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13 fevereiro 2016

Pico das Agulhas Negras – Parque Nacional do Itatiaia


A ideia surgiu em 2014: subir o 5º maior pico do Brasil, com 2791 m de altitude. Após mais de um ano pesquisando, em novembro de 2015 o planejamento toma forma e os detalhes se fundem.

Marcado para 13 de fevereiro de 2016, Tamara, Aline, Moisés e eu, finalmente, íamos subir o famoso pico do Parque Nacional do Itatiaia.

A cada dia a ansiedade aumentava e os assuntos sobre o que precisávamos levar, como nos preparar, iam ficando cada vez mais intensos e frequentes. Chegou o dia 12 de fevereiro, a data marcada para partida, estávamos lá no Terminal Rodoviário do Tietê, às 23:00, junto com o restante do grupo (nós iríamos de carro e eles de van). Saímos as 23:50. 

O objetivo era ir acompanhando a van, mas o motorista “vazou” sem esperar. Paciência, isso não nos abalou, até porque “quem tem boca vai a Agulhas”. Seguimos pela Ayrton Senna e Carvalho Pinto até Taubaté, onde acessamos a Dutra. Escolhemos o trajeto por ter quase a mesma distância e pedágios mais baratos, além do limite de velocidade ser maior (120 contra 110 da Dutra).

Fomos até o AMAN (Academia Militar do Agulhas Negras), em Resende/RJ, pois não sabíamos qual portaria (1 ou 2) era utilizada para acesso ao Pico. Lá, nos informaram que teríamos de ir até a Portaria 1 (Parte Baixa), pegando a Dutra sentido SP e acessar a saída 317, conforme indicaram as placas Itatiaia / Parque Nacional. Feito, andamos 12 km na BR-116 e mais 6,5 km até chegar à Portaria da Parte Baixa.

Destino alcançado, mais uma surpresa... O acesso ao Pico se dá pela Portaria 2, conhecida como Posto Marcão, que fica na cidade de Itamonte/MG, a 56 km dali...

Voltamos para a Dutra, sentido SP, e pegamos a saída 330, no bairro de Engenheiro Passos, com destino a Itamonte, pela BR-354. Subindo a serra, muitas curvas, estrada simples de mão dupla e sem acostamento (quem sofre com curvas, tome remédio!). Quando demos conta, já estávamos descendo a serra, chegamos à cidade de Itamonte e pedimos informações. É, havíamos passado a estrada que dá acesso ao Posto. Subindo a serra, vimos o Hostel que nos hospedaria, logo não foi de tudo ruim ter errado (rs).


Subimos 20 km até localizarmos a Garganta do Registro, local onde fica a estrada. Faltava pouco, 14 km de estrada de terra (carro baixo sofre!). Poucas paradas para fotos acima das nuvens, apreciando o maravilhoso visual.

E a via sacra teve fim às 6:27 da manhã, quase 6:40 após a saída do Tietê. Para efeito de comparação, levamos 3:30 para voltar...

Sem descansar, nos arrumamos para iniciar a trilha, pois estava marcada para as 7:00. Assinamos a ficha de responsabilidade e, quando pensamos que era a hora de seguir, o guia nos diz que o fiscal pedia uma segunda corda de 30 m (já tínhamos uma), pois o Parque exige uma corda a cada 13 pessoas e nosso grupo contavam com 25 integrantes. Caso contrário, o grupo seria dividido em dois. Um iria para o Pico e o outro curtiria trilhas e cachoeiras, e no domingo inverteria. O guia disse que no hostel em que hospedaríamos teria a corda que precisávamos. Me disponibilizei para levá-lo. Deu certo. Em uma hora fomos e voltamos. O fiscal olhou e autorizou o grupo a seguir. Ufa!


As 8:40 estávamos iniciando a trilha de 3 km até o Abrigo Rebouças, onde comeríamos algo e abasteceríamos as garrafas com água, além de usar o banheiro. Ficamos 10 minutos e continuamos a seguir até a base do Pico, que está a 2,5 km do Abrigo.

O sol estava bem forte, mas o vento leve e gelado da altitude (2430 m) aliviava.

Pouco antes da base, um riacho com água gelada e limpa, que aproveitamos para reabastecer garrafas, pois a partir dali não teríamos mais pontos de água.

