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05 agosto 2017

7ª Etapa Passos dos Jesuítas – Anchieta – 2ª Edição

Dia 5 de Agosto retornamos à São Vicente para percorrermos mais um trecho da caminhada.

Partimos do pórtico de Itararé rumo ao pórtico de Santos instalado no Aquário Municipal da cidade.

Percorremos por todo calçadão das praias de São Vicente até a divisa com Santos onde paramos para registar algumas imagens do Monumento ao Centenário da Imigração Japonesa. O monumento é de autoria da artista plástica Tomie Ohtake.

Seguimos em frente pelo calçadão do maior jardim de praia em extensão do mundo com seus 5.335 metros de comprimento, largura entre 45 e 50 metros, essa vegetação se estende desde a praia José Menino até a Ponta da Praia. Composto por gramados em conjunto com alamedas de palmeiras e 19 espécies de arbustos isolados. Todo isso muito bem distribuído e harmonizados com os monumentos ao longo dos canais e das praias. Em 2002 o Jardim de Santos entrou para o Guinness Book como o maior jardim frontal de praia do mundo.

Andar pelo Jardim da Praia é uma experiência diferenciada. Temos a brisa do mar e as sombras das árvores em dias ensolarados. No nosso caso por exemplo, foi muito bom ter algumas sombrinhas em nossos pontos de parada para observar os prédios tortos da orla, os monumentos, o mar e diversos navios aguardando a autorização para entrarem no Porto. Entre um monumento e outro tivemos a oportunidade de passar pelos canais de Santos projetados por Saturnino de Britto e de visitar alguns pontos turísticos da cidade como a Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto onde fizemos uma pausa na caminhada para um momento cultural. A visitação é gratuita e guarda gratas surpresas aos visitantes com suas magnificas exposições.

Voltamos ao calçadão, mas logo em seguida fizemos outra parada, dessa vez na Basílica de Santo Antônio do Embaré. A Basílica foi inaugurada em 1945 na cidade de Santos, sua construção é no estilo da arquitetura neogótica. Sua origem é de 1874 quando o Barão de Embaré Antônio Ferreira da Silva construiu uma pequena capela, após sua morte a capela ficou abandonada e só vinte anos mais tarde foi reconstruída e inaugurada em 1911. Foi ampliada a partir de 1915. Com o passar dos anos a capela foi entregue aso Frades Capuchinhos que iniciaram uma nova edificação sendo inaugurada em 1945 já citado acima e em 1952 foi elevada à categoria de Basílica pelo Papa Pio XII. Particularmente acho a Basílica de Embaré uma das Igrejas mais bonitas do Estado de São Paulo, se eu fosse descrever todos os detalhes dessa igreja certamente ficaria horas escrevendo esse texto. Vale a pena visita-la com calma e apreciar alguns momentos dentro da Basílica.

Por fim chegamos ao Aquário Municipal de Santos para registrar nossa passagem, mas cadê o pórtico que estava aqui? Infelizmente ninguém sabe, nem mesmo a Secretaria de Turismo soube informar com certeza qual foi o verdadeiro motivo da retirada do pórtico. Segundo o retorno de um email dirigido ao Apoio ao Caminhante. “Alguns pórticos estão sendo reformados por conta da corrosão provocados pela maresia. ” Infelizmente para os caminhantes é só mais uma falha do sistema todo, já que não 90% das placas indicativas da rota ou estão destruídas ou simplesmente não existem mais, deixando muito claro a falta de manutenção ao programa. A verdade é que falta muita vontade política para investir e manter programas voltados a cultura. Muitos recursos que deveriam ser destinados a manutenção desses programas nem se quer chegam perto do destino para atender o objetivo a que foi disponibilizado.

Ainda bem que nosso dia não terminou com essa decepção. Juntamos a turma e cruzamos o canal de Santos rumo a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande já do lado da ilha do Guarujá.

A Fortaleza da Barra Grande foi construída em 1584 e reconhecida como patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN em 1964. Hoje a Fortaleza abriga um Museu Histórico da Cidade administrado pela Prefeitura Municipal de Guarujá em consonância o CONDEPHAAT e o IPHAN.

Breve Histórico sobre a Fortaleza

Trecho retirado do Guia Circuito dos Fortes- AGEM

“A Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande foi erguida durante a unificação das coroas portuguesa e espanhola (1580-1640), mais precisamente em 1584, mediante projeto de Giovanni Battista (Juan Bautista) Antonelli, arquiteto militar que acompanhava a esquadra espanhola do almirante Diogo Flores Valdez. Sua posição estratégica foi ocupada um ano antes, em 1583, após ação militar vitoriosa do vedor e contador da armada Andrés Eguino (Higino), contra os navios do corsário inglês Edward Fenton. Seu primeiro comandante, o Capitão Luiz da Costa de Siqueira, só foi nomeado em 1702, 118 anos após sua fundação.

Ocupando um esporão rochoso, a Fortaleza está projetada sobre o canal de acesso ao estuário do maior porto da América Latina. Suas paredes e muralhas espessas, construídas com grandes blocos de pedras, chamam a atenção.

Em 1911, a Fortaleza da Barra Grande foi desativada e seus equipamentos e baterias foram transferidos para a Fortaleza de Itaipu. Abandonada, deteriorou-se rapidamente, com a ação do tempo e com a retirada por invasores de madeiras, telhas e tijolos. No ano de 1960, depois de 45 anos de abandono, voltou para o Círculo Militar.

A marca de contemporaneidade da Fortaleza da Barra foi introduzida com a restauração e adaptação das salas para múltiplo uso, executadas pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – e tendo como parceira a Universidade Católica de Santos – UNISANTOS.

Acervo

O MUSEU HISTÓRICO DA FORTALEZA DE SANTO AMARO DA BARRA GRANDE tem como meta para seus primeiros anos, reunir todas as peças arqueológicas encontradas na Fortaleza e seu entorno, para isso, foi assinado um termo de cooperação técnica entre a Secretaria de Cultura e empresa especializada, para o serviço de   prospecção superficial e subaquática. O resultado desta prospecção passará imediatamente a compor o acervo permanente do museu.

Vale destacar que própria edificação reúne diversos elementos arquitetônicos que remontam a história da região, e contará com uma exposição permanente, constituída de painéis que contarão através de textos e imagens a passagem da cidade pelo período colonial até os dias de hoje.

A Fortaleza ainda possuí o painel abstracionista de Manabu Mabe que surge no interior da capela, surpreendendo por sua atualidade os visitantes que ali talvez esperassem encontrar um altar.

O mosaico Vento Vermelho, criado em 1997 e última obra desse artista, com 20 metros quadrados. Em formato estilizado, representa as figuras de um pavão, uma caravela, uma santa, um cavaleiro de armadura sobre sua soberba montaria, uma foca, uma porta-estandarte de escola de samba com sua bandeira e outros elementos culturais relativos à ambientação do forte e à cultura regional. ” Fonte: https://fortalezadabarra.wordpress.com/museu/

Tivemos tudo isso apresentado pelo Guia do Museu da Fortaleza Sr. Ivan Di Ferraz de uma forma muito diferente, divertida e também inusitada. Intercalando a narrativa de forma criativa desenvolvida pelo próprio guia em poesias de cordel.

Após toda apresentação da Fortaleza pegamos o barquinho para voltar a Ponta da Praia de Santos onde finalizarmos mais um dia de caminhada.

Valeu turma!

Está cada vez melhor nossa rota!

Até a próxima etapa.








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