Logo pela manhã, seguimos para
Campos do Jordão, cidade mais alta do Brasil, para encarar os últimos 65,8 km
da Rota da Alegria indo em direção a Guaratinguetá, porém dessa vez fizemos o
trajeto de bike.
Começamos nossa pedalada passando
pela Vila Capivari e pegamos uma estrada de terra e algumas pedaladas depois
chegamos à Cachoeira Véu da Noiva, um dos pontos turísticos mais visitados de
Campos do Jordão. A ideia era tomar um bom banho de cachoeira antes de
prosseguirmos nosso caminho, mas vimos muito esgoto sendo despejado através de
uma tubulação a poucos metros da queda da cachoeira e o cheiro era muito forte.
Desistimos da ideia e lamentamos a contaminação da cachoeira.
Seguimos nosso caminho começando
pela Estrada do Horto Florestal até a Estrada do Gomeral que liga Campos do
Jordão a Guaratinguetá. No começo foi tudo muito tranquilo com todos pedalando
e aproveitando o caminho. Mas, de repente, começou a subida. Já estávamos a
1650 metros de altitude numa subida de aproximadamente 7,5 km elevando para
1955 metros de altitude. Só o Marcos Tsuda encarou a subida na bike, nós, os
mortais, descemos e empurramos as nossas. No topo da Serra, avistamos o
Complexo do Baú, a cidade de Campos do Jordão lá embaixo e olhem que ela é a
cidade mais alta do Brasil em! Vimos parte do Sul de Minas e o Vale do Paraíba.
Desse ponto começamos a descida
pela estrada de terra, pedras, pedregulhos, rochas... bom, tinha de tudo na
estrada, mas tivemos que descer cerca de 25 km. Foi um desafio e tanto em cima
da bike, mas tudo era compensado a cada curva dessa estrada e olha que não
foram poucas. Tivemos que descer de 1955 para 530 metros de altitude onde está
Guaratinguetá. Foi uma aventura e tanto com muita concentração para não ir ao
chão e muitas paisagens para registrar ao mesmo tempo, com algumas dores
musculares, lombares e cãibras para superar.
Todo esforço da descida foi
compensado com uma pequena pausa no rio que margeia a estrada. Nada como ter as
forças recarregadas com um banho nas corredeiras de um rio!
Depois dessa parada, a estrada de
terra terminou e voltamos à estrada asfaltada, mas ainda faltavam 26 km para
concluirmos a rota. Pegamos nossas bikes e lá fomos nós. Na descida tudo ia
muito bem, mas quando tinha uma elevação que exigia um pouco mais de esforço, a
coisa ia ficando mais feia, o jeito era descer e empurrar mais um pouquinho e
enquanto isso, o Marcos Tsuda ia em frente, vencendo cada subida sem demonstrar
cansaço algum.
Chegamos à Guaratinguetá já no
final do dia.
O nome Guaratinguetá vem do Tupi, significa Muitas Garças pela
junção de GÛYRÁTINGA (garça: literalmente, “pássaro branco”, pela junção de
GÛYRÁ, pássaro e TINGA, branco) e ETÁ (muitos). Recebeu esse nome pela grande
quantidade de garças existentes na região.
Terra do primeiro Santo Brasileiro,
Guaratinguetá está localizada na região do Vale do Paraíba. O município é um
dos mais importantes na região do Vale, possuindo uma grande importância
turística, industrial e comercial.
Registramos nossa passagem no
Pórtico na Praça Santo Antônio e visitamos a Catedral com o mesmo nome do Santo.
A Igreja foi o marco inicial da
cidade construída em 1630 em pau-a-pique e coberta de sapé. Local onde Frei
Galvão foi batizado e rezou sua primeira missa. Em seu interior há altares
barrocos e neoclássicos, com elemento rococó, afrescos e entalhes de madeira,
com destaque para o para-vento da entrada. Entre suas antigas e valiosas
imagens, destaca-se em especial a seiscentista imagem em terracota de Santo
Antônio*.
Tivemos ainda uma aula de
história com a Guia Clarisse, que se dispôs a apresentar a Catedral em
detalhes. Nosso muito obrigado pela aula, Clarisse!
Ainda com tempo, descemos até a
casa onde nasceu Frei Galvão. A casa foi reconstruída pela iniciativa privada
em 1989 em comemoração aos 250 anos de seu nascimento. Hoje o local abriga
relíquias do Santo, que relatam a sua vida religiosa e milagres. A casa é
tombada pelo município por seu valor histórico e arquitetônico que conserva o
estilo colonial da época.* (fonte folheto
da Secretaria de Turismo de Guaratinguetá).
Foram 192,3 km concluídos na Rota
da Alegria, desde São Francisco Xavier com seus encantos e vales, Monteiro
Lobato e suas histórias, Santo Antônio do Pinhal e seu charme, São Bento do
Sapucaí e suas montanhas, Campos do Jordão com sua arquitetura, ar fresco e
altura e por fim Guaratinguetá pela importância turística e histórica.
Tudo isso registrado em muitas
fotos, conversas, risos, conhecimento e muita, muita diversão! Sempre no mais alto
astral!
Valeu pessoal pela conclusão da
primeira rota do Projeto Caminha São Paulo – Rota Franciscana.
Que venha a próxima rota!
Caminhantes e Bikers: Argeu,
Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto e Marcos Tsuda. Motoristas de suporte
Carlos Tsuda e Omar.
Olha, posso dizer por mim...esse trajeto foi o mais pesado de todos, tanto pela km tanto por conta de ter sido de bike. Não tenho muita habilidade e nem preparo para uma pedalada desse nível, mas fui até onde aguentei.
ResponderExcluirAcredito que o importante é superar seus limites, com moderação e muita diversão e foi isso que fizemos.
Lugares lindos, histórias ricas, pessoas receptivas e um grupo maravilhoso, cheio de vontade, disposição e uma pitada de loucura...isso é AÇÃO NATURAL.