A partir de agora é só pedra. Calçado faz toda a diferença. Subida íngreme e, em alguns pontos, sendo preciso ajoelhar ou mesmo encostar o peito na pedra, no melhor estilo Homem Aranha. As escalaminhadas são de nível médio a difícil e desgastante. São 02 pontos de corda, o primeiro na metade da subida e o segundo na última parte, já para alcançar o falso cume.

Terminamos a subida as 14:00, tarde para podermos ir até onde fica o livro, infelizmente, mas valeu muito, sensação inigualável e indescritível!

As meninas (Tamara e Aline) não foram o falso cume, ficaram no ponto da última corda, por questões de dores no joelho.

As 14:40 iniciamos a descida, com os mesmos perrengues da subida, mas judiando ainda mais dos joelhos. Usar joelheiras e tornozeleiras pode ser muito válido, principalmente para quem já tem algum histórico. A volta foi mais rápida, óbvio, e às 18:00 já estávamos no Posto para seguirmos até o Hostel.

O Hostel Picus é muito bem estruturado e o indico tranquilamente.

Jantamos e fomos dormir umas 22:00, não dava para enrolar tamanho o cansaço.

No domingo acordamos as 6:30, tomamos café e organizamos as coisas no carro, assim não seria necessário voltar ao hostel após sairmos do parque.

Chegamos ao parque, nos apresentamos e... Adivinhem! Sem o comprovante de pagamento não poderíamos entrar... Um sufoco para achar um local com o mínimo de sinal para contatar o responsável pelo grupo. Uns 100 m após, consegui o contato e a imagem do comprovante.

Uma vez dentro do parque, fomos até a Cachoeira das Flores, 500 m a frente do Abrigo Rebouças, em direção ao Pico das Prateleiras. Cachoeira com água extremamente gelada, arrisco dizer que é a mais gelada que já entrei. Fizemos um cercado com pedras e alocamos nossas garrafas, para mantê-las geladas. Ficamos lá por volta de 1:30.

Seguimos até a base do Pico das Prateleiras, mas não podíamos subir, pois além da falta de equipamento, não tínhamos guia.

Voltamos os 6 km (base até Posto) e, as 17:00 já estávamos saindo do parque. Leves e felizes com nossos desempenhos.

Paramos em uns quiosques de beira de estrada, na Garganta do Registro, onde compramos algumas coisas. 17:30 encaramos a estrada até SP, chegando na Salim Farah Maluf as 20:45.

Fim do rolê e várias aventuras. Muito bom e merecedor de replay.

Resumo da viagem:
SP até Posto Marcão: 294 km
Posto Marcão até SP: 300 km
Ida e volta: Ayrton Senna, Carvalho Pinto, Dutra e BR-354
Combustível: R$ 265,00 (gasolina, Uno Evo, 1.0, às vezes usando o ar condicionado)
Pedágio: R$ 48,40
Alimentação (água, isotônico, lanches, barras, energéticos e macarrão instantâneo): R$ 185,00
Locação do carro: R$ 360,00
Total Coletivo: R$ 858,40
Partilha: R$ 214,60 (04 pessoas)
Hostel: R$ 45,50 (1 pernoite)
Entrada no Parque: R$ 22,50 (R$ 15,00 sábado e R$ 7,50 domingo, valores para brasileiros)
Total Individual: R$ 68,00
Total Investido/cada: R$ 282,60

Por Everthon Moraes

2 comentários:

  1. Viagem incrível. Tive uma certa dificuldade devido meu joelho já ter histórico de lesão e o solado do meu calçado não ser de borracha. Uma dica para ter um melhor desempenho no paredão de pedras é ir com sapatilhas de escalada ou calçados com soladis de borracha. E procurar levar mochilas que prendam no corpo para não atrapalhar nos momentos de escalaminhadas. No mais é partir e ir curtir o visual. Experiência incrível.

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  2. Viagem incrível. Tive uma certa dificuldade devido meu joelho já ter histórico de lesão e o solado do meu calçado não ser de borracha. Uma dica para ter um melhor desempenho no paredão de pedras é ir com sapatilhas de escalada ou calçados com soladis de borracha. E procurar levar mochilas que prendam no corpo para não atrapalhar nos momentos de escalaminhadas. No mais é partir e ir curtir o visual. Experiência incrível.

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