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07 maio 2016

6ª Etapa – Caminho da Fé – Tocos, Estiva e Consolação

Dia 7 de maio, retornamos ao último ponto da caminhada anterior para completar o trecho entre Tocos do Moji e Estiva.


Após uma longa pausa na caminhada, percorremos os trechos com mais desníveis do Caminho da Fé. Entre as cidades citadas e até o final dessa etapa em Consolação, o percurso todo é marcado por tantas subidas e descidas que dá para perder as contas. Cada descida era acompanhada de uma subida ainda maior e assim por diante. Segundo muitos caminhantes, esse trecho é um dos mais difíceis do Caminho devido esta grande quantidade de declives e aclives quase intermináveis. Porém, até agora é o mais belo trecho de todos. Recheado de muitas montanhas e vales, com sítios e fazendas repletas de diversos tipos de cultura, mas em grande parte o cultivo de morangos. Não é por acaso que estas cidades são conhecidas pela produção nacional desse fruto (ou, pseudofruto).


Tocos do Moji, Estiva e Consolação são cidades que pertencem ao Circuito Serras Verdes do Sul de Minas. O nome “Serras Verdes” se justifica pela beleza ímpar dessas montanhas com clima agradável durante o ano todo, com verões amenos e invernos com temperaturas negativas sendo comparadas a regiões montanhosas europeias. Para nossa sorte o dia estava muito agradável e propício para encarar aquela região montanhosa.

Depois de algumas subidas e descidas chegamos à Comunidade São Benedito onde paramos por alguns minutos para tomar água e descansar antes de seguir em frente e subir mais uma grande ladeira para enfim chegarmos a Estiva.


“Estiva teve a mesma origem que as demais cidades do Sul de Minas. Muitos Bandeirantes em busca de metais preciosos e índios para mão de obra necessitavam de novos caminhos para ir à capitania de São Paulo e a única passagem existente era próxima à foz de um Ribeirão que aos poucos foi habitado. Esse caminho era muito ruim, toda aquela região era um pântano e gerava grande prejuízo e atrasos. Em 1720 foi construída uma estiva de madeira roliça de 210 m (local onde hoje se ergue um Obelisco comemorativo da criação do município). O local ficou conhecido como “Brejo de Estiva” e mais tarde apenas Estiva. Registros mostram que o primeiro morador fixou residência em 1757. Em 1841 iniciou-se a construção da primeira capela em Estiva. O povoado foi elevado a Distrito de Paz em 1858 e em 1948 foi emancipado, mas só em 1949 se tornou município”.


Chegamos à Praça da Igreja Matriz, carimbamos nossos passaportes em uma das pousadas cadastradas. Aproveitamos a parada para tomar um lanche e recarregar as forças para seguir em frente até a próxima cidade.

Passamos pelo Obelisco e aos poucos saímos da área urbana. Depois de cruzarmos a Via Dutra voltamos a caminhar em estradas rurais seguindo as setas amarelas indicativas do caminho.

Esse trecho era mais plano, mas o descanso durou pouco. Aquelas estradas foram ficando cada vez mais inclinadas e novamente estávamos subindo mais montanhas intermináveis. Diga-se de passagem, as maiores até agora.


A vista foi mudando, em pouco tempo já não se via mais a cidade, mas sim um grande cinturão verde com montanhas e vales. Do alto via-se parte de Estiva e Cambuí como pequenas manchas cinza na imensidão verde da Serra.

Na medida em que nos aproximávamos de Consolação o dia deu lugar a noite, quando passamos pelo portal da cidade já estava escuro. Paramos na Praça da Igreja onde carimbamos nosso passaporte mais uma vez e tomamos um lanche para repor as forças e encarar a estrada de volta para casa.

Dessa vez o dia rendeu mais que as últimas duas etapas. Conseguimos realizar um bom trecho da rota totalizando 34 km de caminhada. Caminhada essa bem exaustiva, mas muito proveitosa.


Conhecemos novas pessoas no caminho e curtimos cada metro percorrido sempre em alto astral e em boa companhia.

Valeu pessoal, vencemos mais uma etapa!

Até a próxima!

Caminhantes: Argeu Alamino, Cris Senkiw, Jane Ribeiro, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Wilma Custódio e Seu Carlos Tsuda.