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17 maio 2014

9ª Etapa Rota Franciscana – Rota Equilíbrio

Retomamos nossa caminhada da Rota Franciscana iniciando a Rota do Equilíbrio que vai de Lavrinhas à Guaratinguetá somando 82 km.

Tudo preparado para a nova rota e lá fomos nós para Lavrinhas.

Lavrinhas está situada na divisa dos estados de São Paulo, Rio e Minas, aos pés da Serra da Mantiqueira e às margens do Rio Paraíba. Teve sua origem no povoado fundado em 1828 em torno da Igreja de São Francisco de Paula. Em 1874 foi inaugurada a Estação Ferroviária. O povoado se desenvolveu com a exploração da bauxita, pecuária leiteira, carvão vegetal para uso das caldeiras e locomotivas, tendo a principal economia em torno do café. Vestígios desses tempos podem ser vistos nos casarões antigos ao longo de toda a cidade. No local foram encontradas pequenas lavras de ouro dando origem ao nome da cidade.


Logo que chegamos à estação de Lavrinhas registramos nossa passagem no primeiro pórtico dessa rota.

Visitamos a estação aparentemente abandonada como a maioria das estações ferroviárias do Estado de São Paulo. Infelizmente nosso país não investe em malha ferroviária deixando parte de nossa história morrer com o abandono de muitos prédios históricos. Também caminhamos pela ponte férrea que passa sobre o Rio Paraíba. Lavrinhas possui muitas belezas naturais e tem a Serra da Mantiqueira como cartão de visita.

Seguindo em frente, caminhamos ao lado da estrada de ferro até o limite da cidade de Cruzeiro.

Cruzeiro também nasceu da ferrovia ligando três estados brasileiros: São Paulo, Minas e Rio. O município se desenvolveu às margens da estrada de ferro e cresceu com a chegada dos migrantes mineiros e paulistas. O mais importante marco histórico de Cruzeiro foi ser o último município a se render na Revolução Constitucionalista de 1932. Nele foi assinado o seu armistício no dia 2 de outubro de 1932 na atual escola Arnolfo Azevedo que na época foi transformada em quartel general das tropas paulistas. Em 2008 recebeu o honroso título de “Capital da Revolução Constitucionalista de 1932” em virtude dos marcantes episódios dos conflitos ocorridos no município.


Percorremos por ruas e avenidas da cidade e passamos em frente ao Museu Major Novaes que estava fechado para reformas. O Casarão construído em 1815 em estilo colonial possui dois andares feitos de taipa e alvenaria e sua arquitetura reflete a opulência dos casarões antigos dos barões do café.

Seguimos para o segundo pórtico que deveria estar na Rua Engenheiro Antônio Penido nº 834 no Centro, mas estava na Praça Professora Aurora Coelho cerca de 300 m fora da rota, isso fez o grupo perder alguns minutos tentando achá-lo.

Depois de registrarmos nossa passagem no pórtico de Cruzeiro, saímos um pouco da rota para conhecer alguns pontos turísticos da cidade. Fomos até Rotunda de Locomotivas, o cruzeiro e a antiga estação ferroviária. É uma pena que a Rotunda está para ser fechada. Fomos informados que está sendo desativada e na parte do museu agora só restam entulhos e ferro velho. Outra decepção foi ver a estação de Cruzeiro de 1884 completamente abandonada, sem telhado e quase em ruínas. O pátio da estação virou um grande depósito de locomotivas e máquinas antigas deixadas ao tempo. Já no cruzeiro a vista é privilegiada. Na parte mais alta da cidade podemos ver toda sua extensão e as montanhas da Serra da Mantiqueira.

Voltamos à rota e seguimos em frente passando por estradas entre sítios e fazendas repletas de animais. Cercados por montanhas chegamos à Brejetuba onde fomos recebidos por simpáticos e hospitaleiros moradores da região e ouvimos a história da Igreja de São Sebastião de 1897. Depois de tomarmos um cafezinho com eles, seguimos nosso caminho. Obrigado Sr. Paulinho pela disposição e generosidade em nos receber!


Continuamos seguindo a rota rumo à Piquete. No caminho passamos por muitas paisagens de encantar os olhos e já pensando na possibilidade de voltarmos para descobrir novas trilhas por aquelas terras.

Já era noite e decidimos encerrar a caminhada para não corrermos riscos desnecessários.

Agora falta pouco para encerrarmos mais uma rota do Programa Caminha São Paulo.

Não faltaram risadas durante a caminhada. Como sempre o pessoal estava muito animado, mesmo no final com as pernas doloridas.

Fechamos a caminhada com um belo lanche em Piquete repondo toda energia consumida na caminhada.

Depois de saciarmos a fome, retornamos a São Paulo com uma nova data programada para encerrarmos esse trecho.

Valeu pessoal pela companhia e descontração na caminhada!

Caminhantes: Alexandre, Andréia, Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Marilice, Rafael e Sr. Carlos.