Depois da tentativa frustrada de
fazer a trilha da Cachoeira no Núcleo Engordador na Serra da Cantareira por
causa da chuva, decidimos ir para a Vila de Paranapiacaba, município de Santo
André, SP.
Chegamos lá por volta das 10:00.
A vila é como um livro vivo de história.
A vila de Paranapiacaba* foi construída no século XIX, quando foi erguida uma
estação com madeira, ferro e telhas francesas trazidos da Inglaterra. A estação
tem até hoje um grande relógio fabricado pela Johnny Walker Benson de Londres e
se destaca no meio da neblina que é comum na região. A vila surgiu como um
centro de controle operacional e residência para os funcionários da companhia
ferroviária inglesa Railway. A estrada de ferro que possibilitava o transporte
de cargas e pessoas do porto de Santos ao interior de São Paulo e vice-versa. (*Paranapiacaba – palavra indígena que
significa “de onde se avista o mar”).
A vila é formada por casas, como
as casas dos engenheiros que são
grandes e avarandadas e foram construídas em madeira nos tempos da Railway, com
plantas baixas e individualizadas; as casas
geminadas dos funcionários que possuíam família, com maior número de
cômodos, foram construídas em madeira e são cobertas por folhas de zinco e as casas dos solteiros, também conhecidas
como barracos, com uma pequena cozinha e sanitários, serviam para alojar o
grande fluxo de homens solteiros, que preenchiam as vagas de ferroviários.
No centro existe até hoje um eucalipto centenário conhecido como "pau da missa" originalmente utilizado para avisos relacionados às missas de sétimo dia e devido a sua boa localização, entre a Parte Alta e a Parte Baixa, esta árvore tornou-se um dos símbolos de Paranapiacaba, pois servia como suporte para informações da comunidade, integrando as duas partes da vila.
Bom chega de história, vamos a
nossa trilha.
Depois de passear pelas ruas e
casas da vila pegamos a estrada que liga a vila de Paranapiacaba à cidade de
Mogi das Cruzes. Caminhamos por ela aproximadamente 4 km até a entrada de uma trilha
que nos levou a uma pequena cachoeira.
Depois de um banho refrescante, voltamos
à estrada e continuamos em frente por mais 3 km até chegarmos ao vilarejo
chamado de Taquarussu na divisa com Mogi das Cruzes. Essa vila foi uma
importante fazenda mineradora e recebeu muitos imigrantes italianos em busca de
trabalho. Hoje ela é conservada por seis famílias que habitam na vila. O lugar
é muito charmoso, com lago, casas no estilo colonial, um coreto e a Igreja de
Santa Luzia, uma das mais antigas da região.
Lanchamos nos degraus da igreja e
com as forças renovadas caminhamos de volta para Paranapiacaba onde deixamos
nossos carros.
Não podemos deixar de mencionar
nosso cão guia, ele nos escolheu logo que chegamos ao estacionamento e nos
guiou (acompanhou) o caminho todo, ida e volta, sempre parando e esperando pelo
grupo, ditando o caminho, indo e vindo como se fosse mesmo um guia turístico.
Depois disso tudo, voltamos para
Sampa tranquilamente.
Trilheiros: Cláudia Melo, Cris,
Flávia, Igor, Leonor, Márcio, Marco Estácio, Marcos Roberto e Osmar.
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: DANIEL CANTON! ahuhuahuahuhua abraço a todos, esse lugar é muito loko!!
ResponderExcluirMuito legal!!!
ResponderExcluirdahora mesmo pessoal ;)
é noix sempre !
ResponderExcluirAdoro!!!!
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