Dia 14 de março seguimos para
Taubaté para darmos continuidade a nossa caminhada.
O nome Taubaté é de origem Tupi e
significa: “pedras altas”.
“Taubaté destacou-se como cidade
pioneira no Vale do Paraíba. Em 1645 foi reconhecida como Vila. Prosperou no
período das bandeiras entre 1690 e 1715. Foi importante ponto de abastecimento
dos bandeirantes ajudando na fundação de inúmeras cidades históricas em Minas
Gerais como Mariana, Ouro Preto, São João Del Rei, Tiradentes e Campinas em São
Paulo. Em 1831 tornou-se cabeça de comarca, em 1842 tornou-se cidade imperial e
em 1981, centro industrial.”
Logo no início da caminhada
paramos no Parque Municipal do Vale do Itaim. O parque conta com uma grande
área verde com várias árvores típicas brasileiras como o Ipê, Pau-brasil entre
outras. Dentro do parque existe uma réplica da casa do Sítio do Pica-pau Amarelo,
mirante, trilhas, passeios de Maria Fumaça e outras atrações.
Fomos bem recepcionados pelo
pessoal do Sítio. Conversamos com o Pedrinho, Dona Benta, Narizinho, Emília, o
Jeca e o Rabicó. Esse pessoal vive mesmo os personagens de Monteiro Lobato
dentro da casa. São muito simpáticos e estão sempre no maior alto astral. Parabéns!
Vocês são fantásticos!
Voltamos à caminhada e nem tínhamos
colocado o pé na estrada e paramos novamente, dessa vez no Museu do Mazzaropi
ou seria do “Marazzopi” Tsuda?
O Museu foi criado para
homenagear um grande cineasta brasileiro. Está localizado onde ficavam os
estúdios da PAM Filmes – Produções Amacio Mazzaropi. Contém mais de 20.000
itens em seu acervo entre filmes, objetos de cenários, móveis, documentos,
fotos e equipamentos.
Vimos um pouco da vida e da
história dele muito bem preservada. Parabéns aos organizadores. O Museu é um
show!
Saímos do museu e botamos o pé na
estrada. Ainda tinha muito chão pela frente até o final do dia.
Não demorou muito, saímos da área
urbana entrando em estradas rurais com vários sítios e fazendas ao redor. Fazia
um bom tempo que não caminhávamos entre as montanhas e vales.
Daí para frente a paisagem não
mudava muito, ora fazendas de gado leiteiro ora sítios de plantações variadas.
E assim foi até Redenção da Serra.
A origem de Redenção da Serra
está ligada diretamente à Lei Áurea - Abolição da Escravatura, por ser a
primeira cidade do município paulista a libertar seus escravos em 1888.
“Redenção da Serra era um pequeno
vilarejo em 1850 quando construíram a pequena capela de Santa Cruz com duas
torres e um sino. Em 1860 o povoado foi elevado à freguesia e em 1877 à
categoria de município. Em 1944 passou a ser chamada de Redenção da Serra
devido a sua situação geográfica e por ser pioneira na libertação dos escravos”.
Hoje Redenção da Serra é dividida
em duas, a cidade velha e a nova. Na década de 1970 teve parte das suas terras
inundadas para construção da represa, deixando de um lado a Igreja Santa Cruz e
muita história e do outro uma nova cidade construída na parte alta da Serra.
Chegamos à cidade já no final da
tarde. Vimos que a Represa de Redenção da Serra está completamente vazia. A
cena é tão impressionante que até uma estrada que ligava a cidade velha à nova
há mais de quarenta anos submersa agora é usada como atalho. Caminhamos sobre
ela até uma pequena ponte onde ainda corre um riacho. Segundo o dono do
quiosque onde lanchamos o ponto onde estávamos deveria estar a dezoito metros
de profundidade. Foi muito triste ver aquela cena. Tomara que um dia a gente
possa vê-la cheia novamente.
Passamos pela Praça da Estátua
dos Escravos e em seguida subimos para registrar nosso cartão no pórtico da
cidade.
Esse foi o trecho mais longo da
Rota Sabedoria. Agora falta muito pouco para terminar a rota toda.
Paraibuna, aí vamos nós!
Caminhantes: Alexandre, Argeu,
Cris, Marco Lasinskais, Marcos Roberto, Marcos Tsuda e Wilma.
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