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14 março 2015

17ª Etapa da Rota Franciscana – Rota Sabedoria

Dia 14 de março seguimos para Taubaté para darmos continuidade a nossa caminhada.

O nome Taubaté é de origem Tupi e significa: “pedras altas”.

“Taubaté destacou-se como cidade pioneira no Vale do Paraíba. Em 1645 foi reconhecida como Vila. Prosperou no período das bandeiras entre 1690 e 1715. Foi importante ponto de abastecimento dos bandeirantes ajudando na fundação de inúmeras cidades históricas em Minas Gerais como Mariana, Ouro Preto, São João Del Rei, Tiradentes e Campinas em São Paulo. Em 1831 tornou-se cabeça de comarca, em 1842 tornou-se cidade imperial e em 1981, centro industrial.”

Logo no início da caminhada paramos no Parque Municipal do Vale do Itaim. O parque conta com uma grande área verde com várias árvores típicas brasileiras como o Ipê, Pau-brasil entre outras. Dentro do parque existe uma réplica da casa do Sítio do Pica-pau Amarelo, mirante, trilhas, passeios de Maria Fumaça e outras atrações.

Fomos bem recepcionados pelo pessoal do Sítio. Conversamos com o Pedrinho, Dona Benta, Narizinho, Emília, o Jeca e o Rabicó. Esse pessoal vive mesmo os personagens de Monteiro Lobato dentro da casa. São muito simpáticos e estão sempre no maior alto astral. Parabéns! Vocês são fantásticos!


Voltamos à caminhada e nem tínhamos colocado o pé na estrada e paramos novamente, dessa vez no Museu do Mazzaropi ou seria do “Marazzopi” Tsuda?

O Museu foi criado para homenagear um grande cineasta brasileiro. Está localizado onde ficavam os estúdios da PAM Filmes – Produções Amacio Mazzaropi. Contém mais de 20.000 itens em seu acervo entre filmes, objetos de cenários, móveis, documentos, fotos e equipamentos.

Vimos um pouco da vida e da história dele muito bem preservada. Parabéns aos organizadores. O Museu é um show!

Saímos do museu e botamos o pé na estrada. Ainda tinha muito chão pela frente até o final do dia.

Não demorou muito, saímos da área urbana entrando em estradas rurais com vários sítios e fazendas ao redor. Fazia um bom tempo que não caminhávamos entre as montanhas e vales.


Daí para frente a paisagem não mudava muito, ora fazendas de gado leiteiro ora sítios de plantações variadas. E assim foi até Redenção da Serra.

A origem de Redenção da Serra está ligada diretamente à Lei Áurea - Abolição da Escravatura, por ser a primeira cidade do município paulista a libertar seus escravos em 1888.

“Redenção da Serra era um pequeno vilarejo em 1850 quando construíram a pequena capela de Santa Cruz com duas torres e um sino. Em 1860 o povoado foi elevado à freguesia e em 1877 à categoria de município. Em 1944 passou a ser chamada de Redenção da Serra devido a sua situação geográfica e por ser pioneira na libertação dos escravos”.

Hoje Redenção da Serra é dividida em duas, a cidade velha e a nova. Na década de 1970 teve parte das suas terras inundadas para construção da represa, deixando de um lado a Igreja Santa Cruz e muita história e do outro uma nova cidade construída na parte alta da Serra.


Chegamos à cidade já no final da tarde. Vimos que a Represa de Redenção da Serra está completamente vazia. A cena é tão impressionante que até uma estrada que ligava a cidade velha à nova há mais de quarenta anos submersa agora é usada como atalho. Caminhamos sobre ela até uma pequena ponte onde ainda corre um riacho. Segundo o dono do quiosque onde lanchamos o ponto onde estávamos deveria estar a dezoito metros de profundidade. Foi muito triste ver aquela cena. Tomara que um dia a gente possa vê-la cheia novamente.

Passamos pela Praça da Estátua dos Escravos e em seguida subimos para registrar nosso cartão no pórtico da cidade.

Esse foi o trecho mais longo da Rota Sabedoria. Agora falta muito pouco para terminar a rota toda.

Paraibuna, aí vamos nós!

Caminhantes: Alexandre, Argeu, Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda e Wilma.

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