Dia 1 de julho voltamos a
São Vicente para continuarmos a rota partido da Praça da Biquinha onde
finalizamos a etapa anterior.
Andamos alguns metros e paramos
na Praça 22 de Janeiro. Essa praça vale destacar alguns dos seus monumentos
como: Marco Zero da cidade, Relógio do Sol, a escultura do monstro marinho
conhecido como Ipupiara (infelizmente esse monumento foi removido da praça e no
local permanece a base da escultura e o chafariz). A praça ainda conta com a
escultura de Benedito Calixto, playground, academia para Melhor Idade, Centro
Cultural e um Anfiteatro.
Seguimos em frente por mais
alguns metros e paramos no Parque Cultural Vila de São Vicente. O Parque remete
o visitante a oportunidade de viajar no tempo. A arquitetura e os costumes da
primeira cidade brasileira estão a mostra para todos conhecerem um pouco de
como era a vida na época do Brasil colonial, nesse espaço o visitante é levado aos
primórdios do século XVI.
Em frente ao Parque Cultural
Vila de São Vicente está a Igreja Matriz. A primeira igreja foi construída por
Martin Afonso de Sousa em 1532 próximo à praia, mas um maremoto destruiu a
construção dez anos depois. A segunda igreja foi erguida pela população em um
local mais distante do mar, mas em 1757 foi dizimada por piratas. A atual foi
reconstruída sobre as ruínas da anterior.
Após a visita na Matriz, descemos
sentido a orla da praia, mas paramos novamente para mais um momento cultural,
dessa vez na Casa Martin Afonso.
Localizada em frente à Praça
22 de Janeiro, a Casa Martin Afonso era uma antiga fortaleza de pedra onde o
fundador da cidade morou por um ano. Hoje a Casa é conhecida pela descoberta do
Sítio Arqueológico Bacharel. No local foram descobertos vestígios de uma
civilização que habitava as regiões costeiras. Além do sítio arqueológico a
Casa ainda conta com um grande acervo histórico contendo: Maquetes Náuticas,
Quadros; Acervo Iconográficos com mais de mil fotografias; Acervo de Plantas
Históricas, Documentos Históricos e relevantes para a cidade e também uma
Biblioteca com mais de 400 títulos relacionados ao período colonial brasileiro.
Depois de tanto aprendizado
histórico partimos para a caminhada original da rota.
Andamos cerca de dois
quilômetros pela orla da praia e mais uma vez saímos da rota original para
conhecer o Monumento do Memorial dos 500 anos projetado por Oscar Niemeyer no
alto da Ilha Porchat. Essa construção tem uma curiosidade a parte, segundo o
projeto, o monumento aponta em uma linha imaginária para o Congresso Nacional
que é outra obra projetada pelo mesmo arquiteto.
Não podemos negar que esse
trecho da rota estava repleto de cultura. Então saímos da rota outra vez para
conhecer o Parque Ecológico Voturuá. Esse Parque é uma das últimas reservas
dentro da zona urbana da cidade com área verde da Mata Atlântica e conta com
Centro de Apoio ao Turista, um pequeno zoológico com várias espécies da fauna
brasileira com mais de 150 animais nacionais e de outros países, além de contar
com o Museu do Escravo feito de taipa. O Museu reúne cerca de 800 peças feitas
de argila pelo escultor Geraldo Albertini. Visitar esse Museu é fazer um
passeio pela história da escravatura no Brasil, vale a pena dispor de alguns
minutos lá dentro para conhecer um pouco da arte desse artista e conferir como
ele retrata uma parte da nossa história.
Seguindo na direção oposta
da rota chegamos em mais um atrativo turístico e histórico na região da baixada
santista. O Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos.
As Ruínas do Engenho é um
patrimônio de valor incalculável. Considerado um dos engenhos mais antigo do
Brasil, senão o mais antigo, ele remete o turista a uma viagem no tempo
colonial e a manufatura da cultura açucareira em larga escala no Brasil. O
local é tombado pelo IPHAN (Instituto de Preservação Histórico, Artístico
Nacional) desde 1963, pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio
Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo) desde
1974 e pelo CONDEPASA (Conselho de Defesa do Patrimônio de Santos) desde 1990,
isso resume bem o tamanho da importância desse monumento para nossa história.
Desde 2001 o Engenho é um
Órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de
São Paulo e pode ser compreendido das seguintes formas: Monumento Nacional,
Sítio Arqueológico, Centro de Pesquisa e Espaço Turístico-Cultural.
Depois de conhecer as
histórias da ruína do engenho, seguimos até a orla da praia para registrar
nossa passagem no sétimo pórtico da rota.
Mas, nosso dia que já estava
blindado com muita cultura, ficou mais completo ainda com a ligação de nossos
novos amigos lá da Ruína do Engenho liberando nossa volta para assistirmos o
espetáculo: Memórias de um Velho Engenho: História, Luz e Som. Não temos
palavras para agradecer aos monitores Gabriel, Taynara e ao Professor André,
que nos concederam a oportunidade de participar dessa linda apresentação
premiando e tornando nosso dia tão especial.
Depois da apresentação
finalizamos nossa caminhada certos de que esse dia ficará na memória de todos por
muito tempo.
Agora vamos em frente que a
histórias não param.
Até a próxima caminhada
pessoal!
Praça da Biquinha, Parque Cultural Vila São Vicente e Igreja Matriz |
Casa Martin Afonso |
Memorial Monumento 500 anos |
Parque Ecológico Voturuá |
Ruínas do Engenho |
7º Pórtico |
Nenhum comentário:
Postar um comentário