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06 novembro 2013

5ª Etapa da Rota Franciscana – Conclusão da Rota Alegria

Logo pela manhã, seguimos para Campos do Jordão, cidade mais alta do Brasil, para encarar os últimos 65,8 km da Rota da Alegria indo em direção a Guaratinguetá, porém dessa vez fizemos o trajeto de bike.

Começamos nossa pedalada passando pela Vila Capivari e pegamos uma estrada de terra e algumas pedaladas depois chegamos à Cachoeira Véu da Noiva, um dos pontos turísticos mais visitados de Campos do Jordão. A ideia era tomar um bom banho de cachoeira antes de prosseguirmos nosso caminho, mas vimos muito esgoto sendo despejado através de uma tubulação a poucos metros da queda da cachoeira e o cheiro era muito forte. Desistimos da ideia e lamentamos a contaminação da cachoeira.

Seguimos nosso caminho começando pela Estrada do Horto Florestal até a Estrada do Gomeral que liga Campos do Jordão a Guaratinguetá. No começo foi tudo muito tranquilo com todos pedalando e aproveitando o caminho. Mas, de repente, começou a subida. Já estávamos a 1650 metros de altitude numa subida de aproximadamente 7,5 km elevando para 1955 metros de altitude. Só o Marcos Tsuda encarou a subida na bike, nós, os mortais, descemos e empurramos as nossas. No topo da Serra, avistamos o Complexo do Baú, a cidade de Campos do Jordão lá embaixo e olhem que ela é a cidade mais alta do Brasil em! Vimos parte do Sul de Minas e o Vale do Paraíba.


Desse ponto começamos a descida pela estrada de terra, pedras, pedregulhos, rochas... bom, tinha de tudo na estrada, mas tivemos que descer cerca de 25 km. Foi um desafio e tanto em cima da bike, mas tudo era compensado a cada curva dessa estrada e olha que não foram poucas. Tivemos que descer de 1955 para 530 metros de altitude onde está Guaratinguetá. Foi uma aventura e tanto com muita concentração para não ir ao chão e muitas paisagens para registrar ao mesmo tempo, com algumas dores musculares, lombares e cãibras para superar.

Todo esforço da descida foi compensado com uma pequena pausa no rio que margeia a estrada. Nada como ter as forças recarregadas com um banho nas corredeiras de um rio!

Depois dessa parada, a estrada de terra terminou e voltamos à estrada asfaltada, mas ainda faltavam 26 km para concluirmos a rota. Pegamos nossas bikes e lá fomos nós. Na descida tudo ia muito bem, mas quando tinha uma elevação que exigia um pouco mais de esforço, a coisa ia ficando mais feia, o jeito era descer e empurrar mais um pouquinho e enquanto isso, o Marcos Tsuda ia em frente, vencendo cada subida sem demonstrar cansaço algum.

Chegamos à Guaratinguetá já no final do dia.

O nome Guaratinguetá vem do Tupi, significa Muitas Garças pela junção de GÛYRÁTINGA (garça: literalmente, “pássaro branco”, pela junção de GÛYRÁ, pássaro e TINGA, branco) e ETÁ (muitos). Recebeu esse nome pela grande quantidade de garças existentes na região.

Terra do primeiro Santo Brasileiro, Guaratinguetá está localizada na região do Vale do Paraíba. O município é um dos mais importantes na região do Vale, possuindo uma grande importância turística, industrial e comercial.

Registramos nossa passagem no Pórtico na Praça Santo Antônio e visitamos a Catedral com o mesmo nome do Santo.

A Igreja foi o marco inicial da cidade construída em 1630 em pau-a-pique e coberta de sapé. Local onde Frei Galvão foi batizado e rezou sua primeira missa. Em seu interior há altares barrocos e neoclássicos, com elemento rococó, afrescos e entalhes de madeira, com destaque para o para-vento da entrada. Entre suas antigas e valiosas imagens, destaca-se em especial a seiscentista imagem em terracota de Santo Antônio*.

Tivemos ainda uma aula de história com a Guia Clarisse, que se dispôs a apresentar a Catedral em detalhes. Nosso muito obrigado pela aula, Clarisse!

Ainda com tempo, descemos até a casa onde nasceu Frei Galvão. A casa foi reconstruída pela iniciativa privada em 1989 em comemoração aos 250 anos de seu nascimento. Hoje o local abriga relíquias do Santo, que relatam a sua vida religiosa e milagres. A casa é tombada pelo município por seu valor histórico e arquitetônico que conserva o estilo colonial da época.* (fonte folheto da Secretaria de Turismo de Guaratinguetá).


Foram 192,3 km concluídos na Rota da Alegria, desde São Francisco Xavier com seus encantos e vales, Monteiro Lobato e suas histórias, Santo Antônio do Pinhal e seu charme, São Bento do Sapucaí e suas montanhas, Campos do Jordão com sua arquitetura, ar fresco e altura e por fim Guaratinguetá pela importância turística e histórica.

Tudo isso registrado em muitas fotos, conversas, risos, conhecimento e muita, muita diversão! Sempre no mais alto astral!

Valeu pessoal pela conclusão da primeira rota do Projeto Caminha São Paulo – Rota Franciscana.
Que venha a próxima rota!

Caminhantes e Bikers: Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto e Marcos Tsuda. Motoristas de suporte Carlos Tsuda e Omar.

Um comentário:

  1. Olha, posso dizer por mim...esse trajeto foi o mais pesado de todos, tanto pela km tanto por conta de ter sido de bike. Não tenho muita habilidade e nem preparo para uma pedalada desse nível, mas fui até onde aguentei.
    Acredito que o importante é superar seus limites, com moderação e muita diversão e foi isso que fizemos.

    Lugares lindos, histórias ricas, pessoas receptivas e um grupo maravilhoso, cheio de vontade, disposição e uma pitada de loucura...isso é AÇÃO NATURAL.

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