 da manhã e logo em seguida já começamos nossa caminhada para não perder tempo.

Partimos do Píer do Saco da Ribeira, (curiosidade a parte, ele o maior ancoradouro de Ubatuba), seguindo pela estrada de terra até contornamos toda baia onde os barcos ficam atracados para chegar ao acesso à praia através de um pequeno beco.

Essa é uma praia interessante, com vista para as belíssimas montanhas da Serra do Mar e os barcos de todos os tipos e tamanhos ancorados aguardando seus donos para um passeio de lazer a qualquer hora.

Vale dizer que é uma praia calma sem ondas volumosas, mas em dias quentes ela pode ficar com manchas de óleo e ter a cor mais acinzentada por conta da movimentação dos barcos levando e trazendo turistas e passageiros, mas não diminui seu encanto, com certeza é um cenário fantástico para belas fotos, filmagens e bons momentos de lazer.

Depois de percorrer toda extensão caminhando em areias muito “fofa” e amareladas, chegamos à entrada da trilha que leva até a próxima praia do roteiro, a Praia do Flamengo.

Normalmente ela é sempre deserta, o acesso é feito por trilha ou barco. A trilha que leva até ela é bem demarcada com placas indicativas. Em médica leva-se cerca de 25 min de trilha, mas prepare seu folego para as subidinhas e descidinhas no caminho.

Do alto da trilha, o caminhante pode parar para tirar algumas fotos e ainda curtir o visual da Praia da Ribeira do lado esquerdo e a do Flamengo do outro. Logo que atingir o ponto mais alto da trilha inicia-se a descida por uma escadaria em zigue-zague até chegar novamente nas areias banhadas pelo mar.
Aqui a calmaria e as belezas naturais são um convite quase indispensável para um banho delicioso em dias quentes, mas não se prenda muito se seu objetivo  for chegar na próxima praia do roteiro.

Novamente no canto do outro lado da praia você encontrará mais placas de acesso para a Trilha que liga até a Praia das 7 Fontes, prepare seu folego para encarar uma subida mais íngreme e percorrer boa parte do caminho cercado pela Mata Atlântica sem vista para o mar, mas logo o cenário muda e você começa ouvir o som das ondas quebrando na encosta da Praia do Flamenguinho, (acesso para praia do Flamenguinho é mais complicado, acidentado e escorregadio pela costeira, não recomendada por ser muito difícil e perigoso) aguçando sua vontade de chegar logo ao destino.

Assim que a trilha termina, chegamos ao acesso para a praia com alguns quiosques onde servem porções, bebidas e até refeições (dá até pra deixar reservado se tiver o contato deles).

A Praia 7 Fontes possui esse nome porque esconde em sua encosta sete fontes de água potável. Outra curiosidade local é que segundo uma lenda antiga, uma dessas fontes de água doce é a Fonte da Juventude. (Está disposto a procurá-la?).

Nossa aventura poderia terminar aqui nessa praia paradisíaca, com pedras enormes de cada lado, sendo que do lado direito existe uma pequena gruta transformada em capela pelos moradores locais. A praia segue o mesmo padrão com areias amareladas e ondas suaves e águas cristalinas. Ideal para um mergulho e muita curtição. Afinal ninguém é de ferro! Mas ainda temos a Pérola da trilha - O Mirante e a Gruta do Pirata.

Subindo a encosta do lado esquerdo da praia, dessa vez não é uma trilha bem demarcada e bem pouco sinalizada. Outra informação não menos importante já que é pouco visitada, é que a mata geralmente encobre o caminho, fazendo dessa trilha uma trilha mais de aventura e as vezes um verdadeiro vara-mato com teias de aranha enroscando no rosto o tempo todo, sem contar o risco de encontrar com alguma moradora local, as jararacas.

Depois de percorrer a encosta bem acidentada e cheia de obstáculos, chegamos ao Mirante da Gruta. Não preciso dizer que é um espetáculo da natureza né? Simplesmente fabuloso! Com mais de 40 metros de altura é uma encosta magnifica para ser contemplado, com vista para o mar aberto e o entorno da montanha com a entrada da gruta logo abaixo.

Descer até lá é um desafio, altamente recomendado o uso de cordas de segurança para não correr o risco de acidentes graves. O resgate ali certamente é bem complicado.

