Dia 22 descemos à cidade de
Cubatão para concluirmos toda rota da caminhada Passos dos Jesuítas – Anchieta.
Fundada em 1803, Cubatão está
localizada entre o planalto e o porto, na extinta Fazenda dos Jesuítas que ia
do Rio das Pedras ao Rio dos Pilões. Era um ponto obrigatório de passagem. A
cidade funcionava como importante ponto de carga e descarga de café e açúcar vindos
do planalto.
Nossa jornada começou na Praça do
Cruzeiro Quinhentista construído na ligação entre o caminho do mar (final da Estrada
Velha de Santos) e o caminho aberto pelo Padre José de Anchieta rumo ao
Planalto de Piratininga. O monumento homenageia seus colonizadores que ali
passaram entre os séculos XVI à XIX. No pedestal da grande cruz estão gravados
os nomes de Anchieta, Tibiriçá, Leonardo Nunes, Mem de Sá, Manoel da Nóbrega,
Martim Afonso e João Ramalho.
Logo de início passamos no 21º
pórtico no Largo do Sapo, uma pequena vila que mantém as características da
época em que as mercadorias subiam para São Paulo nos lombos das mulas pela
Estrada Velha de Santos.
Seguindo em frente, passamos pelo
centro de Cubatão, pela Igreja Nossa Senhora da Lapa, padroeira de Cubatão,
entramos na Estação das Artes de Cubatão, antiga estação de trem, hoje
Secretaria de Turismo de Cubatão.
Nossa caminhada seguiu para a
Santos, passando pelos rios das Pedras e Cubatão.
Chegando a Santos, subimos no
Mosteiro São Bento construído em 1725 e que ainda mantém suas formas originais.
O Mosteiro abriga a Capela Nossa Senhora do Desterro e também o Museu de Arte
Sacra de Santos.
Seguindo em frente chegamos ao
Santuário de Santo Antônio do Valongo. O início de sua construção se deu em
1640 em estilo barroco. Anexa à esquerda da igreja está a Capela da Ordem
Terceira de São Francisco da Penitência, datada de 1691. Juntas formam um dos
mais significativos exemplos do estilo barroco do século XVII.
Saindo da Igreja passamos na
Antiga Estação de Trem de Santos. Um pouco mais a frente paramos para um
cafezinho na Bolsa do Café de Santos.
Passamos pela Praça Barão do Rio
Branco e bem em frente está o Pantheon dos Andradas, local com os restos
mortais dos irmãos Andradas: José Bonifácio, Antônio Carlos, Martin Francisco e
Patrício Manoel de Andrada e Silva. Do lado direito está a Igreja Nossa Senhora
do Carmo, pena que estava fechada no momento que passamos por ela. Está
precisando ser restaurada, já que tem até árvores crescendo nas fissuras e
rachaduras. Lamentável.
Na sequência chegamos ao 22º
pórtico, o último de toda a jornada.
O pórtico fica dentro do Outeiro
de Santa Catarina. O Outeiro é o marco da fundação de Santos. Lá existiu a
primeira capela da vila, dedicada a Santa Catarina de Alexandria. Perto do que
já foi um morro, Brás Cubas fundou em 1543 a primeira Santa Casa das Américas.
No século 19, retiraram pedras
para demarcar ruas e nos anos de 1880 o médico italiano João Éboli construiu
sua casa no alto do bloco de rocha remanescente do morro.
Saindo do Outeiro passamos no
Trem Bélico, uma fortificação instalada entre 1640 e 1656, logo após a
restauração da Coroa Portuguesa. Sua construção atendeu a dois objetivos: o simbólico
e o militar. Simbolicamente, representava a soberania da Metrópole sobre a região.
Militarmente, demonstrava a importância estratégica da Vila de Santos como
praça de guerra armada e preparada para a defesa da região. Hoje abriga o Museu
das Armas e mantém suas características originais desde sua fundação.
Fechamos os últimos 22 km da
caminhada comemorando o final de todo o trajeto iniciado em outubro de 2011,
passando por todas as rotas, tanto a original como a alternativa.
Tivemos sempre a companhia de bons
amigos durante todo o trajeto, por isso não me canso de agradecê-los. OBRIGADO
A TODOS!
Caminhantes da última etapa:
Argeu, Marco, Marcos Roberto e Sales.
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