Dia 08 retomamos nossa caminhada da
Rota do Conhecimento na cidade de Areias.
Areias inicialmente foi freguesia,
criada em 1748 com nome de Santana da Paraíba Nova, que serviu de pouso para
tropeiros de São Paulo e Minas Gerais que iam para o Rio de Janeiro.
Em 1801 ganhou denominação de
Distrito de Paz, em 1816 passou para Vila de São Miguel dos Areias e em 1857
passou definitivamente a se chamar Areias, que deriva do Tupi haie,
que significa atalho.
O casario colonial da cidade é do
século XIX e foi a antiga Casa da Câmara e Cadeia, hoje Casa da Cultura. Vale
destacar também a Igreja Matriz Senhora Sant’Ana de 1874 e o Hotel Solar
Imperial erguido em 1798 e que em agosto de 1822 serviu de pouso para Dom Pedro
I durante a viagem na qual proclamaria a Independência do Brasil.
Voltando à nossa rota, registramos
nossa passagem no pórtico da Praça Nove de Julho e conhecemos a Igreja Matriz
de Sant’Ana. Visitamos a Casa da Cultura com lindas esculturas em madeira dos
personagens de Monteiro Lobato que foi promotor público da cidade e ainda
subimos no Mirante do Cruzeiro onde tivemos uma visão privilegiada de toda
cidade.
Seguimos nossa rota para a cidade
de Silveiras.
A previsão do tempo era de chuva
durante o dia todo e não deu outra, pegamos muita chuva no caminho. Foi uma
aventura passar por estradas de terra, ou melhor, de lama até chegar a
Silveiras.
Silveiras surgiu no final do
século XVIII em torno de um rancho de tropas, o da família Silveira, daí o seu
nome. Em 1830 surgia a Freguesia dos
Silveiras pertencente ao município de Lorena. O desenvolvimento constante a elevou
à condição de vila em 1842 desmembrando-se de Lorena. Em 1844 ocorreu a
primeira eleição para vereadores. Em 1864 Silveiras passou a cidade e em 1888
foi implantada a comarca, mas com o enfraquecimento do café a estrada de ferro
não passou pelo município e a abolição da escravatura e a mudança da ordem
política atingiram a comunidade. Em 1938 a comarca foi extinta. A partir de
1978 um movimento comunitário trouxe de volta o valor do patrimônio cultural e
ambiental resultando na interrupção da decadência. Com o fortalecimento do
artesanato, tropeirismo e a valorização da história local a cidade ganhou vida
novamente.
A cidade oferece vários atrativos
turísticos como a Fundação Nacional do Tropeirismo e a Trilha da Independência (1822).
De longe se vê as trincheiras nos morros da cidade utilizadas na Revolução
Liberal de 1842 e na Revolução Constitucionalista de 1932. Temos ainda a Cadeia
de Euclides da Cunha do Século XIX, a Estrada dos Tropeiros, cachoeiras e o
Pico da Boa Vista com 2050 metros de altitude.
Nossa passagem foi rápida, mesmo
assim conversamos um pouco com alguns moradores sempre dispostos a falar das
qualidades e das festas culturais da cidade.
Seguimos nossa rota e passamos
pela Praça Padre Antônio Pereira de Azevedo onde encontramos outro pórtico
instalado. Mesmo sem entender porque outro pórtico, paramos para registrar
nossos cartões. Continuando o caminho, logo à frente chegamos ao portal da cidade
e para nossa surpresa mais um pórtico, ou seja, três pórticos na mesma cidade.
(Encontrar três pórticos na mesma cidade onde deveria ter apenas um e
não encontrar placas durante o percurso chega a ser um insulto aos caminhantes.
Alguém está recebendo por serviços mal feitos e muito desorganizados. Acho que
a Secretaria de Turismo deveria cobrar providências aos seus prestadores de
serviços).
Continuando o caminho, seguimos
para a cidade de Cachoeira Paulista.
Já no centro da cidade passamos
pelo Memorial dos Soldados da Revolução de 1932, pelas Igrejas São Sebastião e
Santo Antônio, mas infelizmente estavam fechadas.
Conhecemos boa parte do centro da
cidade com pouco movimento naquele horário.
Registramos nossa passagem no
pórtico da Praça Prefeito Prado Filho no centro.
O município de Cachoeira Paulista
teve sua origem em 1780, quando o Capitão Manoel da Silva Caldas e sua esposa
doaram o terreno ao Senhor do Bom Jesus de Cana Verde. Em 1876 foi elevada a freguesia
com nome de Santo Antônio de Cachoeira. Em 1880 foi constituída vila com
denominação de Santo Antônio da Bocaina. Em 1890 foi anexada ao município de
Cruzeiro, virou comarca em 1892 e em 1895 foi elevada a cidade. Em 1944 passou
a se chamar Valparaíba e finalmente em 1948 recebeu o nome definitivo de
Cachoeira Paulista.
Depois de uma pausa em Cachoeira
Paulista, seguimos para Canas, a última cidade do dia.
Canas é uma pequena cidade com
pouco mais de quatro mil habitantes, de forte influência de imigrantes
italianos que chegaram no ano de 1887 para movimentar a economia do cultivo de
cana-de-açúcar e mais tarde do arroz. Está apenas a 7 km de distância de
Cachoeira Paulista.
A colônia de Canas foi iniciativa
do Barão da Bocaina, Comendador Francisco de Paula Vicente de Azevedo. Dentro
da evolução Canas passou de Núcleo Colonial Agrícola em 1890 para bairro,
distrito e finalmente município. Em 1992 houve um Plebiscito Popular que optou
pela emancipação de Canas.
Passamos pelo Espaço Cultural
Cerâmica, mas infelizmente fomos impedidos de fotografar o interior do prédio.
O lugar é muito bonito e interessante. Vale a visita. E ainda passamos pela
Igreja Matriz de Nossa Senhora Auxiliadora e para variar estava fechada.
Registramos nossa passagem na
Praça São José e com isso chegamos ao final da nossa programação para esse dia.
Foi um dia diferente, com várias
cidades visitadas e sempre com o mesmo alto astral.
Caminhantes: Argeu, Cris, Marco
Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda e o novo integrante Alexandre Xella.
Olha eu aqui...antes tarde do que nunca...rsrs...
ResponderExcluirBom, essa caminhada não poderia ser diferente das outras...sempre com paisagens lindas, histórias para enriquecer nosso conhecimento, muita alegria, descontração, companheirismo...tirando algumas falhas que encontramos pela rota, nós sempre terminamos o dia esperando a próxima caminhada com muito entusiasmo...então que ela venha ;)
Valeu galerinha...Ação Natural na alma e no coração!!!