Descemos até a base da montanha rochosa com o mar quebrando na encosta. Aqui todo cuidado é bem-vindo (siga as recomendações do guia ou monitor, se a maré estiver alta não se arrisque). Depois da aventura de cruzar as pedras escorregadias, finalmente chegamos à Gruta do Pirata.

Leve uma lanterna para poder desfrutar melhor e ver onde pisa e a altura das paredes para não se machucar. Dentro da gruta é muito escuro e quando você passa por algumas galerias até o som do mar desaparece e o silêncio lá dentro é só mais um dos mistérios da Gruta.

Segundo algumas lendas, ali já foi esconderijo de escravos e prisioneiros fugitivos e até alguns tesouros trazidos por piratas e corsários eram escondidos e enterrados nessa gruta.

Depois de toda essa aventura, era hora de fazer o caminho de volta. Para retornar, existem duas opções: A pé por trilha refazendo o mesmo caminho ou de barco, é claro que voltamos pela trilha aproveitando o pôr do sol sensacional quando chegamos no Píer do Saco da Ribeira antes de embarcar na van para retornarmos a Sampa.

Recomendações:

Leve dinheiro para comprar água ou lanche nos quiosques, vá de calça e camisa se for fazer as trilhas, não percorra esses trechos de bermuda ou roupas de banho, leve repelente, lanternas, boné e bota de trilha ou tênis antiderrapante, bastão de caminhada, além de auxiliar na caminhada ajuda se encontrar algum animal peçonhento e troca de roupas e toalha se entrar no mar. Respeite seus limites e recomendações do guia ou monitor, não abuse! Não vá sozinho! Contrate um guia ou monitor se não conhece o caminho. Respeite a natureza e traga seu lixo de volta.

Galera da Trilha

Saco da Ribeira

Saco da Ribeira

Praia da Ribeira

Praia da Ribeira

Trilha pra chegar na Praia do Flamengo

Trilha pra chegar na Praia do Flamengo

Praia do Flamengo

Praia do Flamengo

Placa indicativa

Trilha Pra 7 Fontes

Mirante Praia do Flamengo

7 Fontes

7 Fontes

Mirante 7 Fontes

Mirante da Gruta

Mirante da Gruta

Mirante da Gruta

Gruta

Rapel no Mirante

Mirante da Gruta

Mirante da Gruta

Rapel no Mirante

Entrada da Gruta

Entrada da Gruta

Gruta

Gruta

Gruta




07 setembro 2018

Acampamento em Carrancas – MG


Feriado da Independência, se é feriado, bora trilhar, mas se for num fim de semana prolongado então, bora acampar! E foi o que fizemos! Juntamos uma turma animada para acampar, programamos nossa ida para ficarmos no Camping Sossego do Jeca no centro de Carrancas como nossa base para as trilhas e de lá fomos atrás das cachoeiras da região.

Nossa primeira parada foi na Cachoeira da Fumaça um dos cartões postais da cidade, porém segundo os moradores, ela está contaminada pelo esgoto da cidade, mas a esperança ainda não morreu, já estão trabalhando no saneamento e descontaminação do rio que forma a queda. Ficaremos na torcida pra isso acontecer!

Ainda no primeiro dia, descemos até as cachoeiras do Complexo Esmeralda com bons mirantes e uma belíssima cachoeira com um grande poço esmeralda (rs). Ficamos por lá até o Sol se pôr.

Segundo dia descemos até o Complexo da Zilda onde a nossa intensão era fazer a Racha da Zilda e outras cachoeiras por lá, mas um grupo gigante chegou na mesma hora e o organizador queira levar nosso grupo com eles junto (mais de 60 pessoas de uma vez, não né), ponderamos o tamanho do grupo e a demora que isso tomaria até todos percorrerem a trilha, vimos que isso tomaria tempo demais e que o local não seria aproveitado como se deveria. Tendo isso em mente e a sugestão da Bia para gente fazer as trilhas do Parque Serra do Moleque primeiro (que também estava em nosso roteiro), subimos para o Parque onde já deixamos nossos almoços reservados e descemos para as Cachoeiras da Zilda, da Proa e do Guatambú, além de voltarmos para o Complexo da Zilda por trilhas e passar pela Cachoeira dos Índios, pelas inscrições rupestres e ainda subir até a Cachoeira do Escorrega e o Poço Esmeralda, tudo isso no mesmo dia e sem a muvuca que seria se ficássemos pra ir na Racha da Zilda. (claro que vamos ter que voltar lá mais uma vez pra fazer essa trilha da Racha da Zilda né).

