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27 setembro 2014

Trilha das Sete Praias e Ruínas da Lagoinha em Ubatuba

Nada como começar o dia reunindo a turma para fazer mais uma trilha. Posso dizer que essa trilha é uma das mais bonitas do litoral norte paulista e tinha tudo para ser perfeito, mas algo muito chato aconteceu e quebrou o clima logo cedo. As 6:00 da manhã dois amigos de trilha foram surpreendidos por um arrastão realizado por três motoqueiros logo que saíram da estação do metrô ao lado do nosso ponto de encontro. Ainda bem que só levaram bens materiais, graças a Deus nada foi feito contra a integridade física deles. Isso é no mínimo revoltante! Hoje não temos liberdade ou segurança alguma, somos reféns de dois tipos de bandidos: os armados e os que sentam atrás das mesas em plenários lavando as mãos como se não pudessem fazer nada pelo povo. Vivo em um país lindo, mas tenho muita vergonha de ser brasileiro.



Depois do susto e momentos de revolta, juntamos o grupo no ônibus contratado e seguimos para a trilha.

Depois de algumas horas na estrada, começamos nossa trilha seguindo para as Ruínas da Lagoinha. Uma construção do século XIX conhecida como Solar do Capitão Romualdo e que era sede da fazenda produtora de café e cana-de- açúcar. Foi construída com argila, areia da praia com conchas, pedras e óleo de baleia. Foi uma das primeiras casas que tinham janelas que abriam para fora mostrando os vidros, o que era muito raro na época. Segundo a história, o Capitão Romualdo e sua esposa não tiveram filhos, tinham muitos escravos e os tratavam com respeito. O casal tinha o hábito de deixar seus escravos sentarem à mesa com eles durante as refeições. Com a abolição da escravatura pela Lei Áurea os escravos não foram embora por gratidão, mas após a morte do Capitão a sua esposa enlouqueceu e foi internada. Como a fazenda não tinha herdeiros, caiu no esquecimento. Outra ruína que visitamos foi a da primeira Fábrica de Vidros do Brasil. A Fábrica pertencia ao Capitão Romualdo e sua intenção era produzir vidros e garrafas para sua cachaçaria e abastecer a grande procura por vidros na região, mas foi impedido de construir já que na época todas as garrafas e vidros vinham da Europa e a distribuição era feita pela Coroa Portuguesa.



Após visitar as Ruínas, seguimos para Praia da Lagoinha e iniciamos a trilha rumo à Praia Fortaleza. Pelo caminho passamos pelas praias do Oeste, Peres, Bonete, Grande Bonete, Deserta, do Cedro e finalizamos na praia Fortaleza. A maioria dessas praias não é muito frequentada, algumas completamente desertas, o que é um ótimo convite para um final de semana acampando por lá. O dia estava nublado, mas mesmo assim o visual foi de encantar os olhos. Cada praia com suas características, uma com pedras e rochas no caminho, outras com areia fofa exigindo um pouco mais das pernas na sua travessia, outras quase escondidas na encosta da montanha. Ficamos impressionados em ver algumas casas construídas no meio das montanhas e dá para imaginar a mão-de-obra que foi trazer todo aquele material de construção para um lugar sem nenhuma estrada ou rua, o único caminho era o mar.



Ao todo foram aproximadamente 13 km de caminhada do ponto de partida nas Ruínas até a Praia Fortaleza, subindo e descendo as montanhas por trilhas e praias paradisíacas. Não faltaram mergulhos ao longo do caminho. Não tinha como não aproveitar aquele mar convidando os aventureiros.

Depois da chegada em Fortaleza ainda conseguimos um prêmio extra, conversei com o nosso motorista que gentilmente aceitou meu pedido de nos levar à Gruta que Chora na praia do Lázaro, esse trecho não estava previsto e foi perfeito fechar a trilha na gruta.

Posso dizer que foi um dia ímpar com muitas emoções diferentes.

A galera sempre animada, já pensando na próxima aventura.

