Trilha e Rafting em São Luís do Paraitinga

Podemos dizer que essa foi nossa primeira trilha do ano.

Saímos de São Paulo rumo a São Luís do Paraitinga, uma das cidades no Vale do Ribeira.

A cidade abriga o maior conjunto arquitetônico tombado pelo patrimônio histórico do Estado de São Paulo e é famosa pelo seu extenso calendário cultural, tais como: A Festa do Divino, A Folia de Reis, O Carnaval, As Congadas e os Festivais de Marchinhas, Músicas Juninas, da Cachaça, Gastronômicos e pelas manifestações do tradicional modo de vida caipira. Esse Patrimônio Histórico Cultural teve seu apogeu no século XIX, quando à produção de cereais, toucinho e rapadura somou-se a expansão da cultura cafeeira para exportação.

Em janeiro de 2010, a cidade foi inundada após dias de fortes chuvas, causando destruição de parte da cidade e do patrimônio histórico. Com o transbordamento do Rio Paraitinga, a Igreja Matriz tombou com as fortes correntezas do rio que estava aproximadamente 12 m acima do nível normal.

Hoje a cidade está sendo reconstruída e recuperando seu glamour. A Praça Central é prova disso, pessoas de todas a idades, reúnem-se na praça para conversarem, se divertirem, namorarem e curtirem a noite no centro da cidade.

Nossa trilha foi no Núcleo Santa Virgínia, aproximadamente a 40 km de São Luís do Paraitinga.

Esse Núcleo é um dos mais desenvolvidos do Parque Estadual Serra do Mar. Engloba em sua área municípios como: São Luís do Paraitinga, Natividade da Serra, Cunha e Ubatuba, com cerca de 17.000 hectares de vegetação nativa caracterizada pela exuberância e riqueza tanto de espécies de animais quanto vegetais. Protegidos pela floresta alguns rios são fonte de água pura para milhares de pessoas que vivem no Vale do Rio Paraíba do Sul.

Em trilhas monitoradas é possível chegar até algumas cachoeiras e observar de perto a diversidade de espécies de vegetais e animais que constituem a riqueza natural da Mata Atlântica.

No Parque fizemos a Trilha do Pirapitinga, com corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais. O nome Pirapitinga é originário de uma espécie de peixe endêmica, encontrada no Rio Paraibuna. No percurso de 5,6 km, passamos por matas primárias e secundárias caminhando as margens dos Rios Ipiranga e Paraibuna. Com vários pontos de paradas como: a Cachoeira das Andorinhas, a Corredeira do Poço do Peixe Grande, a Corredeira da Casa de Pedra, a Ponte de Pedra, Barra do Rio Ipiranga, a Cachoeira do Salto Grande e Saltinho.

A caminhada foi completa com um banho relaxante de cachoeira.

Depois disso, fomos para o acampamento descansar para no dia seguinte fazer um Rafting.

Logo que amanheceu, tomamos nosso café da manhã e seguimos para a sede da Montana & Rafting e de lá seguimos para a fazenda onde recebemos nossos equipamentos, instruções de segurança. Depois disso, lá fomos nós para dentro do bote descer o rio.

Nosso percurso durou cerca de 3 h descendo o rio em pequenas corredeiras e muitas remadas, o ponto alto foi quando descemos do bote e mergulhamos no rio para descer uma corredeira somente com o colete salva vidas, claro que os instrutores faziam nossa segurança, caso algum participante do rafting fosse puxado pela correnteza do rio.

 

Kátia enfrentando seus medos

Falando nos instrutores, eles são os heróis da inundação da cidade em 2010, foram eles, com seus botes que resgataram todos os ilhados durante a cheia do rio e com o trabalho deles nenhuma morte foi registrada.

Logo que chegamos a outra base da fazenda ainda fizemos uma pequena tirolesa com cerca de 35 m de altura na saída e com 110 m de comprimento, terminando a descida dentro da uma pequena represa.

Bom, esse foi um final de semana bem diferente, com trilhas, cachoeiras, acampamento, rafting e uma tirolesa.

Participaram dessa aventura, Antônio (Toni), Kátia, Marcos Roberto, Osmar Macias e Paulo.

Valeu turma até a próxima aventura.