No final do dia voltamos para o Camping, juntamos a turma pra um lanche básico na cidade. Sabe como são os lanches do interior né... bem pequenininho...

Logo pela manhã do nosso 3º dia seguimos para as Cachoeiras do Moinho e do Salomão.

Curtimos aquelas águas mineiras como nunca.

Essa foi uma trip muito top, com pessoas sensacionais. Astral muito alto e muita diversão!

Obrigado a todos pela presença!

Bora organizar novas trips tão boas quanto essa!

Até a próxima!



01 setembro 2018

17ª Etapa Rota Passos dos Jesuítas – 2ª Edição


Dia 01 de setembro reunimos a turma da rota para mais um trecho como sempre fazemos aos primeiros sábados de cada mês.

Relembrando que nosso projeto foge do tradicional que é seguir o caminho de Peruíbe até Ubatuba pela orla e estradas acompanhando o trajeto original. Nossa proposta é percorrer todo o percurso sim, mas saindo da rota sempre que existir um atrativo diferenciado que faça nossa passagem pelo litoral um momento único para registrarmos o máximo possível de conhecimento, diversão, cultura e contemplação, envolvendo: histórias, trilhas, cachoeiras, parques estaduais e municipais, museus, igrejas, ruínas, morros, vilarejos, mirantes, enfim... Tudo que uma cidade litorânea pode oferecer aos turistas, no nosso caso, caminhantes sem pressa, mas com muita sede de aventura e conhecimento.

Nesse dia, descemos com a intensão de percorrer alguns quilômetros fora da rota pelo Sertão do Cambury onde se encontram algumas belas cachoeiras de São Sebastião.

Após alguns quilômetros por estradas de terra, deixamos nosso carro de apoio parado na via e percorremos uma trilha margeando o rio até algumas quedas d’águas, uma após outra com belíssimas paisagens de tirar o fôlego. Claro que entramos né! A ideia era subir até a última onde a queda é maior com um grande poço e vir descendo até finalizarmos a trilha e voltarmos para a rota tradicional.

Como não temos nenhuma pressa para terminar essa rota dos Jesuítas, curtimos as cachoeiras uma a uma com as devidas pausas merecidas em cada queda. Foram momentos especiais pode apostar. Não é pra menos, essa turma é a melhor!

Retornamos para rodovia onde percorremos um pequeno trecho até a entrada da Praia de Boiçucanga. Por lá passamos pelo píer do Rio Boiçucanga, pela Praça da Mentira, por incrível que pareça, ninguém falou uma mentira lá. Acredite! É verdade!

Próximo da Praça está a Capela Sagrado Coração de Jesus onde ainda existe um pórtico da rota (raridade pela falta de manutenção por parte da Secretaria de Turismo de São Paulo). Nele registramos nossa passagem. Sinceramente acho que não vale nada, por conta de tudo que já vimos nos trechos anteriores, mas simbolicamente deixamos nossa passagem registrada, vai que...

Depois saímos novamente da rota original e adentramos para o Sertão de Boiçucanga atrás de mais cachoeiras.

Fizemos uma trilha curta até a primeira queda conhecida como Véu da Noiva, atualmente chamada de Cachoeira da Hidromassagem, depois mais alguns metros chegamos na Cachoeira da Pedra Lisa, essa por sinal, tem uma das quedas mais bonitas com mais de 30 metros de altura com um bom volume de água e um poço bem fundo. Ainda por lá subimos por uma trilha mais íngreme até a Cachoeira Samambaiaçu, essa por sua vez com uma queda de pouco mais de 20 metros e outro grande poço fundo também e não menos bonita que a queda anterior.

Ficamos por lá curtindo mais uma tarde de rota (que do trajeto original não foi quase nada percorrido) e finalizamos nosso dia numa lanchonete na orla da praia antes de retornar para São Paulo.

Agora para a próxima etapa, certamente sairemos da rota mais uma vez até a Praia Brava e para explorar as cachoeiras em Maresias.

Venha com a gente! Mas tenha disposição ok!

Até a próxima!