Dia 2, em pleno feriado de
finados, reunimos a turma mais uma vez para realizar mais uma etapa da
caminhada. Chegamos bem cedo em Campista no mesmo local onde havíamos encerrado
a etapa anterior. Tudo indicava que seria mais uma etapa com longas subidas por
causa da serra que separa Campista de Campos do Jordão, mas ainda bem que não
foi. Nada se compara às subidas exaustivas entre Luminosa e Campista.
Seguimos por estradas rurais, o
que não é nenhuma novidade nessa rota, porém, muito mais tranquilas do que
imaginávamos. A caminhada foi feita sem muito esforço e foi bem agradável. Como
sempre, estávamos cercados por montanhas altas e belas. Passamos por pequenas
corredeiras e nascentes, até paramos em uma pequena cachoeira no caminho para
dar aquela tradicional refrescada durante a caminhada.
Por fim, chegamos a Campos do
Jordão.
Os primeiros habitantes da região eram índios, mas com a corrida por
novos caminhos, alguns desbravadores compraram algumas terras para fixarem
residências na região. Por fim, a família do desbravador Inácio Caetano Vieira
de Carvalho vendeu suas terras a Manuel Rodrigues do Jordão, sobrenome que deu
origem ao nome da cidade posteriormente. Na metade do século XIX as terras de
Jordão foram loteadas e vendidas. No final
do século XIX a região ganhou fama de ser um local indicado para tratamento de
doenças pulmonares devido a seu excelente clima. Nas décadas de 1920 e 1930 os
primeiros sanatórios foram construídos para tratarem doenças do pulmão. Em 1934
Campos do Jordão emancipou-se de São Bento do Sapucaí.
Paramos na Pousada Refúgio dos
Peregrinos para carimbar nossos passaportes e depois de alguns minutos de
conversa seguimos em frente.
Percorremos as ruas e avenidas da
cidade acompanhando a linha férrea. Seguindo as setas amarelas saímos da
avenida e subimos no sentido do Alto do Lajeado. Passamos por alguns mirantes
com belas paisagens e voltamos a percorrer nosso caminho ao lado da linha
férrea até que em um determinado ponto tivemos que literalmente caminhar por
cima dos trilhos.
Durante esse percurso passamos
por algumas Estações, elas até que estavam preservadas, mas completamente
abandonadas. É triste ver uma parte da nossa história e cultura tão largada por
falta de interesse público e político. Certamente um bom planejamento com custos
atrativos devolveria o charme do trem turístico à região durante o ano todo, não
somente em datas comemorativas, mas o que podemos esperar de governos que não
investem em cultura da forma adequada para manter a história viva?
As horas correram e o dia foi se
acabando, mas a ameaça de chuva forte pôs fim ao nosso dia de caminhada.
Agora falta bem pouco para o encerramento
dessa jornada.
Caminhantes: Adriana e Argeu Alamino, Cláudio Siqueira, Cris Senkiw,
Jane Ribeiro, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Marilice Ruy
Carral, Wilma Custódio e Seu Carlos.
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