Dia 21 encerramos a Rota do
Equilíbrio fechando os 82 km dessa rota.
De Lavrinhas a Cruzeiro foram
apenas 7 km, mas com muitas histórias, casarões e belas paisagens. De Cruzeiro a
Piquete foram mais de 39,5 km de caminhada, com mais casarões, igrejas e outros
destaques como o cruzeiro, a Estação Ferroviária da cidade e a Rotunda de
Locomotivas. Caminhamos por bairros e vilarejos históricos, fazendas e sítios com
muito verde e animais no trecho da Trilha do Ouro e por estradas com muita
subida e belas paisagens até chegarmos à cidade de Piquete.
Piquete é conhecida como “Cidade
– Paisagem” graças à sua localização ao pé da Serra da Mantiqueira. Nasceu como
Arraial de São Miguel em 1828. Aos poucos as roças e moradias foram se formando
espalhadas ao longo do caminho e fixando moradores dando origem ao bairro de
Piquete. Em 1891 era elevada a Vila e em 1915 à Cidade. Sua consolidação
econômica se deu com a chegada da indústria bélica em 1909 no município.
A cidade oferece vários atrativos
turísticos e possui grande parte de seu território dentro de uma área de
proteção ambiental, cercada por montanhas, picos e cachoeiras. Na cidade
existem alguns pontos que valem a visita, como a Igreja Matriz de São Miguel
das Almas erguida em 1891 e a nova Igreja de São Miguel de 1970 com sua
arquitetura diferenciada com lindos vitrais. A Estação Ferroviária Estrela do
Norte que transportava passageiros somente entre Lorena e Piquete (era de uso
exclusivo do Exército) foi desativada em 1985. A Estação Ferroviária Rodrigues
Alves, inaugurada em 1906 com estilo eclético de padrões europeus, teve o nome
como uma homenagem ao Presidente da República na época de sua construção e em
1933 foi alterado para o nome da cidade. Hoje ela abriga a Secretaria Municipal
de Cultura. Outro ponto de muita importância turística para a cidade é a
Fabrica de Pólvora Presidente Vargas. A antiga entrada principal da Zona
Militar é um magnífico pórtico inaugurado em 1955, com ricos detalhes em relevo
representando a Pátria Brasileira, Classes Armadas e a Fábrica Presidente
Vargas.
Aproveitamos nossa passagem por
Piquete e conhecemos todos esses locais. Claro que foi uma passagem rápida o
que nos deixou com vontade de voltar logo. Piquete tem muita história e muitos
locais para conhecer e descobrir.
Ao longo dessa rota, não tivemos
muitos problemas com a sinalização, mas mesmo assim constatamos que muitas
placas foram arrancadas entre Piquete e Guaratinguetá, deixando dúvidas em
algumas bifurcações. Se não fosse o GPS certamente pegaríamos o caminho errado.
Gostaria de sugerir à Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo que
repensasse a forma de sinalização das rotas. Uma boa ideia seria a instalação
de pórticos como os que existem na Estrada Real, feitos de concreto com o
emblema da Rota, localização e uma seta indicando o sentido do caminho. É mais
caro e trabalhoso, mas sem dúvida é muito mais durável do que placas pregadas
em madeira fincadas no chão. Elas são muito fáceis de derrubar, arrancar ou roubar,
sem contar que a madeira apodrece rapidamente.
Particularmente, desejo que todas
as rotas criadas pelo Programa Caminha São Paulo sejam bem sucedidas e que mais
pessoas tenham o mesmo privilégio que temos em percorrer essas cidades e em conhecer
um pouco mais da riqueza do nosso Estado. Esse programa é um dos melhores já
desenvolvidos pela Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo e não pode ser
abandonado. É história viva em cada trecho e cidade visitada.
Saímos de Piquete cruzando alguns
vales e pequenas montanhas e passamos por várias porteiras de sítios e fazendas
ao longo do caminho, estradas rurais e trilhas históricas. De Piquete a
Guaratinguetá foram mais 35,5 Km. A caminhada foi um pouco puxada, forçando
nossas pernas em alguns trechos. O visual nesse trecho não foi tão inspirador,
mas tem muito verde e encontramos vários animais andando livremente nas estradas.
Chegamos à Guaratinguetá por
alguns bairros sem muito a acrescentar aos relatos das outras caminhadas quando
concluímos as Rotas da Alegria e do Conhecimento. Seria mais interessante se
cada rota terminasse com um pórtico em locais diferentes aproveitando ainda
mais os pontos turísticos de Guaratinguetá.
Com os registros já feitos nos
pórticos, retornamos a Piquete para comer “aquele” lanche e recuperar toda
energia gasta durante o último trecho da Rota do Equilíbrio.
Assim concluímos mais uma rota do
programa Caminha São Paulo – Rota Franciscana.
Totalizamos até agora 422 km de
caminhada, conhecimento e muita diversão.
Parabéns aos participantes pela
conclusão dessa rota e obrigado pela companhia!
Até mais pessoal!
Caminhantes: Alexandre, Argeu,
Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda e seu Carlos.
Olá. Vou fazer essa rota mês que vem, com meus amigos. Gostaria de saber das condições das estradas de terra, pois vamos com uma Van de apoio. Quanto às sinalizações, eu vi que são muito precárias. Espero ter sorte. Quanto ao GPS, qual voces utilizaram ? Obrigado.
ResponderExcluirEu fiz a Rota Esperança com meus amigos, e infelizmente, esse caminho encontra-se completamente abandonado pelo governo. Sem placas de sinalização e sem estrutura aos caminhantes. Uma pena, muito triste.
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