Você conhece Paranapiacaba?
A resposta de muitos é: - sim
claro que conheço.
Mas você conhece suas lendas e
histórias?
Vamos te contar algumas. E aí tá
preparado?
A Vila de Paranapiacaba pertence
ao município de Santo André localizado no ABC. Construída no século XIX,
inicialmente teve o nome de Alto da Serra, mas foi trocado para Paranapiacaba
em 1907. Esse nome de origem Tupi-Guarani significa “Lugar de onde se vê o
Mar”. Incluída entre os 100 monumentos mais importantes do mundo pelo WMF –
World Monuments Fund. Paranapiacaba é um lugar único, onde se funde cultura,
mistério, esportes de aventura e lazer, atrativos naturais e claro muitas
histórias e lendas.
A construção da Estação Alto da Serra (depois Paranapiacaba)
se deu em 1874 originando a Vila com a construção de casas no estilo inglês
feitas de madeira e telhados em ardósia para moradia dos ferroviários que
trabalhavam na construção do Sistema Funicular.
No alto da colina foi construída
a casa do engenheiro chefe, conhecida como “Castelinho” por ter uma visão
privilegiada da vila ideal para fiscalizar os trabalhos no pátio.
Ao longo do tempo uma nova
estação foi construída com madeiras, ferro e telhas francesas trazidas da
Inglaterra com destaque para o grande relógio de Johnny Walker Benson, o nosso
famoso “Big Ben”. Infelizmente foi destruída por um incêndio e hoje o principal
destaque dessa antiga estação é a torre do relógio.
A Vila teve seus momentos áureos
até meados da década de 40. Com o fim da concessão da SP Railway a Vila entrou
em decadência. Em 2002 foi comprada por Santo André e teve início a
revitalização da Vila como polo turístico na região.
A Vila é dividida em duas partes:
a Parte Baixa e a Parte Alta.
A Baixa – o estilo de
construção inglesa, com casas em madeiras, pré-fabricadas onde moravam
trabalhadores contratados pelos ingleses e a distribuição de moradias eram
feitas de forma hierárquica. Os ingleses ocupavam as casas maiores e os demais
trabalhadores por posição social e estado civil.
A Alta – já se destaca
pelo estilo português, com fachada única com frente para rua, casas pequenas e
ruas estreitas, os abrigados geralmente eram para trabalhadores menos
favorecidos, com o tempo passou a ser o refúgio dos aposentados, apelidando a
parte alta como Vila dos Aposentados.
Paranapiacaba é conhecida por seu
calendário de eventos, a Vila recebe muitos turistas durante os Festivais: - do
Cambuci, do Encontro das Bruxas e de Inverno, além é claro, de muitos turistas
diários, intensificados aos finais de semana para aproveitarem os atrativos
culturais, naturais e arquitetônicos da Vila.
Mas Paranapiacaba tem seus
mistérios e lendas.
Muitas histórias de fantasmas
incitam a mente e a curiosidade, se somada ao clima sempre coberto por uma
névoa característica da região, essas histórias ganham ainda mais e magnetismo.
Veja algumas das lendas e
curiosidades:
Jack , O Estripador, antigos relatos contam que tivemos em nossas terras a
presença de Jack, o Estripador, assassino serial inglês que teria sido exilado
voluntariamente em Paranapiacaba para escapar da perseguição londrina, apesar
de não ter uma comprovação factual ou histórica sobre o assunto, é cheia de
coincidências e mistérios com relatos de cinco prostitutas mortas com o mesmo
modus operandi na época.
O
Castelinho
mal-assombrado por espectros que andam pela casa, ruídos de louça, com relatos
de sons estranhos e aparições de vultos que se parecem com um dos quadros da
parede
A Bailarina do Clube Lira Serrano, muitos vigias relataram ouvir
passos animados no palco de madeira, segundo eles, teriam visto uma mulher
dançando sozinha no salão vazio com as portas trancadas e que enquanto ela
dançava a figura de uma senhora pendurada no quadro do salão do clube (a distinta
dançaria) desaparecia e ao final da apresentação, a bailarina sumia e o quadro
voltava ao normal. Outro relato no referido Clube, menciona um Homem Alto de
Chapéu todo vestido de preto parado na janela do clube foi visto em noites
misteriosas, mas quando adentravam no salão para investigar quem estava dentro
do clube fechado, não encontravam ninguém.Trem Fantasma, muitas vezes era ouvido barulhos de explosões de uma
locomotiva que teve sua caldeira explodida na serra e entre o quarto e o
quinto patamar da ferrovia, à noite é claro, ouvia-se gritos de pessoas que
morreram em acidentes durante a construção do sistema funicular.
Caminho dos Mens, essa era
a rota mais curta que ligava a parte nova à parte velha que passa atrás do
Castelinho, moradores recomendam a não usá-la, mas se tiver que fazê-lo, faça-o
cantando, para que o espectro assustador não o persiga ou te assombre.
Pau da Missa, é uma árvore centenária onde eram fixados anúncios
diversos, como: cerimônias de casamento, missas, cortejos, procissões. Diz a
lenda que se você bater três vezes à meia noite nesta árvore verá o espectro da
pessoa que morreu cujo nome foi anunciado no Pau da Missa.
O Bicho Papão da Capa Preta,
o caminho do antigo hospital, deve ser evitado pelas crianças no período
noturno. É lá que age o bicho-papão da Vila. Um homem ou espírito de capa preta
aterroriza e carrega as crianças para fazer maldades.
Cachoeira mal-assombrada,
conhecida como Poço das Moças, segundo a lenda, três moças morreram afogadas
lá, seus espíritos permanecem no local onde vagam eternamente, dando sustos em
que passa a noite por lá. Muitos campistas contam que ouvem barulhos de
machados cortando árvores durante as madrugadas, mas nunca viram um tronco
tombado.
Outra curiosidade, mas essa nada
assustadora, segundo a história Paranapiacaba é a pioneira do futebol no
Brasil. O primeiro contato com o futebol e primeiro jogo considerado oficial se
deu quando Charles William Miller em 1894 trouxe uma bola ao Brasil e passou
pela Vila de Paranapiacaba.
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Por Marcos Roberto
AG. Ação Natural Trilheiros