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09 julho 2016

7ª Etapa – Caminho da Fé – Consolação a Paraisópolis

Dia 9 de Julho é um dia que traz muitas lembranças aos paulistas. Essa data é considerada uma das mais importantes do Estado de São Paulo onde lembramos com pesar e orgulho da Revolução Constitucionalista de 1932 ou Guerra Paulista para alguns, e foi nesse dia que literalmente “invadimos” os territórios mineiros para realizar mais um trecho da caminhada.


Logo que saímos da Rodovia Fernão Dias atravessamos a cidade de Cambuí para acessar as estradas que nos levariam ao início dessa etapa. Entre Cambuí e Consolação são aproximadamente 25 quilômetros de estrada de terra passando por sítios e fazendas, mas no meio do caminho paramos na Cachoeira Três Irmãos para começarmos bem o dia.

O lugar estava em reformas devido às chuvas fortes no mês anterior que destruíram todo o entorno do sítio com a força da correnteza. Ficamos ali por alguns minutos conversando com o dono do lugar que estava trabalhando para deixar tudo arrumado a fim de reabri-lo em agosto e voltar a receber visitantes.

Depois dessa pequena parada seguimos para Consolação.


“Consolação teve sua origem um pouco diferente da maioria das cidades do Sul de Minas. No final do século XVIII o senhor Francisco Borges de Castro recebeu do Governo Português uma Sesmaria, hoje correspondente ao município de Consolação em sua totalidade e parte dos outros municípios vizinhos. Alguns registros de 1824 revelam que havia em Santana do Capivari uma capela curada e em outros registros de 1834 a população pleiteou a elevação da Capela a Curato criando assim o Curato de Nossa Senhora da Consolação do Capivari. Em 1923 a denominação do distrito mudou de Capivari para Tapari. Em 1943 o nome foi mudado novamente para Consolação com a criação do município, mas só em 1962 Consolação foi elevada a categoria de Cidade, sendo emancipada em 1963”.

Logo que chegamos à cidade fomos recebidos por um bando de pássaros de todas as espécies e cores. Foi um verdadeiro colírio para os olhos ver tanta diversidade em algumas árvores na praça central ao lado do coreto.

Passamos pela Igreja da Matriz Nossa Senhora da Consolação de Capivari. Essa igreja teve sua origem em 1821 e a sua criação foi em 1857. Já a atual igreja teve o início da construção em 1933 e foi inaugurada em 1947. 


Deixamos o coreto e a igreja para trás e seguimos rumo a Paraisópolis.

No caminho passamos por algumas capelinhas e por várias estradas rurais e aos poucos a cidade de Consolação foi sumindo no horizonte ficando encoberta pelas montanhas ao redor.

Saímos da estrada pavimentada e voltamos à estrada de terra, passamos por uma ponte interditada onde os carros de apoio não poderiam passar e tiveram que fazer um caminho alternativo.

O tempo todo encontramos com pessoas sempre dispostas a puxar “um dedo de prosa” com os caminhantes da rota esbanjando a tradicional simpatia mineira.


Passamos pela Vila da Pedra Branca, por sinal uma pedra gigante e imponente. Devemos montar uma exploração em alguma trilha por lá e também seguir para o lado oposto do Caminho da Fé atrás de uma cachoeira no bairro vizinho.

É claro que não podemos esquecer das tradicionais subidas e descidas das estradinhas mineiras, elas também fizeram parte desse trajeto o tempo todo.

Por fim chegamos à Paraisópolis quase sem forças para continuar a caminhada. Paramos na primeira igreja da cidade seguindo a rota, a Igreja Nossa Senhora Aparecida que fica dentro do Asilo São Vicente de Paula, mas infelizmente estava fechada. Logo em seguida chegamos à Praça da Igreja Matriz de São José. A Matriz foi construída no início do século passado e é o ponto central da cidade.

Ao lado da igreja paramos para tomar um lanche, diga-se que foi super-recomendado por moradores como o melhor lanche de calabresa da cidade, mas não era aquelas coisas não, além de pequeno era caro (proporcionalmente falando).

O dia estava chegando ao fim, mas resolvemos conhecer alguns pontos turísticos da cidade e alguns prédios históricos.


Descemos até a antiga Estação de Trem de Paraisópolis que é muito charmosa e bem cuidada por sinal. Ficamos por ali até o sol se pôr criando um espetáculo à parte para completar nosso dia de caminhada.

Na volta ainda passamos em frente ao Paço Municipal da cidade, um prédio imponente e muito bonito, construído na década de vinte para abrigar o Fórum da cidade. Hoje o prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico do Município.

Voltamos para a praça central e nos preparamos para voltar para casa. Estamos certos que ainda passaremos por mais alguns pontos importantes nessa cidade, mas ficará para a próxima etapa.

Por hoje foi isso, pessoal.

Até a próxima etapa!

Caminhantes: Cris Senkiw, Jane Ribeiro, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Rosangela Sotelo, Wilma Custódio e Seu Carlos Tsuda.

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