Obrigado a todos pela participação!


Até a próxima pessoal!

20 setembro 2014

13ª Etapa da Rota Franciscana – Conclusão da Rota Esperança

Dia 20 encerramos mais uma rota do Programa Caminha São Paulo. Dessa vez, finalizamos a Rota Esperança que liga as cidades de São Luis do Paraitinga, Lagoinha, Cunha e Guaratinguetá. Totalizando 117 km segundo o programa das rotas.

Nesse trecho retomamos a caminhada em Cunha seguindo para Guaratinguetá.


Cunha teve sua origem por volta de 1695 com a chegada de muitos aventureiros que subiam a serra com destino ao Sertão de Minas Gerais atraídos pelo ouro e pedras preciosas. Só em 1730 alguns viajantes fixaram residência na região e construíram um povoado. Em 1785 o povoado foi elevado à vila com o nome de Vila Nossa Senhora da Conceição de Cunha, em homenagem ao Governador da Província de São Paulo Capitão General Francisco da Cunha Menezes. Em 1858 com a autonomia política foi elevada à cidade e em 1883 tornou-se comarca. Em 1932 Cunha foi palco da batalha da Revolução Constitucionalista. Somente em 1993 Cunha assumiu sua identidade turística.

Logo que chegamos, passamos novamente no pórtico na Praça da Matriz e entramos na Igreja Nossa Senhora da Conceição. Considerada uma das igrejas mais bonitas do Vale do Paraíba, foi construída em 1731 em estilo barroco paulista. Após passar por cinco reformas tornou-se a Matriz. A igreja ainda possui um rico acervo de arte sacra com imagens e altares talhados em madeira.


Passamos por vários casarões do tempo dos Barões do Café e pelo Mercado Municipal da cidade.

Seguindo a rota, passamos pela Igreja do Rosário e São Benedito, mas infelizmente estava fechada.

Já saindo da cidade, percorremos por estradas rurais cortando sítios e fazendas, subindo e descendo várias montanhas. O tempo todo passamos por marcos da Estrada Real com placas contando detalhes da região a cada 400 ou 800 m. Foi bem interessante andar tantos quilômetros da Estrada Real e pisar em caminhos históricos. Pena que em muitos trechos a mata estava queimada, aparentemente houve um grande incêndio na serra entre Cunha e Guaratinguetá. Felizmente a natureza já está mostrando sua força substituindo as cinzas do queimado por mato verde.


Foi uma caminhada longa. Em determinado trecho tínhamos que caminhar pela Rodovia. Avaliando os riscos de andar na estrada sem acostamento, percorremos esse pequeno trecho no carro de apoio, preservando a integridade física do grupo.

Já quase na divisa entre as cidades de Cunha e Guaratinguetá entramos no Mosteiro e Capela de Santo Expedito.

Seguimos por mais estradas que iam cortando as montanhas. O céu ficou carregado com nuvens de chuvas anunciando que iria cair muita água. Não demorou muito e começou a chuva, bem-vinda chuva! Como não passamos por nenhuma cachoeira nesse trecho deixamos a chuva fazer a nossa alegria! Caminhamos cerca de 3 horas embaixo dela. Como foi bom! Já fazia muito tempo que não chovia e não tinha como não aproveitar esse banho de chuva.

Paramos no Bar do Jeferson no caminho para dar aquela merecida hidratada sabendo que ainda tínhamos 9 km de caminhada até Guaratinguetá para finalizar a rota.

Esses últimos quilômetros foram pela Rodovia até a entrada da cidade.

Já era noite alta quando chegamos ao pórtico de Guaratinguetá para fechar mais uma rota.

Agora falta apenas uma rota para terminar todo o programa da Rota Franciscana. Com certeza não falta ânimo para essa turma!

Parabéns a todos! Mais uma rota concluída com sucesso e muita energia positiva!

Bora pra próxima etapa finalizar a Rota Franciscana!

Caminhantes: Alexandre, Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda e Seu Carlos.