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02 novembro 2016

10ª Etapa Caminho da Fé – Campista a Campos do Jordão

Dia 2, em pleno feriado de finados, reunimos a turma mais uma vez para realizar mais uma etapa da caminhada. Chegamos bem cedo em Campista no mesmo local onde havíamos encerrado a etapa anterior. Tudo indicava que seria mais uma etapa com longas subidas por causa da serra que separa Campista de Campos do Jordão, mas ainda bem que não foi. Nada se compara às subidas exaustivas entre Luminosa e Campista.


Seguimos por estradas rurais, o que não é nenhuma novidade nessa rota, porém, muito mais tranquilas do que imaginávamos. A caminhada foi feita sem muito esforço e foi bem agradável. Como sempre, estávamos cercados por montanhas altas e belas. Passamos por pequenas corredeiras e nascentes, até paramos em uma pequena cachoeira no caminho para dar aquela tradicional refrescada durante a caminhada.

Por fim, chegamos a Campos do Jordão.


Os primeiros habitantes da região eram índios, mas com a corrida por novos caminhos, alguns desbravadores compraram algumas terras para fixarem residências na região. Por fim, a família do desbravador Inácio Caetano Vieira de Carvalho vendeu suas terras a Manuel Rodrigues do Jordão, sobrenome que deu origem ao nome da cidade posteriormente. Na metade do século XIX as terras de Jordão foram loteadas e vendidas.  No final do século XIX a região ganhou fama de ser um local indicado para tratamento de doenças pulmonares devido a seu excelente clima. Nas décadas de 1920 e 1930 os primeiros sanatórios foram construídos para tratarem doenças do pulmão. Em 1934 Campos do Jordão emancipou-se de São Bento do Sapucaí.


Paramos na Pousada Refúgio dos Peregrinos para carimbar nossos passaportes e depois de alguns minutos de conversa seguimos em frente.

Percorremos as ruas e avenidas da cidade acompanhando a linha férrea. Seguindo as setas amarelas saímos da avenida e subimos no sentido do Alto do Lajeado. Passamos por alguns mirantes com belas paisagens e voltamos a percorrer nosso caminho ao lado da linha férrea até que em um determinado ponto tivemos que literalmente caminhar por cima dos trilhos.


Durante esse percurso passamos por algumas Estações, elas até que estavam preservadas, mas completamente abandonadas. É triste ver uma parte da nossa história e cultura tão largada por falta de interesse público e político. Certamente um bom planejamento com custos atrativos devolveria o charme do trem turístico à região durante o ano todo, não somente em datas comemorativas, mas o que podemos esperar de governos que não investem em cultura da forma adequada para manter a história viva?


As horas correram e o dia foi se acabando, mas a ameaça de chuva forte pôs fim ao nosso dia de caminhada.

Agora falta bem pouco para o encerramento dessa jornada.


Caminhantes: Adriana e Argeu Alamino, Cláudio Siqueira, Cris Senkiw, Jane Ribeiro, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda, Marilice Ruy Carral, Wilma Custódio e Seu Carlos.

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